capítulo 17

Terça-feira, estou na clínica tomando um café na salinha de conforto, lembrando de ontem, daquele mágico piquenique, das declarações dele para mim, foi tudo tão perfeito que tenho até medo dessa relação.

Hoje não é dia dele aqui e já sinto sua falta. Me pergunto quando que ele irá desmascarar o Marcus perante a família.

Desperto dos meus pensamentos, com a Helena me chamando.

HELENA: Elise em que planeta você estava? Te chamei 3 vezes e não me ouviu.

**ELISE**: Desculpe! Estava realmente distraída.

HELENA: Pode me dá uma mãozinha aqui?

Vou ao consultório dela e auxílio com uma criança que está bem agitada, finalizamos depois de 40minutos.

Volto a recepção e vejo que já deu meu horário, vou me trocar, me despeço das meninas e quando saio, dou de cara com um maravilhoso homem de óculos todo de preto me esperando no seu carro.

ELISE: Vejam só! O que um gato desse faz aqui em frente a clínica olhando? Rs

**ALLAN**: Estou aguardando a minha namorada sair do trabalho.

ALLAN: Você a viu? É uma morena incrível, gata demais, inteligente, cheirosa e maravilhosa!

Sorrio para ele que me puxa, me dando um beijão na rua.

ELISE: Allan! Aqui não!

ALLAN: Não o quê? Não posso buscar minha namorada?

Sem segredinhos! Agora é oficial você se esqueceu?

ALLAN: Vamos!

ELISE: Vai me levar para casa?

ALLAN: Vou encarar dois hominhos e implorar, se for preciso, a permissão deles para namorar a gata da mãe deles.

ALLAN: Eles já chegaram?

ELISE: Meus pais os trouxeram hoje pela manhã. Devem estar lá na Heloísa.

ALLAN: Ótimo! Família toda reunida.

Ao chegarmos, chamo eles na Heloísa, dizendo que depois voltava com calma e sigo para minha casa com os meninos e Allan.

ELISE: Vou tomar um banho e vocês fiquem aqui fazendo companhia a Allan que depois vamos conversar. Já volto!

Tomo meu banho, me arrumo e decido fazer um café. Ao voltar para sala, vejo Allan sentado no chão jogando vídeo game com os meninos na maior agitação.

Meu coração se enche de amor ao ver aquela cena, parece que se conhecem há anos e vejo o carinho recíproco entre eles.

ELISE: Agora você joga games também?

ALLAN: Fazia tempos que não jogava mais estou dando uma surra nesses caras.

**HENRIQUE**: Deixa de ser mentiroso, que você só ganhou uma partida.

****DANIEL****: E por sorte!!! Ganhei de novo!!!!!!! Uhulll!!!!!

Rimos com a empolgação de Daniel e o desapontamento de Allan e peço para darem uma pausa no jogo para a conversa.

HENRIQUE: Mãe se é para falar que vocês estão namorando nós já sabemos.

ELISE: AHHH COMO ASSIM!

DANIEL: Tá meio óbvio mãe!

ALLAN: Bom! Já que vocês já sabem beleza! Mais como homem sério que sou...

DANIEL: E péssimo jogador! Rsrs

ALLAN: Gostaria de pedir permissão a vocês dois! Prometo cuidar, amar e respeitar muito a mãe de vocês.

HENRIQUE: Por mim tudo bem! Só tenho que redigir um contrato, para você assinar, caso magoe nossa mãe e você pague!

ALLAN: Uma indenização de quanto?

DANIEL: De sangue! Kkkkk

ELISE: Daniel!

ELISE: Agora já chega que disparate é esse!

ALLAN: Aceito o contrato! Rs

ELISE: Meninos é sério! Allan e eu éramos bons amigos e estamos gostando um do outro. Vocês não se importam de eu namorar com ele. Sei que tem poucos meses que seu pai saiu de casa mais ele está em outra e eu quero também ser feliz.

HENRIQUE: Meu pai nem tá mais com aquela chata.

DANIEL: Já teve mais duas!

HENRIQUE: 3! Você esqueceu aquela do parque.

ELISE: NOSSA! Que seja! Espero tentar só com Allan!

