Presente corrigir.
Agora, parece claro que algo muito prejudicial e autodestrutivo está
acontecendo. Estaria tudo bem se trouxéssemos toda nossa compaixão,
compreensão e apoio para os relacionamentos com homens saudáveis, homens
com quem houvesse esperança de satisfazermos nossas necessidades. Mas não
temos atração por homens saudáveis que poderiam nos ajudar. Parecem
enfadonhos. Temos atração por homens que nos reproduzem os conflitos tidos
com nossos pais, quando tentávamos ser boas o bastante, amáveis o bastante,
valorosas o bastante, prestativas o bastante e espertas o bastante para termos
amor, atenção e aprovação daqueles que não podiam nos dar o que
precisávamos, devido a seus próprios problemas e preocupações. Agora, agimos
como se o amor, a atenção e a aprovação não valessem nada, a menos que
fôssemos capazes de extraí-los de um homem que também é incapaz de nos dar
tudo isso, por causa de seus próprios problemas e preocupações.
Com medo de ser abandonada, você faz qualquer coisa para impedir o fim
do relacionamento.
Abandono é uma palavra forte. Implica alguém nos deixar, possivelmente
para morrermos, pois podemos não ser capazes de sobreviver sozinhos. Há o
abandono literal e o emocional. Toda mulher que ama demais já passou, ao
menos uma vez, pelo abandono emocional total, com todos os temores e vazios
que isso acarreta. Sermos deixadas por um homem que representa de tantas
formas as pessoas que nos abandonaram anteriormente faz com que os temores
aflorem outra vez. É claro que fazemos tudo para que esse sentimento não volte,
o que leva à próxima característica.
Q uase nada é problema, toma muito tempo ou custa demais, se for para
"ajudar" o homem com quem está envolvida.
A teoria por trás dessa ajuda é que, se funcionar, o homem se transformará
em tudo que você queria que fosse, o que significa ganhar a luta de conseguir o
que tanto quis por tanto tempo.
Assim, enquanto somos freqüentemente econômicas conosco e sonegamos
nossos interesses, não medimos esforços para ajudá-lo. Alguns sacrifícios para o
bem dele incluem:
• mudar-se para locais geograficamente acidentados porque "ele não está feliz
aqui";
• dar-lhe metade de todos os seus pertences e propriedades para que não se
sinta inferiorizado;
• dar-lhe casa para morar para que sinta-se seguro;permitir que abuse de você emocionalmente pois "nunca permitiram que
expressasse seus sentimentos antes";
• arrumar-lhe um emprego.
É apenas parte da lista de como tentamos ajudar. Raramente questionamos a
conveniência de nossos atos para o bem dele. De fato, perdemos muito tempo e
gastamos muita energia tentando inventar novas fórmulas que possam funcionar
melhor do que as já costumeiras.
Habituada à falta de amor em relacionamentos pessoais, você está disposta
a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais.
Se outra pessoa com um tipo diferente de história se encontrasse nessas
circunstâncias, seria capaz de dizer: "Isso é horrível. Não vou continuar com esse
comportamento". Mas supomos que, se não está funcionando e não estamos
felizes, de alguma forma ainda não fizemos o suficiente. Vemos cada nuança de
comportamento como uma possível indicação de que o parceiro está finalmente
se modificando. Vivemos na esperança de que amanhã será diferente. Esperar
que ele se modifique é, na verdade, mais confortável que nos modificar e
modificar nossas vidas.
Você está disposta a arcar com mais de 50 por cento da responsabilidade,
da culpa e das falhas em qualquer relacionamento.
Freqüentemente, as pessoas vindas de lares desajustados tiveram pais
irresponsáveis, infantis e fracos. Crescemos rapidamente e tornamo-nos pseudo-
adultos antes mesmo de estarmos prontos para arcarmos com as
responsabilidades que esse papel acarreta. Mas também ficamos satisfeitos com
o poder que nos foi conferido por nossos familiares e outras pessoas. Agora,
como adultos, acreditamos que cabe a nós fazer com que os relacionamentos
dêem certo, e freqüentemente cooperamos com parceiros irresponsáveis e
culposos, que contribuem para a sensação de que tudo depende mesmo de nós.
Somos especialistas em arcar com a responsabilidade.
Sua auto-estima está criticamente baixa e, no fundo, você não acredita que
mereça ser feliz. Ao contrário, acredita que deve conquistar o direito de
desfrutar da vida.
Se nossos pais não nos acham merecedores de amor e atenção, como
podemos acreditar que somos realmente pessoas boas, agradáveis? Pouquíssimas
mulheres que amam demais têm convicção de que, no fundo, merecem amar e
ser amadas pelo simples fato de existirem. Ao contrário, acreditamos que
possuímos falhas ou defeitos terríveis, e que devemos nos esforçar bastante para
superá-los. Vivemos com a sensação de culpa por termos falhas e com medo da
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Atualizado até capítulo 93
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