Confessando Meu Amor...

Gabriel parou próximo à porta quando ela o chamou.

— O que foi Maria? Você quer dizer ou perguntar mais alguma coisa?

Ele percebeu que Maria tinha mudado o tom de voz e acreditou que ela se comoveu com a maneira que ele agiu.

— Eu te deixei triste não foi? Não era a minha intenção. Eu só quero me desculpar!

Maria, na verdade queria dizer outra coisa, mas as palavras não queriam sair.

— Não se preocupe Maria, eu entendo o seu lado. E é por isso que vou me retirar. Talvez seja melhor assim. Agora, com sua licença...

Gabriel já estava girando a maçaneta.

— Não vai Gabriel... quero que você fique aqui comigo... por favor!

Maria deixou de lado a vergonha, o orgulho e admitiu que gostaria que ele ficasse com ela.

— Tem certeza Maria? Eu não quero que você se sinta forçada a fazer isso só por que sentiu pena de mim.

Gabriel disse isso com um aperto no peito. Ele imaginou que ela mudou de ideia por sentir pena dele.

— Não é pena Gabriel. Eu só quero que você fique. Só isso...

— Porquê você mudou de ideia tão rápido?

— Porque sim!

Gabriel se animou novamente e riu dela.

— Hahahahaha...

— Do que está rindo? Não achei nada engraçado!

Maria se irritou. Ele a achava uma ridícula.

— Mas que bom que eu te faço rir. Enfim, você pode dormir aqui, mas nada de tentar tomar liberdades comigo durante a madrugada.

— Eu já disse que não vou fazer nada que você não queira. Mas sendo sincero, eu não te tocaria, mesmo que você quisesse.

Ao ouvir aquelas palavras, Maria se chateou.

— Então parece que você não me ama tanto assim, como diz, já que não quer me tocar.

— Maria, não fala assim. Eu te amo demais... só Deus sabe o quanto eu te amo.

Gabriel ficou magoado.

— Não é o que parece, já que você mesmo disse que não me tocaria, mesmo se eu quisesse.

Ela estava mesmo chateada. Ele disse que a amava, mas logo depois disse que não a tocaria. E isso a incomodou bastante, mas do que ela gostaria de admitir.

— Eu não estou te entendendo. Você disse que não quer que eu tome liberdades com você e quando digo que não faria isso, nem sequer te tocaria, você parece se incomodar. Você está brincando comigo Maria?

Ele estava confuso com as mudanças de humor de Maria.

— Tudo bem, eu já entendi tudo. O seu amor por mim é diferente. Você não precisa e nem quer me tocar. Já entendi tudinho haha...

Maria disse isso com um certo tom de deboche e Gabriel percebeu.

— Você não entende mesmo...

Gabriel disse preguiçosamente.

— Então me explica!

— Eu quero te tocar Maria, mas ainda não posso.

— Como assim não pode?? Chega de meias verdades Gabriel e me diz logo tudo de uma vez!

— Eu vou te contar Maria, mas não agora. Se eu te contar agora, vou estragar tudo e não haverá mais chances pra nós dois.

Como Maria poderia realmente confiar em um homem que ela não poderia ver e que guardava tantos segredos. Era o que a garota se perguntava.

— Tudo bem, já que você não vai mesmo me contar, só me resta aceitar. Vamos dormir de uma vez!

Então ela fechou os olhos e se obrigou a dormir. Gabriel também se deitou.

— Boa noite meu amor!🤤❤

Maria estremeceu ao ouvi-lo chamá-la de amor.

— Boa noite... Gabriel.

Ele esperava que ela também o chamasse de amor, mas seria querer demais. E ele foi dormir, para sonhar com o dia que Maria o amaria; com o dia que ela também o amou tanto quanto ele a ama.

[...]

