Capítulo 11

Chegamos na formatura do colégio e logo vejo várias piranhas analisando o David e quando me viram saindo do carro rapidinho elas saíram, assim que eu gosto, esse colégio não foi uma das minhas melhores fases, ainda bem que tive a Helena comigo esse tempo todo, logo eles estacionam próximos ao carro do David e eu pego a Helena pela mão e já vou puxando ela pra dentro do salão e a música fica cada vez mais alta, e nós conseguimos causar uma impressão nas pessoas que estão aqui, não sei se é porque nos viram com os meninos ou porque a gente tá gostosa.

Entramos e logo vou com a Helena pegar algo pra beber, apesar de não ter bebida alcoólica tem uns drinks sem álcool que são até que bons.

- Amiga não tem bebida alcoólica, acabei me esquecendo totalmente disso.

Ela me olha e eu dou risada e peço duas bebidas pra gente, os meninos estão atrás da gente com a cara fechada parece até dois seguranças.

- Pede mais dois desse aí o Sarah, tá vendo a gente aqui não.

O Dylan fala e eu faço cara de tédio e peço mais dois.

- Já vou logo avisando que é sem álcool.

Falo com a voz alta por causa da música.

- Ah não, aí não dá Sarah.

David reclama e eu dou de ombros. Rimos da cara deles.

- Vem amiga vamos sentar naquela mesa lá.

Eu aponto e falo no ouvido dela pra ela me entender, agora tá tocando um funk, sem ser proibidão, mas ainda é um funk.

Nós sentamos e ficamos ali bebendo através dos olhares que eram direcionados a nós ou aos garotos, prefiro acreditar que é recalque pra mim não me estressar, sabe como é. Conversamos sobre várias coisas e começou a tocar uma das minhas músicas preferidas e eu preciso dançar, puxo a Helena e ela me olha e olha pro meu irmão, ele confirma com a cabeça. Af, eles acham que mandam na gente.

Nós dançamos na pista de dança até o chão, eu e Helena dançamos bem e chamamos atenção, com esses looks não tem nem como passar despercebido. Quando a música acaba e começa a tocar outra eu já estou ofegante e puxo a Helena pro bar de novo pra pegar outra bebida. Nos sentamos na cadeira do bar.

- Eu amo aquela música.

Falo colocando a mão no peito e rindo, ela ri também.

- Amiga você percebeu os olhares?

Fiz que sim com a cabeça, demonstrando pouca importância e ela cai na gargalhada ficamos ali comentando sobre algumas pessoas e corro meu olhos pelo salão e avisto o banheiro.

- Amiga vamos no banheiro comigo?

Falo olhando em direção ao mesmo. Ela faz que sim com a cabeça e saímos.

Entramos e eu vou pro privado e a Helena fica me esperando do lado de fora, ouço algumas vozes mas não dou importância, depois que saio a Helena tá com uma cara de bolada e eu peço o gloss dela emprestado e passo.

- Amiga o que houve?

Ela me olha retocando o gloss.

- Sabe aquelas garotas que implicavam comigo? Então elas falaram um monte pra mim agora, chamando a gente de oferecida e disse que não sabe como aqueles "gatos" vieram com a gente. Minha cara fechou logo, sei muito bem de quem ela tá falando e é agora mesmo que eu vou arrumar um barraco.

Pego na mão dela puxando ela pra fora do banheiro e indo em direção aos garotos, paro um pouco distante e quando vejo elas estão quase se jogando em cima deles, que porra é essa?

- Amiga olha lá as puta. É agora que a gente coloca elas no lugar delas.

Ela me olha com a cara irritada e surpresa com a minha reação.

- O que você tá pensando Sarah?

Ela pergunta e eu cochicho no ouvido dela.

- Então a gente vai chegar lá e vamos agarrar os garotos, eles vão ficar surpresos, mas não vão negar né e aí elas vão logo ficar putinha e depois a gente faz elas vazarem. Eu vou fazer é um barraco agora.

Ela dá uma risada e faz que sim com a cabeça.

- Mas você vai agarrar o Dv amiga?

Olho pra ela com vergonha, esqueci dessa parte, aposto que ela desconfia de algo, mas não posso me abrir pra ela agora.