Os meninos se levantam e apertam a mão de Allan e me abraçam.

ALLAN: Vou passar aqui do lado e fala com seus avós e vamos numa sorveteria comemorar o que acham??

DANIEL: Acho justo!

ELISE: Allan não precisa falar com meus pais...

ALLAN: Mais eu quero! Eles me receberam sem me conhecer na casa deles o mínimo que eu poderia ser é cordial.

E assim ele fez, foi na casa ao lado, cumprimentou a todos conversou com meus pais, todos se alegraram e depois fomos a sorveteria. Voltamos para casa já a noite e acompanho Allan até o portão.

ELISE: Allan, quando que você irá desmascarar Marcus? O que está esperando?

ALLAN: TIA Vanessa!

ALLAN: Vini me pediu para aguardar a volta dela, ele está desconfiado que ela sabe de algo sobre Marcus. Mas ela fez uma viagem e deve voltar até quinta-feira.

ELISE: Você acha que ela pode saber algo sobre a morte do bebê e da amante de Marcus ou as falcatruas dele?

ALLAN: Não tenho ideia! Mas, não quero que ele engane mais minha família.

ALLAN: já marquei uma reunião com todos da família, na sexta à noite e pedi para convidar Marcus também.

ALLAN: Meu amor, não quero que você vá! Preciso te preservar desta história toda e não quero que Marcus associe você com a prova que consegui.

ELISE: OK. Entendo!

ALLAN: Ah! Dona Marta e Luna já sabem! Rs

ALLAN: Ela não te ligou?

ELISE: Sobre nós? Allan! Você contou?

ALLAN: Claro! E elas amaram...rs

No dia seguinte, quando estava saindo para clínica, Allan chega! Vim buscar minha namorada para irmos juntos, disse ele.

ELISE: Allan não precisa! Moramos em lados opostos.

ALLAN: Mais quero ter o prazer de busca-la!

Ao estacionar perto da clínica, ele pega minha mão e vamos juntos de mãos dadas. Só Lourdinha havia chegado, então ninguém nos viu. Lourdinha foi discreta e depois de confirmar com uma pergunta do que ela viu, me cumprimentou feliz.

LOURDINHA: Quem não vai se agradar é Madalena! Todos sabem que ela tem uma quedinha com o Dr. Allan. Rs

ELISE: A mesma quedinha que ela teve com o Dr. Gustavo. Rs

Rimos e seguimos trabalhando. Na hora do almoço, Allan convidou o Sr. Roberto e eu para almoçarmos juntos. Eu fui morrendo de vergonha, mais Allan já havia contado para seu pai sobre nós.

Chega a tal sexta-feira, Allan não foi trabalhar, me ligou pedindo para desmarcar todas suas consultas, dizendo que deu uma desculpa qualquer para seu pai e que a noite ele explicaria o motivo da reunião.

Quando estou quase chegando em casa recebo uma ligação da Marta.

**MARTA**: Elise tudo bem querida? Já está em casa?

ELISE: Olá Marta! Tudo bem! Estou chegando...

ELISE: E você, está tudo bem?

MARTA: Querida, você sabe que pode me dizer qualquer coisa!

ELISE: Sim, claro! Sabe que tenho grande estima pela senhora. O que ouve?

MARTA: Serei direta... você está grávida?

ELISE: Como! NÃO! Dá onde tirou isso? Rsrsrs

MARTA: É que nessa semana Allan me contou sobre vocês e marcou uma reunião com toda a família assim misteriosamente para hoje. Mandou chamar até Marcus.

ELISE: Sei... Mais eu não fui convidada! Não tenho nada a ver com essa reunião dele.

MARTA: Você não vem? E sabe do que se trata.

Minto dizendo que não, ela rir das suas suspeitas da minha “gravidez” e me convida para almoçarmos fora no sábado, para conversamos sobre esse namoro meu com seu filho.

Já na hora em que foi marcada a reunião. Fico em casa apreensiva aguardando notícias, torcendo para tudo dar certo.

Duas horas depois recebo uma ligação, achando que era Allan corro para atender.