Amanheceu. Maria abriu os olhos e virou para o lado, onde Gabriel estava, na esperança de que, pudesse finalmente vê-lo. Mas ficou frustrada ao ver somente a escuridão. No entanto, ela sabia que ele estava lá, do contrário, aquele lado da cama não estaria tão escuro. Era como se a escuridão o acompanhasse aonde quer que ele fosse. Era quase assustador. Mas Maria não tinha mais medo. Ela estava feliz de saber que Gabriel estava ao seu lado. Ela não queria admitir, mas também já o amava. Fazia poucos dias que eles se conheciam, mas parecia que eles se conheciam a tanto tempo. A voz dele, o modo de falar, o cheiro dele. Tudo nele era tão familiar para ela, que Maria se apaixonou facilmente. Mesmo sem poder ver a sua aparência, e mesmo que ele fosse o mais feio dos homens ou até deformado, ela não se importaria. Ela estava disposta a amá-lo com todo o seu coração.

Ele ameaçou a família dela no início e, Maria estava determinada a fazer da vida dele um inferno. Se ele a deixasse viver, ela faria ele se arrepender por ter colocado pânico na sua família. Mas toda a sua determinação desmoronou quando ela ouviu a sua voz. Maria xingou-se internamente por sentir o que sentia. Chamou o seu corpo de traidor, por conta das sensações que transbordavam dele sempre que aquele homem estava próximo dela. Ela queria odiá-lo, mas sabia que nunca conseguiria, então decidiu se permitir amá-lo, muito mais do que o odiou um dia, antes de o conhecer e se apaixonar perdidamente. Ela perdoaria e esqueceria tudo e experimentaria a felicidade verdadeira pelo menos uma vez na sua vida. Ela acreditava que era feliz o suficiente com os seus pais. Maria nunca havia pensado em se casar e deixá-los sozinhos. Mas após saber como era estar com ele, alguém que a amava e que ela amava também, a garota não queria mais viver sem ele. E isso a deixou com medo... medo de perdê-lo um dia. Ela não suportaria. Não depois de descobrir como era bom estar ao seu lado.

— Bom dia amor... você dormiu bem? Estava esperando você acordar...

Era bom acordar ouvindo a voz dele, que ela percebeu que estava rouca, o que fez Gabriel parecer ainda mais sedutor. Maria queria tanto tocá-lo, mais do que ela queria no dia anterior, ela constatou, afinal.

— Bom dia... eu dormi bem. Obrigada por perguntar. E você? Dormiu bem? Faz tempo que acordou?

— Não tem como não dormir bem estando ao seu lado meu amor...

Maria corou instantaneamente com a resposta de Gabriel.

— E... já estou acordado há umas 2 horas mais ou menos. Estava observando você. É fascinante para mim ver você dormindo.

Maria corou mais ainda, não sabia o que dizer a Gabriel depois daquelas palavras, que soavam tão doces para ela, e cobriu o rosto envergonhada. Temia que ele percebesse o quanto mexia com as emoções dela.

Ele a achou tão fofa envergonhada. Ela estava diferente da que ele se lembrava, pois na sua lembrança ela não era nada tímida.

(2 horas antes)

Gabriel acordou e permitiu-se olhar para ela, para todos os detalhes do seu rosto delicado, ele ficou completamente encantado com tanta beleza. Mesmo a conhecendo há muito tempo, a beleza dela nunca deixou de o fascinar. Ele se perguntava como poderia haver uma mulher tão bela no mundo. O mundo não merecia contemplar tal beleza. Uma vez ou outra ele desviava os olhos dela, mas não conseguia ficar sem olhá-la por muito tempo. Os cabelos negros e longos, ondulados como o mar, o rosto extremamente branco, e os lábios grossos e rosados... tudo naquela mulher fazia uma combinação perfeita, para ele.

