Capítulo 7

Durante o percurso eu senti olhares em cima de mim ou dele, não sei ao certo, mas eram bastante e assim não demorou muito ele já estava na frente de um restaurante, aqui tem cara de ser amigável, mas estou mais preocupada com as pessoas do que com o lugar, da última vez que saí uma doida veio pra cima de mim. Mas também me lembro que estou com o 2D e eles não fariam nada contra mim além de olhar. Ele me puxa pela mão para entrarmos e sentamos em uma das mesas presentes no local, logo uma senhora vem nos atender com um sorriso.

- Oi meu filho, como esta indo?

Ela diz se digerindo ao 2D, acho que se conhecem a bastante tempo.

- Fala aí Dona Sônia, tá tudo nos conformes. Essa aqui é a Helena, minha mulher. Ela é nova no morro e queria mostrar um dos seus cafés da manhã de qualidade.

Ela sorri pra ele e nos cumprimentamos, ainda sem entender o porquê ele insiste em dizer que sou mulher dele, eu não sou dele.

- Já sei qual café trazer pra vocês, licença.

Ela diz se afastando e indo pra trás do balcão e depois entrando no que eu acho ser a cozinha. Logo ele percebe minha cara de aborrecimento.

- Qual o papo? Que cara é essa?

Ele fala me olhando com atenção.

- Por qual motivo você insiste em dizer que eu sou sua mulher? Eu não sou sua 2D, nem te conheço direito, nem sei seu nome.

Vejo uma névoa se formar em seu rosto, acho que o irritei, é inevitável, ele suspira.

- É o seguinte morena, você pode ainda não acreditar mas você vai ser minha por completo, e sobre meu nome, eu não o digo pra quase ninguém, somente quem considero família.

Ele faz uma pausa e continua, suas palavras me deixam irritada.

- Meu nome é Dylan, e agora? Deixei a madame satisfeita?

Vejo ele resmungar a última pergunta.

- Dylan é um nome bonito, mas não vou ser sua, lamento.

Digo olhando diretamente em seus olhos. Seu nome é como seda em meus lábios e o vejo observar minha boca ao dizer. Sua cara fecha conforme termino de dizer.

- Você não perde por esperar bonequinha.

Ele me olha e eu reviro os olhos em negação, odeio esse apelido, ele se diverte.

- Aqui estão seus cafés, espero que goste querida.

Ela diz e só agora noto sua presença, estava concentrada demais em me irritar com esse rosto na minha frente.

- Obrigada, aposto que está perfeito.

Digo olhando pro café preto na xícara e um tipo de pão que não reconheço, mas a cara está ótima, percebo que estou faminta, ela se afasta com um sorriso e eu retribuo.

Saboreio o pão e nossa, como é gostoso, realmente é um dos cafés mais gostosos que já comi.

Como mais um pedaço e fico ainda mais surpresa com o quão delicioso é, levo a mão na boca por causa do farelo e o pego me olhando.

- Você gostou mesmo né?

Ele me olha e eu já comi a metade do lanche, fico envergonhada será que ele vai me achar esfomeada?

- Nossa Dylan é delicioso.

Ele da um sorriso, não sei se do comentário, ou se é porque o chamei pelo nome, mas a névoa agora se foi, que bipolar.

- Olha só Helena, não sei porque você não quer ser minha mulher, eu posso te proporcionar tantas coisas como essa.

Ele diz e eu me ajeito na cadeira um pouco desconfortável.

- O que eu sei sobre relacionamentos eu aprendi nos filmes. Nunca tive nenhuma referência de nada disso na minha vida.

Vejo seu olhar de frustração ou pena, não sei se ele é capaz de sentir isso.

- Se você me der uma chance, eu posso te mostrar o porquê eu aceitei a proposta do teu pai.

Ele diz enfim dando de ombros e mordendo seu lanche. Dou um gole no meu café.

- Como vou te dar uma chance sabendo que não vou ser livre? Antes disso tudo acontecer eu tinha planos pro meu futuro, eu não posso ficar presa só como um troféu pra você, não dá.

Ele me olha atento e baixa o olhar em seguida, ele não aprova o que eu acabei de dizer, mas entende.

- O que seria ser livre pra você, Helena?

Ele pergunta dando um gole no seu café.

- Poder ter meu trabalho, estudar, fazer algo pra mim mesma, eu vivi minha vida toda presa a uma pessoa que não se importava se eu continuava respirando, quando eu estou prestes a completar meus 18 anos, sou presa por outra pessoa. Isso não é justo comigo.

Meus olhos estão com lágrimas e uma solitária cai em meu rosto, percebo seu desconforto e ele seca a mesma com o dedo e minha pele se acende. E acabo me lembrando do meu aniversário.

- Minha nossa, é mesmo, esqueci completamente do meu aniversário.

Digo com a mão na boca tentando adivinhar que dia é hoje.

- Quando é seu aniversário?

Ele enfim pergunta.

- 10 de dezembro. Que dia é hoje?

- Seu aniversário é daqui a uns dias. Vamos comemorar, não aceito não como resposta.

Ele ordena e eu não tenho nem tempo de contestar, comemorar como?

- Se você me der uma chance, você pode me ensinar a como ser... bom. Ou até mesmo como eu deveria te tratar, se você se comportar eu penso na sua proposta de trabalho, tenho ideias, mas não vamos falar disso agora.

Ele fala secamente e termina seu lanche e eu somente confirmo com a cabeça e faço o mesmo, ele é tão autoritário.

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Comments

Marta Hedwig Schley

Marta Hedwig Schley

ele é bom, e gosta dela

2024-09-14

0

Tânia Campos

Tânia Campos

Coitada!!!

2024-01-08

1

Tânia Campos

Tânia Campos

🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2024-01-08

0

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