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Depois de comer seu pão seco naquela noite, Alana fez outra dose da poção abortiva. Ela tinha plena consciência de que não era mais necessário tomar essas ervas, porém seu coração não estava tranquilo e ela continuou o tratamento. Alana pensou que pelo menos não faria mal algum.
Quando sua mãe era jovem, antes mesmo de se casar com seu pai, ela trabalhou em uma botica, onde aprendeu sobre o uso de algumas ervas e as ensinou para sua filha mais tarde.
Assim, conforme a caravana seguia viagem, ela colhia diversas ervas quando as encontrava nas paradas de descanso. Apesar de seu conhecimento ser escasso, ainda era o suficiente para identificar algumas ervas para tratamentos comuns como resfriado, sangramento e etc..
Seu estoque de ervas parco lentamente se recuperou e ainda foi acrescido por mais variedades.
Assim, Alana toda noite fazia para si uma dose de poção abortiva e também preparava uma para evitar resfriados. Afinal, as noites na Floresta de Fuzia eram muito geladas e facilmente alguém ficava doente. Como seu corpo já não tinha as melhores condições, ela preferiu se precaver à esperar a doença lhe alcançar.
Os integrantes da caravana e da equipe de escolta, vendo que Alana tinha algum conhecimento de ervas comuns, logo pediram que ela preparasse poções para eles também. Eles comprariam cada poção por 10 moedas de cobre, o que aliviava muito Alana.
Assim, ela forneceu a caravana e, em troca, conseguiu 200 moedas de cobres de uma só vez. O valor poderia ser até mais se não acabassem as ervas em sua bolsa.
Guardando suas economias crescentes no bolso interno de sua blusa, Alana aproveitou a parada de pernoite da caravana para buscar mais ervas naquele dia. Já estavam na metade do caminho e ela queria aproveitar o quanto pudesse para ganhar dinheiro até chegarem à Truzia.
Pegando uma cesta de vime que ela teceu durante a viagem, Alana foi para as bordas do acampamento pegar ervas.
Ela teve muita sorte, aquele lugar tinha muitos tipos de ervas de resfriado e para estancar sangramentos que ela precisava. Na verdade, existia outras ervas em volta, porém, por não as reconhecer, Alana não se atreveu a pegá-las.
Depois de encher sua cesta, Alana foi até a fogueira no centro e pegou algumas brasas com um pedaço de pau e uma pedra.
Depois de montar uma pequena braseira em um canto, Alana voltou ao carroção e pegou uma pedra fina plana que achou alguns dias atrás em um trecho do rio.
Colocando a pedra plana em cima das brasas, Alana primeiro pegou as ervas para resfriado e as secou na pedra quente. Esse método faria com que as ervas tivessem uma vida útil muito mais longa, apesar de ser um pouco demorado.
Quando todas as ervas que recolheu foram secas, ela as guardou separadamente em outra bolsa tecida de vime e folhas largas. Se aproximando dos mercadores e da escolta, ela vendeu porção por porção de ervas secas. Quando seu estoque estava na metade, ela finalmente voltou para o carroção para dormir.
Mesmo que não tivesse vendido todas as ervas, ela ainda tinha ganhado mais 340 moedas de cobre, fazendo com que suas economias chegassem à incríveis 589 moedas de cobre no total! Pensando que ainda era o meio da viagem de 23 dias, Alana foi dormir satisfeita sabendo que ainda poderia ganhar um pouco mais de dinheiro até chegarem a Truzia.
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No meio da madrugada daquela noite, Alana foi despertada seu sono pelo som de um uivo muito próximo ao acampamento.
Levantando em um pulo, ela encarou o casal que também acordou assustado. Nenhum deles fez qualquer som e permaneceram parados tentando ouvir o que estava acontecendo do lado de fora.
Estava tão quieto que nem mesmo os pequenos insetos da floresta faziam sons, tornando a atmosfera ainda mais perturbadora para o grupo.
Olhando pela fresta da lona, Alana viu as costas tensas de um dos guardas da equipe de escolta. Ele parecia estar olhando para um ponto específico na floresta, perto do lugar onde ela havia colhido ervas mais cedo naquele dia.
Enquanto observava pela fresta, de repente algo pulou da floresta e atacou o guarda. Então algo brilhou em volta do guarda e uma chama enorme atingiu o atacante. Aquele era um ataque de habilidade de fogo.
Alana viu em primeira mão o poder destrutivo de uma habilidade mágica pela primeira vez, mas não pode ficar impressionada, já que um ataque de besta estava acontecendo ao acampamento naquele momento.
Quando o guarda da escolta reagiu ao ataque, tudo pareceu acelerar e logo outras pessoas com habilidades entraram na luta. Mas aquela não era a única besta atacando. As três pessoas no carroção sentiram seus corações tremerem ainda mais ao ouvir mais dois rugidos ao redor do acampamento.
O barulho do lado de fora ficou extremamente alto em uma mistura de gritos, rígidos, ordens e sons de habilidades colidindo.
O grupo de três no carroção se encolheu de medo e prendeu a respiração para não atrair as bestas para si mesmos. Eles sabiam que não seriam a prioridade de segurança da equipe de escolta com aventureiros habilidosos em magia ou do líder da caravana. Esse fato foi especificado quando pagaram pelo transporte na caravana.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Rozana Silva
que vida sofrida
tomara que lá na frente encontre uma vida melhor
2023-01-21
2
Joelma Oliveira
pobre sempre s ferra. até nas histórias
2022-12-21
1