Logo pela manhã enquanto me espreguiço na cama ainda com os olhos fechados sinto meu corpo adormecido, quando crio coragem para abrir os olhos já sou agraciada por um susto, nada mais, nada menos do que 2D me observando no canto do quarto enquanto está sentado em uma poltrona de veludo, sem camisa e com o rosto coberto pela metade por causa da sombra da janela. Não consigo esconder minha vergonha diante disso, quanto tempo ele ficou ali?
- Bom dia bonequinha!
Exclama com a voz aveludada mas sempre grave. Passo a mão no rosto e nos cabelos que caem por ele pra tentar achar o resto de dignidade que me falta.
- B... Bom dia senhor 2D.... Humm por quanto tempo você está aí?
Como devo me referir a esse homem. Ele da um sorriso e sua boca forma uma linha, se inclina pra frente apoiando os cotovelos nos joelhos.
- Hoje eu sou senhor, ontem você estava bem arisca não é, está me agradando porque?
Arregalo os olhos, não esperava uma pergunta dessas, ele lê muito bem as pessoas ou sempre desconfia delas. Fico vermelha.
- Não estou te agradando. Afinal, aonde você dormiu?
Ele encosta na cadeira novamente e faz uma cara divertida. O observo atenta.
- Ah, a Helena de ontem voltou, eu leio muito bem as pessoas bonequinha. E eu dormi no mesmo lugar que você, esse é meu quarto também.
Ele fala e no mesmo instante uma cara de irritação se forma e eu me levanto e vou ao banheiro sem olhar pra trás.
Sou surpreendida por sua mão forte segurando meu braço, esse toque eu me recordo muito bem, ele me puxa de leve e eu abaixo a cabeça agora na frente dele, sinto seus olhos me observando a todo momento.
- Suas coisas já estão nos seus devidos lugares, não demora, eu vou te levar a um lugar.
Ele diz e solta meu braço.
- Vou tomar um banho então.
Somente o respondo.
- Você poderia me convidar.
Ele fala com a voz erótica. Qual o rumo dessa conversa?
- Nem morta.
Respondo e me afasto depressa para o closet. Vejo ele estreitar o maxilar e por as mãos no bolso, seu corpo esculpido agora a mostra porém coberto de tatuagens, quantas tatuagens será que ele tem?
- Por qual motivo você tem tanta repulsa sobre mim? Eu tirei você de perto daquele merda que você chama de pai e é assim que você me retribui?
Continuo mexendo na gaveta a procura de uma roupa, quando abro a segunda gaveta me deparo com algumas lingeries que não são minhas, provavelmente isso é coisa dele. Ele observa meu desconforto e vergonha depois que vê eu de cabeça baixa em direção a gaveta.
- O que seria isso? Não é meu.
Ele me olha, posso apostar que está se divertindo por dentro.
- Se está aí é porque é seu. Ah e fui eu quem escolhi todas pessoalmente. Você não usa lingerie? Poxa, seria uma pena... ou não.
Ele fala com um sorriso de canto de boca sem esconder a cara de pau.
- Aí pelo amor de Deus, eu talvez tenha "repulsa" por você pelo motivo de você ter me COMPRADO e me feito de REFÉM de você. E outra coisa, eu não vou usar isso, já que você comprou, de pra alguém que vá usar, você COM CERTEZA conhece alguém pra esse papel.
Falo com a voz elevada demonstrando toda a minha chateação, nossa como ele me irrita, como pode ser tão descarado assim, que raiva. O observo por um curto tempo, seu semblante mudou conforme eu ia jogando palavras em cima dele e por um momento me arrependo, ele pode me quebrar em duas se ele quiser só pelo tamanho dele. Sua cara fecha.
- Como é que é? O que você tá insinuando aí, perdeu a noção do perigo garota?
E num movimento rápido ele já está com a mão no meu pescoço me fazendo ficar na ponta dos pés e a outra segurando firme minha mão, a esse ponto já estou colada na parede com a respiração ofegante e esperando o pior desse homem furioso. Ele corre os olhos pela minha boca e depois me olha nos olhos, percebe que estou ofegante e se aproxima mais. Sua boca está por um centímetro de encostar na minha e assim ficamos por alguns segundos que pareceram minutos.
