Quando Maria acordou, ela estava numa cama muito confortável. Maria nunca tinha se deitado sobre algo tão macio. Ela olhou ao seu redor e notou que estava num quarto luxuoso. Parecia o quarto de uma princesa de tão lindo e organizado que ele era. Mas ela se perguntava como veio parar ali. A última coisa que ela se lembrava era de está prestes a se afogar. Não fazia sentido nenhum. Então ela decidiu sair do quarto e procurar por alguém que lhe desse uma explicação razoável.
Saindo do quarto, Maria andou pela enorme casa, que mais parecia um palácio, de tão grande e luxuosa que era. Mas a pobre moça não saberia dizer que tipo de lugar era aquele em que ela estava. Porém, ela com certeza achou tudo muito lindo. Maria estava encantada. E após andar por um bom tempo, ainda não tinha chegado ao fim da casa e nem tinha se encontrado com ninguém.
— Que lugar é esse? Parece que estou sozinha aqui! Não aparece ninguém.
Maria decidiu desistir de encontrar alguém e voltar para o quarto. Ela pensou em deixar para procurar outra hora. No caminho ela se assustou ao ver um vulto de alguém passar para o quarto no qual ela acordou mais cedo. Mesmo com um pouco de medo ela resolveu entrar e ver de quem se tratava. No entanto, ao entrar, Maria não viu ninguém. E isso a fez ficar com mais medo ainda.
— Oi Maria, como você está? Espero que tenha gostado do seu quarto.
Quando Maria ouviu aquela voz de novo, ela assustou-se à princípio. Mas depois se acalmou.
— Oi! Eu estou bem, obrigada por perguntar. E quem é você? Porque não estou te vendo? Você é um fantasma?
— Eu me chamo Gabriel, e não, eu não sou um fantasma hahaha...
— Então você é invisível, porque não estou te vendo.
— Não se preocupe Maria, na hora certa você irá me ver. Agora vamos jantar, você deve estar com fome.
Quando Gabriel passou por Maria, ela conseguiu ver o seu vulto, mas estava longe de ser algo nítido. Isso fez surgir uma curiosidade na moça. Quando Maria se sentou a mesa para jantar, ela pôde sentir que ele estava sentado ao seu lado, mas a garota não conseguia vê-lo. Era tão frustrante. Então Maria tentou tocá-lo, para saber se ele realmente estava lá. Mas antes que ela conseguisse, ele repreendeu-a.
— Pare com isso Maria, não tente me tocar jamais, exceto se eu permitir, caso contrário, você sofrerá às consequências.
Aquilo deixou Maria bastante irritada.
— Até parece que eu vou ficar tentando te tocar, seu grosso. O que você é afinal? Você não parece humano... você é um monstro por acaso?
Gabriel sentiu-se ofendido.
— É claro que eu não sou um monstro! Sou humano... assim como você.
— Então, porque não posso te ver nem te tocar? Você é deformado? Se você for, não se preocupe, eu não me importo, na verdade, a sua aparência é o que menos importa para mim.
Maria estava sendo sincera, ela não se importava com a aparência, desde que ele fosse bom para ela, a jovem também seria boa para ele.
A garota já nutria um sentimento inexplicável por aquele homem, por isso queria poder ver e, tocar nele. Não era pedir muito.
— Não pense muito nisso Maria. Na hora certa você irá entender tudo. Agora é melhor você ir se deitar, já está tarde. Tente descansar.
— Mas Gabriel eu...
Gabriel corta Maria.
— Por favor Maria, não toque mais nesse assunto, não quero falar sobre isso. Agora vá dormir de uma vez!
O jeito que Gabriel falou deixou Maria muito magoada, ela se segurou para não chorar na frente dele. Então resolveu ir se deitar sem desejar boa noite.
— Seu grosso!!
[...]
No meio da madrugada Maria sente Gabriel se deitar ao seu lado na cama.
— Maria, você está acordada?
Maria o responde sonolenta.
— Estou. O que você faz aqui? Saia já!
Na verdade, Maria estava nervosa, ela nunca estivera com um homem daquele jeito. Ainda mais na cama.
— Me perdoe por ter sido rude com você, por favor! Eu não queria ter falado com você daquele jeito.
— Mas falou!
— Eu sei. Fui um estúpido!
— Foi mesmo haha...
Maria olhou para o lado da cama, onde Gabriel estava. Ela não podia ver nada mesmo. Tudo escuro, sem nenhuma luz. Mas ele estava tão perto, que ela podia sentir sua respiração, ofegante.
— Tudo bem Gabriel, eu te perdoou. Agora acho melhor você sair daqui, antes que eu tente te tocar de novo, com você tão perto assim, não vou conseguir controlar-me hahaha...
Gabriel gostou de ouvir Maria dizer aquilo. Que ela desejava o tocar, assim como ele também desejava tocá-la.
— Na verdade, eu vim para dormir aqui, com você, Maria.
A voz de Gabriel saiu tão baixa e rouca, que Maria não acreditou nos seus ouvidos.
— Repete o que você disse... acho que não ouvi direito.
— Eu disse que vim para dormir contigo. Ou você não quer?
Maria estava tão nervosa. Ela não sabia o que ele pretendia com aquilo. Ela se perguntava se ele tentaria fazer amor com ela. Mas não poderia ser isso, porque ele mesmo disse que ela não poderia tocá-lo. Será que ele mudou de ideia? Era o que Maria se perguntava, enquanto Gabriel aguardava uma resposta.
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Atualizado até capítulo 31
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