Então conheci Randy

Minha vida. Então conheci Randy — continuou rapidamente —, ao visitar uns

amigos em San Diego há dois meses. Ele é procurador da Justiça, e nos

conhecemos numa noite em que saí com meus amigos para dançar. Bom, nós

nos demos bem de imediato. Havia tanta coisa para falar, creio até que tenha

falado mais que ele. Mas ele parecia gostar. E era simplesmente maravilhoso

estar com um homem que se interessava por coisas importantes para mim

também.

Ela franziu o cenho.

— Ele pareceu-me realmente atraente. Perguntava-me se era casada (sou

divorciada há dois anos), se morava sozinha, esse tipo de coisa.

Pude até calcular a ansiedade de Jill ao papear alegremente com Randy

naquela primeira noite. E a ansiedade com que o recebeu uma semana mais

tarde, quando esticou em alguns quilômetros sua viagem a Los Angeles para

visitá-la. Quando jantavam, Jill o convidou para dormir em seu apartamento,

dessa forma ele poderia adiar para o dia seguinte a longa viagem de volta. Randy

aceitou o convite, e o caso entre eles começou naquela noite.

— Foi maravilhoso. Ele deixou que eu cozinhasse para ele e gostou de ser

tratado assim. Naquela manhã, passei a ferro sua camisa antes que se vestisse.

Eu adoro tomar conta de um homem. Nós combinávamos perfeitamente.

Ela sorriu com saudade. Ao continuar a história, estava claro que Jill ficara,

quase de imediato, completamente obcecada por Randy. O telefone tocava

quando ele chegou ao seu apartamento em San Diego. Jill disse-lhe que se

preocupara com ele devido a sua longa viagem e que estava aliviada por saber

que já estava em casa a salvo. Ao achar que ele ficara um pouco confuso por

causa do telefonema, desculpou-se por estar incomodando e desligou, mas um

desconforto crescente surgiu dentro dela, alimentado pela consciência de que,

mais uma vez, preocupara-se muito mais com Randy do que ele com ela.

— Certa vez Randy disse que não o pressionasse, senão desapareceria. Fiquei

muito assustada. Tudo dependia de mim. Tinha que amá-lo e deixá-lo em paz ao

mesmo tempo. Como isso era impossível para mim, fiquei cada vez mais

assustada. Quanto mais me apavorava, mais o perseguia.

Em pouco tempo, Jill telefonava quase todas as noites. O acordo que fizeram

foi o de se fazer revezamento, mas, quando era a vez de Randy telefonar, ficava

tarde e a inquietude de Jill era demais para ser suportada. De qualquer forma,

dormir estava fora de cogitação, então telefonava para ele. As conversas eram

vagas e prolixas.

— Ele dizia que se esquecera, e eu falava: "Como pôde esquecer?" Afinal, eu

nunca me esqueci. Então, começávamos a falar dos porquês, e parecia que elemedo de se aproximar de mim, e eu queria ajudá-lo a superar esse medo.

Ele vivia dizendo que não sabia o que queria na vida, e eu queria ajudá-lo a

perceber quais eram seus problemas.

Assim, Jill afastou-se um pouco, na tentativa de fazer com que ele ficasse mais

perto emocionalmente. Ela não aceitava o fato de ele não a querer. Já chegara à

conclusão de que ele precisava dela.

Pela segunda vez, Jill foi a San Diego para passar o final de semana junto dele;

naquela visita, ficaram juntos todo o domingo, mas ele a ignorou, assistindo à

televisão e bebendo cerveja. Foi um dos piores dias para Jill.

— Ele bebia demais? — perguntei a ela, que me olhou surpresa. — Não, não

exatamente. Na verdade, eu não sei. Nunca pensei nisso. Claro, ele estava

bebendo quando nos conhecemos, mas é natural. Afinal, estávamos num bar. Às

vezes, quando falávamos por telefone, ouvia gelo tilintando num copo, e eu o

censurava por estar bebendo sozinho. Na verdade, sempre que estávamos juntos,

ele estava bebendo alguma coisa. Mas supus que gostava de beber. É normal, não

é?

