capítulo 12

...Com Elise......

No meu quarto, fico matutando o áudio de Allan dizendo no final que aquele beijo não foi fingimento. Foi longo e bom de mais pra ser fingimento mais... o que será que ele pensa! Ele quis me usar igual ele faz com os contatinhos dele?

Levanto e vou na cozinha beber água e ouço meu celular apitar, será que é outra mensagem dele, eu não quero responder , nem sei o que pensar... olho e é uma mensagem do Breno.

MSG:BRENO> Elise, eu acredito em você! até porque tenho quase certeza que ele te beijou no instante em que me viu. Enfim, nossa trilha amanhã está de pé?

MSG:ELISE> Que bom que vc acredita em mim! E eu nunca fiz trilha! Estava animada, mais vou ter que deixar para próxima. Eu preciso estudar, prova do curso e havia esquecido e depois de hoje, estou com a cabeça cheia. Não serei uma boa companhia amanhã.

MSG:ELISE> Por favor me perdoa!

MSG: BRENO> Tudo bem! Mais te ligo essa semana e nos vemos! “emoji de bjss”

Já é bem tarde e durmo. Acordo as 8horas da manhã, como é bom acordar mais tarde num domingo. Decido levantar, e faço uma massagem no cabelo e coloco uma touca.

Faço meu café da manhã, e já estou com saudades dos meus bebês, tomara que Dário os traga cedo. Começo a arrumar a casa e vou lavar os uniformes das crianças, ligo o som bem alto, penso nas canções de ontem e decido colocar na rádio que tocava um pagodinho e tento não pensar em nada que aconteceu. Lavo meu cabelo tirando a massagem no tanque que tem no quintal, enrolo uma toalha e a campainha toca.

Aff! Quem será? Meus sobrinhos sabem que as crianças não estão aqui. Só espero que não seja Heloísa querendo saber de ontem. Abro o portão do jeito que estou e dou de cara com Allan. Sinto um frio na barriga e uma vergonha do meu estado.

ELISE: Allan! O que faz aqui?

ALLAN: Posso entrar?

Allan nunca tinha entrado na minha casa, olho para a esquina dos fofoqueiros e por incrível que pareça não tinha ninguém.

ELISE: Entre!

ELISE: Caramba Allan! Olha meu estado, não se chega assim sem avisar.

ALLAN: O que! não estou te ouvindo o som tá muito alto!

ELISE: Entro na frente e abaixo o som, o convido para sentar e ofereço um café.

ALLAN: Não obrigado!

Ele fica meio inquieto, sem saber o que falar e eu só o observo.

ALLAN: Desculpa aparecer assim aqui na sua casa. Na verdade lembrei que hoje era o dia da trilha e nem sabia se você estaria aqui.

ELISE: E mesmo assim você veio?

ALLAN: Por que você não me respondeu depois do meu áudio de ontem, está com raiva de mim?

ELISE: Não sabia mais o que falar, nem o que pensar...

ALLAN: ELI...

ELISE: Por que você me beijou? Você o viu? Viu o Breno ontem?

ALLAN: Sim! Vi os dois.

ELISE: Aí você me usa, pra fazer ciúmes nos seus rolos e ainda me prejudica com os meus?

ALLAN: Ele é seu rolo agora?

ELISE: NÃO! Mais poderia ser...

ALLAN: Aquele cara é um babaca, sempre foi com você e agora você quer dá uma chance logo pra ele.

ELISE: E daí se eu quiser dar! Cara fui casada a mais de 15anos com o mesmo homem sem amor, numa vida acomodada a ser mãe e dona de casa. Sim! Eu tenho uma história que nunca entendi com Breno no passado, mais era algo que queria descobrir. Sempre me perguntei se era ele o amor da minha vida. Por que passava anos e sempre tinha algo solto entre nós.

ALLAN: Você está se iludindo de novo!

ELISE: E o que você quer! Que eu seja seu brinquedinho de escape das suas peguetes, já que você não tem coragem de falar para elas que você só transou e tchau!

ALLAN: Eu quero você!

ELISE: Allan! Você não vai fazer comigo o que você faz com as outras, eu pensei que você me conhecesse a ponto de perceber que não sou desse tipo.

Não brinca comigo! Não estraga a nossa amizade só por que você não controla o que tem dentro das calças.

Falo irritada ficando de pé a ponto de mandá-lo embora, pego o controle do rádio e coloco no modo aleatório para selecionar uma outra estação de rádio, mais ele se aproxima me olhando fixamente, tira o controle da minha mão e coloca uma das suas mãos na minha nuca, fico paralisada sem reação e ele fala bem próximo.

ALLAN: Sei quem é você! só não sei o que você está fazendo comigo, mais isso está mais forte do que imaginei. Eu vivo pensando em você e desde o dia que soube que você marcou com aquele idiota eu estou com raiva. Quando você o beijou eu senti raiva de mim mesmo! Por que não quis aceitar que eu estava louco por você e iria te perder.

Não me peça para ir embora da sua vida!

Começa tocar: Mumuzinho- Diz que me ama...

