Eu tenho que sair desse lugar, lembro que o tal 2D não trancou a porta e consigo sair, os seguranças me olham com dúvida e eu digo que vou dar uma volta, eles percebem meus olhos vermelhos e não questionam nada apenas fazem o que eu falei.
Saio pelo portão e olho para os dois lados, me lembro do caminho que a Sarah fez até chegar aqui e começo a traçar o mesmo, ando com pressa e acabo esbarrando em alguém.
- Ei sua piranha não tem noção de espaço não?
Diz uma garota com cara de deboche pra mim. Paralizo de novo.
- Vai ficar me encarando mesmo? Quer apanhar?
Ela fala gritando e vem pra cima de mim me empurrando e eu caio.
- Solta ela agora Samantha, perdeu a noção do perigo?
Ouço aquela voz que me assombra novamente atrás de mim. Quando me levanto vejo a garota com os olhos arregalados e me dou conta de que preciso fugir desse homem.
Olho pra trás, o vejo, e depois corro mais rápido que eu posso, como eu queria ser uma pessoa atlética agora, consigo chegar até um beco mas assim que tento virar sinto uma mão firme segurar meu braço com força, muita força, agora que vou morrer.
- Fugindo de mim bonequinha?
Ele me encosta na parede ainda segurando meu braço e eu olho pra baixo, não tem outra reação eu tô apavorada, minha adrenalina tá a mil, eu vou morrer.
Ele percebe que meu apavoramento e me solta aos poucos e logo percebe que segurou forte demais quando ve a marca que ficou no meu braço.
- Você é frágil mesmo né? E outra, achou mesmo que ia conseguir fugir de mim? Você é minha agora e não tem mais volta, acho que essa parte você entendeu. Já adianto que não gosto de desobediência ou vai custar caro pra você, se você se comportar eu deixo você conviver com minha irmã, antes disso temos que bater um papinho no meu escritório.
- Entendeu?
Ele fala mais alto e eu me assusto e me encolho. Só consigo fazer que sim com a cabeça e ele me leva de novo pelo braço de volta pra sua casa. E agora?
Assim que chegamos no portão a Sarah já estava lá, ela vem até mim e assim que me vê ela me chama.
- Amiga aonde você estava? Nós temos que conversar.
O irmão dela rebate.
- Espera na fila irmã porque agora sou eu quem vai ter um papinho com sua amiga. E vocês dois, eu não quero que isso se repita novamente entenderam?
Ele diz segurando meu braço. Os seguranças olham espantados e confirmam com a cabeça. Sarah tenta mais uma vez falar mais é cortada enquanto seu irmão me arrasta pra dentro da casa e escadas me levando pra outro cômodo que acredito eu que seja o escritório que segue a mesma decoração do resto da casa mas com menos branco e com uma pequena biblioteca, meus olhos correm pelos livros e ele manda eu sentar na cadeira de frente pra mesa onde ele está agora encostado apoiado nas mãos que faz os seus músculos ficarem cada vez mais a mostra e marcados, assim como suas tatuagens.
- Gosta de livros?
Abaixo a cabeça rápido. Por que a voz dele tem que ser tão grave?
- Desaprendeu a falar?
Ele fala aproximando o rosto do meu e levantando meu rosto com o dedo indicador. Por que essa reação na minha pele quando esse homem me encosta?
- Sim, gosto.
Falo tirando o rosto do alcance das suas mãos.
- Bom...
Ele fala me analisando, que constrangedor.
- Então, bonequinha, vamos conversar sobre o seu futuro agora mesmo, acredito que você já tenha digerido o que aconteceu com você, não é? Então agora vou explicar o que eu quero de você, afinal você é minha propriedade claro. Meus planos pra você são simples, você vai tomar o posto de minha fiel, seu pai me contou que nunca te viu com nenhum homem e eu imagino que...
Ele faz uma pausa e continua.
- Imagino que você seja virgem.
Olho pra ele com os olhos arregalados e com o rosto mais vermelho que pimentão, não sei se devo debater, se devo me calar.
- Primeiro eu não sou sua bonequinha, muito menos sua propriedade e segundo, o que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta, eu nem te conheço.
Falo com indignação na voz. Ele me lança um olhar mortal. Se aproxima de mim e agora segura meu rosto com sua mão grande que esmagaria completamente o mesmo se quisesse e eu arregalo os olhos.
- Presta atenção aqui bonequinha, você não testa a minha paciência não porque eu tô tentando mostrar minha bondade pra você, o pouco que eu tenho, mas tô, não me faça perder isso também. Você vai fazer o que eu mandar e não tem escolha se for contra isso vai ser pior, lembra que eu te dei a proposta de você conviver com tua amiga.
Ele fala enfim me soltando e se encostando na mesa novamente. Começo a chorar de novo.
- Si... sim..
Respondo entre soluços.
- Boa garota.
Ele responde com prazer.
- Vem eu vou mostrar onde você vai ficar, afinal você é minha mulher agora.
Ele me puxa pela mão me levando pra fora do escritório e indo em direção a última porta do corredor, não é o quarto da Sarah, socorro.
- Seja bem vinda ao seu novo quarto.
Diz parando logo atrás de mim o que me deixa com muita vergonha se for comparar com o espaço que nos separa. Estou suando.
- Não posso ficar com a Sarah?
Me viro pra falar com ele e ele me olha irritado.
- Não, você é minha mulher, então... acho que você é um pouco inteligente pra entender sozinha.
Olho irritada. Me ofendi.
- Eu não vou ficar no mesmo quarto que você!
Ele continua parado com as mãos no bolso me olhando atentamente.
- Por que você não iria?
Diz tentando continuar com o resto de paciência que lhe falta. Eu o irrito tanto?
- Se eu causo tanta irritação em você então porque não fica longe de mim logo?
Não consigo controlar as palavras, elas só saem.
Ele solta uma risada de prazer.
- Aí aí minha bonequinha você é só mais um desafio pra mim e eu vou conseguir enfrentar, não tente se crescer pra cima de mim porque isso não funciona, você não me intimida, pelo contrário, me excita.
Diz colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e eu fico vermelha, por que ele continua me encostando? Abaixo a cabeça, tentando me livrar de suas mãos.
- Não precisa ficar envergonhada, não vai demorar muito pra nos conhecermos melhor, Helena.
Me arrepio inteira quando ouço sua voz pronunciar meu nome, não sei explicar esse sentimento, seria medo? Temor?
- Não se preocupe, suas coisas amanhã estarão aqui e mulher minha não trabalha. Vou te deixar olhar melhor seu novo quarto, nosso quarto... tchau bonequinha.
Ele me olha mais uma vez e dá um sorriso de canto de boca, aff. Reviro os olhos. Preciso contestar sobre trabalhar, mas não agora.
- Revira os olhos de novo e eu vou mostrar a forma certa de fazer isso.
Disse ríspido e saiu sem me deixar rebater. Encaro meus dedos com vergonha, o que ele quis dizer?
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Marta Hedwig Schley
kkkkkkkkk ela vai amar revirar os olhos p ele, e claro ele TB rsrsesr
2024-09-14
0
Tânia Campos
Que seja virgem,
2024-01-08
2
sara Cristina
ela não é um objeto..😒
2023-12-28
1