Parou por um instante, pensativa.

— Sabe, às vezes ele falava de forma estranha ao telefone, principalmente

para um procurador. Era vago, impreciso, distraído, incoerente. Mas nunca

pensei que fosse conseqüência da bebida. Não sei como justificava sua atitude

para mim mesma. Simplesmente não pensava no assunto.

Percebi tristeza em seus olhos.

— Talvez realmente ele bebesse demais, mas devia ser pelo fato de eu o

entediar. Acho que eu não era interessante o suficiente, e ele não queria ficar

comigo.

Prosseguiu, ansiosa:

— Meu marido nunca desejou estar perto de mim, era óbvio! — Seus olhos

encheram-se de lágrimas e sentiu o coração apertado.

— Nem meu pai... O que há comigo? Por que todos agem assim? O que estou

fazendo de errado?

No instante em que Jill conscientizou-se de um problema entre ela e uma

pessoa que lhe importava, dispôs-se não apenas a resolvê-lo, mas também a

responsabilizar-se por tê-lo criado. Se Randy, seu marido e seu pai não puderam

amá-la, algo fora feito de errado ou não fora feito. As atitudes de Jill, seus

sentimentos, experiências e comportamento eram típicos de uma mulher para

quem amar significa sofrer. Ela apresentava muitas das características comuns a

mulheres que amam demais. Não obstante os detalhes específicos das histórias e

Capítulos
1 QUANDO AMAR SEGUINIFICA SOFRER
2 VÍTIMA DO AMOR
3 VEJO UM CORAÇÃO PARTIDO.
4 Então conheci Randy
5 Amar demasiado não significa amar
6 Agora, falava sobre seu pai.
7 alguém no campo pessoal
8 A mãe esbraveja:
9 Mas reagiremos com convicção
10 Com medo de ser abandonada
11 Você é uma pessoa dependente de homens e de sofrimento espiritual.
12 Como podia o sexo ser tão bom,
13 homem ou mulher.
14 no relacionamento com a mulher.
15 Dois dias depois, eles se falaram
16 Prometa que não fará isso novamente
17 o sexo me proporcionou um grande alívio.
18 Ela deseja proximidade física
19 como algo insípido.
20 Interesses, valores e objetivos comuns
21 Desafio da recuperação 61
22 eu era a escolha perfeita
23 Éramos tão apegadas
24 Não foi nenhuma coincidência
25 Foi quando comecei a me entender.
26 droga aumentava definitivamente a dor,
27 por causa dessa convicção
28 ELA É UMA MULHER DE BOM CORAÇÃO
29 Minha mãe não era alcoólatra
30 O que acontecerá se ela nunca parar?
31 Eu era a filha do meio
32 sobrecarregada
33 combinada com a familiaridade
34 desafortunada
35 VOCÊ É TÃO FORTE, QUERIDA
36 Freqüentamos
37 A atração de Cloé por Roy
38 A atração de Mary Jane por Peter
39 A atração de Peggy por Baird
40 A atração de Eleanor pelo marid
41 A atração de Arleen por Ellis
42 De certa forma,
43 A atração de Suzana pelo homem de San Francisco
44 Homens que escolhem mulheres que amam demais
45 A atração de Tom por Elaine
46 A atração de Charles por Helen
47 San José
48 Eu odiava falar com aquele homem.
49 A atração de Russell por Mônica
50 o colégio
51 A atração de Tyler por Nancy
52 A atração de Bart por Rita
53 A atração de Greg por Alana
54 A atração de Erikpor Sue
55 A bela e a fera
56 : A AJUDA É O LADO ENSOLARADO DO CONTROLE
57 felizes juntos
58 suicídio de Thad
59 maridos e esposas
60 na psicologia
61 um relacionamento ruim
62 o homem e o relacionamento
63 firme daí em diante
64 Não imaginava
65 No final
66 Meu pai
67 ressentimentos
68 Q uando um vício alimenta outro
69 criticar-me tanto.
70 o relacionamento
71 Morrer por amor
72 No final, o casamento foi anulado
73 O primeiro passo no tratamento
74 Características de Praticantes
75 ingorados ou racionalizados
76 descontentamento
77 10. O caminho para a recuperação
78 Por que é necessário procurar ajuda
79 O que se requer para fazer da própria recuperação a prioridade principal
80 Encontre um grupo de apoio
81 O que se requer para desenvolver a espiritualidade
82 O que se requer para parar de dirigi-lo e de controlá-lo
83 Aprenda a não se envolver em jogos
84 O que implica não se envolver em jogo
85 O que significa
86 Por que é necessário tornar-se "egoísta"
87 sobre o que sentia,
88 companhia um do outro,
89 a maioria das mulheres
90 merecemos amor
91 Provavelmente
92 Seja voluntária
93 Mulheres que Amam
Capítulos