📞

**VINI****CIUS: Elise!

ELISE: Vini! Cadê Allan? Aconteceu alguma coisa

**VINICIUS****: Ele não está com você?

ELISE: Não tenho notícias de Allan desde cedo.

VINICIUS: Nem sei por onde começar! Bom, Estava tudo dando certo o Allan jogou toda a merda no ventilador e minha mãe do nada apareceu com a Victória aqui!

ELISE: A Victória está aí?

VINI: Eu havia contado sobre Marcus e a ex noiva de Allan. Quando mencionei que descobrimos de quem ela era filha a minha mãe fez essa viagem do nada. E voltou com ela!

Que até ajudou a desmascarar Marcus.

Mais o pior você não sabe!

ELISE: Fale logo Vini e cadê Allan???

VINI: O tal filho de Marcus não morreu no parto. A clínica entrou em contato com Sr. Roberto e eles cuidaram do menino até Marcus aparecer. Quando ele voltou, disse que podiam fazer o que quiser com aquele menino e Marta já havia se apegado ao bebê e eles...

ELISE: E eles o quê?

VINI: O ADOTARAM! Allan é o filho rejeitado de MARCUS!

ELISE: Meu Deus e cadê ele???

VINI: Não sabemos! Achamos que ele podia ter ido aí. Você não sabe para onde ele pode ter ido?

ELISE: Não!

VINI: A bomba aqui foi feia! Tio Roberto até deu um soco em Marcus, jurou que o colocaria na cadeia. E Marcus saiu daqui ameaçando se vingar do Allan. Disse coisas horríveis...

Tia Marta está aqui sendo consolada pela minha mãe.

Minha mãe contou que quando soube sobre a noiva de Allan ser a Victória, filha da Martha. Ela decidiu ir até elas, pois ela tinha contato com a Martha, desde que ela abandonou o Marcus.

Elas se conheciam da faculdade e quando Martha foi embora encontrou com a minha mãe que morava lá na época, mais nada soube sobre a traição. Sabia apenas que eles já foram noivos e terminaram.

ELISE: Essa história fica cada vez mais doida. Obrigada por me contar! Vou tentar achar Allan!

VINI: Meu pai, Lucas e eu estamos fazendo o mesmo aqui.

Desligo o telefone, e a campainha toca. Corro para atender...

ELISE: Allan!

****DÁRIO****: Quem é Allan?

ELISE: É VOCÊ! O que quer?

DÁRIO: Posso entrar na minha casa ao menos?

ELISE: Não é uma boa hora! Mais entre!

DÁRIO: Você não me respondeu, quem é Allan!

ELISE: Fala logo o que quer! Estava de saída.

DÁRIO: Por acaso é o babaca do AMAROK?

ELISE: AMARO... O QUE?

DÁRIO: O cara que vive aqui, te buscando e trazendo de carro.

DÁRIO: Fique sabendo que não quero nenhum desconhecido frequentando a minha casa e em contato com meus filhos.

ELISE: Dário! 1º Não existe mais sua casa!

2º Não devo mais satisfação da minha vida.

DÁRIO: Deve sim, a partir do momento que meus filhos estão com você.

ELISE: Já que você se deu ao trabalho de vir aqui só para isso e faz questão de saber...

O cara do carro se chama Allan, e é o meu namorado! Os meninos o conhece bem faz tempo e não é nenhum de inúmeros casinhos onde estaria apresentando as crianças. Ao contrário de você!

ELISE: Portanto se é só isso, você já pode ir...Como disse: Eu estava de saída!

DÁRIO: Vou levar os meninos, amanhã é aniversário do meu pai e ele quer os netos presentes.

ELISE: Vou chama-los, achei que viria só amanhã!

Quando ele ia falar, dei de costas e entrei... As crianças se arrumaram e foram meio descontentes com o pai.

Assim que saíram, me deu um estalo de onde Allan poderia ter ido, pego minha bolsa e chamo um moto-táxi que ficava num ponto logo na esquina.

Chego ao destino trêmula, pois detesto moto, mas a ocasião pedia essa emergência. Vou caminhando pelos jardins tentando me lembrar da entrada de quando Allan me levou pela primeira vez, já que na segunda eu estava vendada.

Demoro um pouco para me recordar mais acho a entrada do jardim secreto.