(Maria Rita, 17 anos. Cabelos negros, longos e ondulados, pele branquinha, olhos azuis, lábios rosados, seios firmes e rechonchudos, coxas grossas, bumbum empinado)

Os olhos dele, com hesitação, pararam no decote dela. Os seios rechonchudos subiam e desciam lentamente. Ele se lembrou de como era maravilhoso tê-la toda nua nos seus braços. Ele estava excitado, queimando de desejo por ela. Gabriel tinha que sair do quarto antes de perder o controle. Mas ela acordou antes que ele tivesse forças para sair.

(Momento recente)

— Para de falar essas coisas Gabriel...

Ele se deu conta que exagerou e a assustou outra vez.

— Me desculpe Maria, eu não vou mais falar assim. Não quero te deixar constrangida. Mas é difícil para mim disfarçar como eu me sinto por você, mesmo assim vou tentar me controlar.

Maria não falou sério quando disse para ele não falar mais aquelas coisas. Na verdade ela gostava de ouvir as coisas doces que Gabriel dizia. Ela ficou com medo que ele mudasse por conta do que ela disse.

— Não Gabriel... você me entendeu errado... quer dizer... eu não falei sério... não quero que você pare de me tratar assim, por favor...

Gabriel a olhou surpreso. Ela não podia ver, mas ele estava olhando nos olhos dela. Olhos lindos, de um azul tão profundo, que pareciam hipnotizá-lo.

— Eu não consigo te entender, Maria...

Ela ficou desapontada por ele chamá-la só de Maria.

— Você não entende nada... Gabriel...

Gabriel estava confuso.

— Não faz assim Maria...

Maria ficou zangada.

— Gabriel!!?

Ela gritou.

— O que foi Maria? Me diz qual é o problema!

Ela estava cada vez mais zangada.

— Você é um grande boboca sabia!?? Não vai mais me chamar de amor!?? Hein!?? Me diz seu boboca!!

Maria estava vermelha de raiva. E Gabriel a achou ainda mais linda, se é que isso era possível. E no coração dele surgiu uma pequena esperança. Ela queria que ele a chamasse de amor. Isso o deixou feliz. Talvez ele tivesse mesmo uma chance de conquistá-la.

— Aaaah... minha Maria... pode ser sincera comigo! Você acredita que poderá me amar um dia, assim como eu te amo?

Ele olhava para sua amada, ansioso pela resposta. Até disso ele sentiu falta. Gabriel sentia falta de tudo que tinha a ver com ela.

— Seu bobo! Será que você não ver que...

Maria parou hesitante. Gabriel a fitava, muito ansioso.

— Que eu já te amo...

A voz dela saiu como um suspiro. Ela queria chorar e gritar, por confessar que o amava. Mas a pobre não aguentava mais esconder o seu amor.

— Maria, meu amor, minha vida... você me deixa louco mulher. Me diga como vou conseguir resistir a você agora, sabendo que também me amas!?

Ele não acreditou nos seus ouvidos. Ela o amava também. Parecia que ele ia explodir de amor e desejo por ela. Gabriel estava fazendo um grande esforço para não pegá-la, beijar seus lábios e rasgar suas roupas e fazê-la dele. Como era difícil.

— Não resista Gabriel, não quero que você resista, meu... amor...

Ele achou que não era possível se sentir mais seduzindo por ela. Mas se enganou. Ela estava o deixando louco.

— Eu não aguento mais Maria! Vou te beijar agora! Vou te fazer minha mulher!

Gabriel falou com a voz embriagada de desejo por Maria e ela sentiu todo seu corpo estremecer de amor e desejo por ele. Ela também queria muito aquele homem, como nunca quis nenhum outro. E ela deixaria ele fazer dela o que quisesse. Ela cansou de resistir àquela paixão ardentemente, que parecia consumir-la. Maria estava disposta a ser toda dele, de corpo e alma, se Gabriel, assim quisesse.

— E o que você está esperando!? Minha permissão? Então venha e me faça sua, Gabriel…

Maria estava tão louca de desejo quanto ele. Como ele poderia resistir, se ela também o queria tanto.

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