Atualizado até capítulo 93

1
QUANDO AMAR SEGUINIFICA SOFRER
2
VÍTIMA DO AMOR
3
VEJO UM CORAÇÃO PARTIDO.
4
Então conheci Randy
5
Amar demasiado não significa amar
6
Agora, falava sobre seu pai.
7
alguém no campo pessoal
8
A mãe esbraveja:
9
Mas reagiremos com convicção
10
Com medo de ser abandonada
11
Você é uma pessoa dependente de homens e de sofrimento espiritual.
12
Como podia o sexo ser tão bom,
13
homem ou mulher.
14
no relacionamento com a mulher.
15
Dois dias depois, eles se falaram
16
Prometa que não fará isso novamente
17
o sexo me proporcionou um grande alívio.
18
Ela deseja proximidade física
19
como algo insípido.
20
Interesses, valores e objetivos comuns
21
Desafio da recuperação 61
22
eu era a escolha perfeita
23
Éramos tão apegadas
24
Não foi nenhuma coincidência
25
Foi quando comecei a me entender.
26
droga aumentava definitivamente a dor,
27
por causa dessa convicção
28
ELA É UMA MULHER DE BOM CORAÇÃO
29
Minha mãe não era alcoólatra
30
O que acontecerá se ela nunca parar?
31
Eu era a filha do meio
32
sobrecarregada
33
combinada com a familiaridade
34
desafortunada
35
VOCÊ É TÃO FORTE, QUERIDA
36
Freqüentamos
37
A atração de Cloé por Roy
38
A atração de Mary Jane por Peter
39
A atração de Peggy por Baird
40
A atração de Eleanor pelo marid
41
A atração de Arleen por Ellis
42
De certa forma,
43
A atração de Suzana pelo homem de San Francisco
44
Homens que escolhem mulheres que amam demais
45
A atração de Tom por Elaine
46
A atração de Charles por Helen
47
San José
48
Eu odiava falar com aquele homem.
49
A atração de Russell por Mônica
50
o colégio
51
A atração de Tyler por Nancy
52
A atração de Bart por Rita
53
A atração de Greg por Alana
54
A atração de Erikpor Sue
55
A bela e a fera
56
: A AJUDA É O LADO ENSOLARADO DO CONTROLE
57
felizes juntos
58
suicídio de Thad
59
maridos e esposas
60
na psicologia
61
um relacionamento ruim
62
o homem e o relacionamento
63
firme daí em diante
64
Não imaginava
65
No final
66
Meu pai
67
ressentimentos
68
Q uando um vício alimenta outro
69
criticar-me tanto.
70
o relacionamento
71
Morrer por amor
72
No final, o casamento foi anulado
73
O primeiro passo no tratamento
74
Características de Praticantes
75
ingorados ou racionalizados
76
descontentamento
77
10. O caminho para a recuperação
78
Por que é necessário procurar ajuda
79
O que se requer para fazer da própria recuperação a prioridade principal
80
Encontre um grupo de apoio
81
O que se requer para desenvolver a espiritualidade
82
O que se requer para parar de dirigi-lo e de controlá-lo
83
Aprenda a não se envolver em jogos
84
O que implica não se envolver em jogo
85
O que significa
86
Por que é necessário tornar-se "egoísta"
87
sobre o que sentia,
88
companhia um do outro,
89
a maioria das mulheres
90
merecemos amor
91
Provavelmente
92
Seja voluntária
93
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