- Você tá ligada a mim e isso não vai mudar eu te aconselho a não me tirar do sério porque quando eu me descontrolar você vai descobrir quem eu realmente sou. Tu entendeu?
Ele fala ainda muito próximo me fazendo abaixar o olhar e encarar seu pescoço e ombros.
- S... Sim, eu.... não estou... conse..
Ele me solta na hora percebendo que estava segurando forte demais.
- Você é muito sensível bonequinha, do jeito que eu gosto.
Empurro seu peitoral musculoso e quando toco fico ainda mais próxima de uma corrente elétrica que passa pelos meus dedos no mesmo instante e ele chega um pouco pra trás.
- Essa eu vou deixar passar, mas na próxima vez que você me empurrar torça pra mim ter o mesmo controle de agora e não te pegar no colo e te jogar naquela cama.
Declara e sai me deixando sozinha, ofegante, com seu perfume inalando no meu nariz, suas correntes elétricas nos meus dedos e várias lingeries pretas de renda. Que porr....
Xingo mentalmente depois de tudo que aconteceu, escolho uma roupa e opto por um vestido com estampas coloridas com a cara do verão, ele também deve ter comprado, penso comigo mesma, ele tem bom gosto pelo menos, acho que vai me servir bem. Me dirijo para o banheiro e tomo banho, quando saio seco meus cabelos longos, ajeito a franja, visto o tal vestido e fico surpreendida que me serviu como uma luva, como ele conseguiu isso? Balanço a cabeça tentando me livrar dessas perguntas que me perseguem.
Volto para o quarto com a missão de terminar de me arrumar já que ele disse que tem pressa, depois do que aconteceu no closet eu não quero correr o risco de irrita-lo. Passo meus desodorantes e cremes para pele, calço os meus tênis brancos, amo esses tênis, dou uma última checada no espelho e pronto, está ótimo.
Chegando na sala já avisto ele no sofá assistindo algum programa, ele ouve meus passos e vira pra mim, me encara por um breve momento e fico logo envergonhada, ele consegue causar esse sentimento em mim com tanta naturalidade que fico brava com meu próprio corpo por me entregar assim tão fácil. Ele se levanta e vem em minha direção.
- Linda! Você tá realmente gata nessa roupa!
Tomo coragem pra encara-lo nos olhos e ele está com uma expressão diferente, calma, só agora pude reparar que seus olhos são verdes, vibrantes. Fico mais corada.
- Não precisa ficar com vergonha de um elogio, Helena. Você nunca recebeu um elogio de alguém?
Ele fala com a voz baixa e próximo de mim.
- Bem... só da Sarah... Onde ela está?
Dou um sorriso de poucos amigos.
- Toda vez que eu descubro que você nunca foi de ninguém faz eu ficar maluco.
Ele diz com a voz rouca, mas baixa. E um vislumbre de um carinho nos meus dedos da mão direita se forma.
- Minha irmã ainda está dormindo. Está com fome?
Ele fala depois de se afastar um pouco. Recobro os pensamentos depois de seu toque sutil.
- Hamm... um pouco.. pra onde nós vamos?
Ele me pega pela mão e me leva até a garagem onde escolhe uma moto preta, enorme. Logo depois ordena para que os seguranças abram o portão e manda eu subir na mesma.
Fico o olhando com cara de idiota porque eu não faço ideia de como subir nisso. Ele ri da minha preocupação e me conduz, me ajuda a subir na moto e com um toque muito rápido nos meus quadris. Porque fui colocar vestido logo hoje. Em seguida ele faz o mesmo e sobe, me induz a segurar na sua cintura pra não cair e eu faço, com vergonha mas faço, consigo sentir seu abdômen, e logo aquela corrente está viva outra vez. Ele da partida.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Valdileia Da silva castro
essas histórias são uma besta aempre a mesma coisas essas virgenzinhas se apaixona muito rápido e se rebaixa muito rápido também pelo amor de Deus
2024-02-22
0
Tânia Campos
Quando estiverem apaixonados um pelo outro, vai ser maravilhoso!!!
2024-01-08
1
sara Cristina
tá aí a resposta...
2023-12-28
1