- Depois te explico amiga, juro.

Ela faz que sim com a cabeça e nós seguimos.

Passamos pela pista de dança e logo os garotos nos avistam e se ajeitam na cadeira, assim que eu gosto, perceberam que a gente viu. Nos aproximamos e fizemos como eu falei, eu sentei no colo do David e a Helena no do Dylan, eu dei um beijo na bochecha do David e eu aposto que a cabeça deles ta explodindo agora. Helena da um selinho no meu irmão... hum safadinha... Já shippava mesmo.

- Perderam alguma coisa aqui?

Pergunto olhando pras cadelas sem sair de cima do David.

- Vocês acham que é quem pra falar assim com a gente suas piranhas.

A garota fala e meu sangue ferve. Helena se levanta ficando de frente pra elas e de costas pro Dylan que tá sentado.

- Como é que é garota? Você chamou a gente de que?

Minha amiga fala e eu me levanto também.

- Repete se vocês são mulher o suficiente.

Falo e elas já tremem na base até que a outra fala.

- Isso mesmo que vocês ouviram e que eu falei pra você queridinha, vocês não passam de duas putas.

Quando eu tô quase no pescoço de uma a Helena já tava partindo pra cima da outra que falou por último. Os garotos interferem e nos separam, vejo o Dylan levar a Helena pra fora e o David me puxa pelo braço logo depois, eu tento me soltar mas ele é mais forte do que eu, eu queria ter rebocado mais a cara delas.

Chegamos no estacionamento e eles estão com a cara de bolado, posso fazer nada, não mandaram elas vazarem logo de primeira.

- QUE PORRA FOI ESSA QUE ACONTECEU AGORA HELENA?

Ela sente as palavras fortes do meu irmão e se recolhe um pouco, eu tento intervir mas o David me coloca pra dentro do carro, vejo o Dylan puxar minha amiga também, estou preocupada.

- A culpa foi minha David, fui eu que quis bater nelas e a Helena não ia me deixar sozinha. Ela não tem culpa.

Ele me olha furioso.

- TA FICANDO MALUCA SARAH? QUER QUE TEU IRMÃO ME MATE? PORRA COMO QUE VOCÊ FAZ AQUILO NA FRENTE DELE?

Ele fala grosseiramente e agora que me dou conta de que eu fiz merda mesmo, deixei me levar pela raiva e pelos ciúmes e agora eu posso ter ferrado minha amiga e o cara que eu tô afim. Começo a chorar de desespero e ele da partida no carro logo depois de ver o meu irmão saindo na frente.

- Me desculpa David, eu agi sem pensar. E.. eu.. fiquei com ciúme, droga.

Confesso com a voz de choro e a cara molhada já. Ele absorve o que eu falei.

- Porra Sarah, depois do que eu falei pra você no carro tu ainda mete essa agora. A gente tava mandando as piranha lá ralar, já tava tudo sob controle.

Ele fala com os olhos na estrada. Cruzo os braços.

- Tava tão no controle assim que elas estavam quase sentando no colo de vocês né? E outra, eu não sou obrigada a ficar ouvindo gracinha de nenhuma puta. E nem vou deixar elas me rebaixarem e fazer o mesmo com a Helena. Não me arrependo.

Ele me olha e limpa uma lágrima no meu rosto.

- Tu é maluca mermo né loira? Tá louco...

Fico irritada mas não consigo conter uma risada da forma que ele fala. Paramos no trânsito e ele me puxa pra perto e me beija, e que beijo meus amigos, que beijo, um calor toma conta de mim e eu logo correspondo ao beijo dele, não vou me negar isso não até porque eu posso ter ferrado tudo e vai que é a última vez que nós vamos ficar juntos, qualquer coisa pode acontecer se tratando do meu irmão.

Ele logo pede passagem pra sua língua e eu faço o mesmo, ele morde meus lábios e sinto como ele realmente me quer, como ele estava com vontade, ou saudade, eu sei que eu queria isso tanto quanto ele. Fomos parados por causa do fôlego e o trânsito volta a andar, seguimos o resto do caminho com carícias.

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