ELISE: ALLAN!

Corro até ele que está em frente ao lago. E o abraço!

ALLAN: Como sabia que eu estava aqui?

ELISE: Era o seu refúgio!

Allan me abraça forte e me beija, ficamos abraçados por alguns minutos em silêncio...

ALLAN: Como você soube?

ELISE: Vini me ligou estão preocupados com você, lhe procurando...

ALLAN: Não sei o que foi pior!

Ser filho daquele crápula ou ver e ouvir todo o ódio que ele tem por mim!

ELISE: Marcus é um doente! Obcecado pela vida de seu pai, imitando ele em tudo, até no mesmo nome da mulher que se casaria. Mesmo se você fosse filho da Martha que ele iria se casar, você estaria fora da expectativa dele, por não ser uma menina, já que seu pai teve a Luna primeiro.

ELISE: É tudo muito bizarro!

ALLAN: Na hora, Eu tive raiva dos meus pais por me esconderem tudo isso, mais foi graças a eles que tive uma vida.

ELISE: Tenho certeza que Marta e Roberto só queriam te proteger!

ALLAN: Ele fugiu, antes que o Lucas pudesse chamar a polícia.

ALLAN: Eu já tinha saído antes e Lucas me enviou está mensagem!

“**MSG**: Allan aonde você se meteu? Marcus fugiu!”

ALLAN: A Victória está aqui! Minha tia tinha contato com a mãe dela, só não sabia que era com ela que eu iria me casar.

ELISE: Eu soube sobre isso também!

ELISE: Ela sabia sobre você ser adotado?

ALLAN: Ela não morava aqui na época. Disse que só soube que fui adotado. Mais não sabia da história de Marcus ter engravidado a cunhada.

ELISE: Vini falou isso.

ALLAN: Quando Vini mencionou sobre Victória e a mãe que se chamava Martha. Ela decidiu procura-la e soube de toda a história, mais que a tal Martha não sabia que a criança havia sobrevivido. Foi então que ela decidiu trazer Victória, já que a mãe dela por motivo de saúde não poderia vir.

ALLAN: Victória é minha prima! Disseram que minha mãe biológica se chamava Érica.

Abraço-o e ficamos lá juntinhos até tarde e ele decide ir para o ap e pede para que eu fique com ele e vamos embora.

Chegamos já era umas 23horas e envio uma mensagem para Vini.

MSG.: VINI, EU O ENCONTREI! ESTOU AQUI NO AP DELE COM ELE. AVISE A FAMÍLIA! ELE ESTÁ BEM...NA MEDIDA DO POSSÍVEL. MAIS NÃO QUER FALAR COM NGM.

***

Enquanto Allan está no banho eu faço uma comida rápida para a gente. Coloco a mesa e o chamo para comer. Ele come sem muito apetite e logo me leva para cama com ele e ali ficamos abraçadinhos e em silêncio adormecemos...

De madrugada, ele tem um pesadelo e acorda assustado e tento acalma-lo e logo ele me beija intensamente, sua mão percorre pelo meu corpo e ele sussurra que me ama. Eu acaricio o seu rosto, que estão molhados de umas lágrimas que ele deixou escorrer, ele me beija novamente, e desliza suas mãos pelas minhas costas até minha cintura, chegando na alça de minha calcinha. Ele se aproxima mais encostando sua ereção sobre mim. Eu arfo e sinto que já não tenho controle de nada e me deixo levar pelo momento. Ele beija meu pescoço, passa a mão pelo meu ombro descendo a alça da blusa e sutiã, ele desce seus beijos pelos meus ombros e quando penso que ele vai arrancar minha blusa de vez ele para.

Me beija, e me abraça!

ALLAN: Desculpe! Não é assim que quero nossa primeira vez! É difícil me controlar perto de você.

ELISE: Allan, está tudo bem! Eu também quero aqui e agora!

Ele sorri, me abraça e diz:

ALLAN: Vamos dormir! Por mais difícil que seja me controlar ao seu lado eu ainda quero que seja especial e agora seria...Consolador pela minha dor!

Eu inspiro frustrada, ele rir deita no meu peito e ficamos assim até adormecer.

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