Eu rio achando graça da trilha sonora e ele me beija, suave e apaixonado eu não consigo evitar e retribuo, a toalha caí da minha cabeça e o beijo vai ficando mais ardente, ele vai me encostando na parede, beija meu pescoço, passa a mão pelo meu corpo, ficamos ofegante e a campainha toca.

Eu o empurro de leve e meus olhos se fixam nos dele com os rostos muito próximos, acalmando a respiração. A campainha insiste em tocar.

ALLAN: Não abre! Deixa tocar!

Me afasto dele e me recomponho e vou abrir o portão.

HELOÍSA: Pensei que tinha saido! E aí vai me contar...

Ela fala já entrando em casa e da de cara com Allan ainda de pé no canto da sala.

Heloísa se vira pra mim e fala baixinho:

HELOÍSA: Ele dormiu aqui!

HELOÍSA: Bom dia! Vejo que a festa ontem foi boa.

ALLAN: Bom dia! Poderia ter sido melhor... mais sua irmã me abandonou e voltou de táxi.

ELISE: E ele veio aqui hoje! ainda pouco, para falarmos sobre ontem...

HELOÍSA: Vim chamá-la para almoçar lá em casa. Você também está convidado Allan!

ALLAN: Obrigado! Acho que aceito!

ELISE: Aceita!

HELOÍSA: Aceita Lise não ouviu?

Na verdade, é almoço de churrasco. Vamos! quero apresentá-lo ao meu esposo.

HELOÍSA: E você vai se arrumar, nem penteou os cabelos e ainda recebe o Allan assim.

ELISE: Vou me trocar!

ALLAN: É que eu apareci de surpresa rs. VAMOS ENTÃO!

Allan saí acompanhando a Heloísa que não para de falar e vão para casa dela ao lado, eu vou para o chuveiro e coloco uma roupa melhor, termino de me arrumar e vou, chego lá e Allan está tomando cerveja perto da churrasqueira conversando com meu cunhado David, e mais um tio dele que estava junto.

Heloísa está arrumando uma mesa no quintal, colocando travessas de comida, entro dou bom dia a todos.

TIO DO DAVID: Oi Elisa! Quanto tempo não a vejo. Quer tomar uma gelada?

ELISE: Olá Sr. Paulo como vai? Não quero não!valeu!

CUNHADO DAVID: Elise não bebe tio!

ELISE: Fala David ! Cadê os pirralhos?

DAVID: Sara está ajudando a mãe e Leo foi na rua.

DAVID: Seu amigo aqui estava me contando que vocês foram no ““show-bar-pesqueiro”ontem na festa privada de inauguração. Passou no jornal sabia?

ELISE: Não soube! Mais lá é top mesmo! Muito lindo e comida de primeira.

ALLAN: Ela comeu tanto, que roubava até do meu prato. Muito gulosa rs

HELOÍSA: Lis vem fazer aquele molho que adoro.

ELISE: Deixa eu ir lá...rs

Eu ajudava minha irmã a fazer as coisas e Allan só me observava, eu não parava de pensar no que aconteceu lá em casa, Allan pediu para ir ao banheiro, e quando passou por mim sussurrou:

ALLAN: Você está maravilhosa! Não vejo a hora de ficar a sós com você de novo.

Foi instantâneo uma sensação de excitação, ouvi-lo sussurrar no meu ouvido. Sinto que não vou ter controle perto desse homem, como pode ter mexido assim comigo. Não senti o mesmo quando Breno me beijou. Almoçamos todos, Sara veio cochichar no meu ouvido se eu tava pegando porque ele não parava de olhar para mim e que nem de longe era olhar de amigo.

Se até uma adolescente está vendo isso, então não é coisa da minha cabeça...

Mal conversamos a sós, ele dedicou toda a sua atenção aos meus familiares, já eram quatro horas da tarde, quando Allan começa a ser despedir de todos e marcando outros encontros futuros, ele ficou bem a vontade com minha família, como se os conhecesse a anos.

ALLAN: Elise, me acompanha?

Saí com ele, até o carro, e os fofoqueiros de plantão já estavam em seus pontos nos observando.

ELISE: Allan, é...

ALLAN: Vem comigo?

ELISE: Como?

ALLAN: Vamos no meu ap para terminarmos nossa conversa.

ELISE: No seu ap? não vou para seu matadouro!

ALLAN: Então te levo a outro lugar! Sem maldades Elise!

ELISE: ok.

Entro no carro, e ele segue dirigindo em silêncio, me pergunto, para onde vai...

ALLAN: Eu curti sua família, pessoal bem animado!

Aquele seu sobrinho é um rapaz muito inteligente! E a menina é bem simpática!

ELISE: Percebi que você ficou bem a vontade mesmo.

Ele rir, e depois de uns 40minutos dirigindo, ele para no “Parque dos jardins” era um ponto turístico do centro da cidade muito lindo, onde várias pessoas faziam books de casamento, aniversário etc... ele estaciona e pega na minha mão me levando por um caminho que eu não conhecia. Parecia uma passagem secreta a um outro jardim mais reservado e diria até o mais lindo de todos com vários Ipês coloridos e até um laguinho tinha.

ELISE: Mais que maravilha! Nem em filmes eu vi um jardim desses... mais como você o conhece?

ALLAN: Meu tio Walter, administra esse parque e sempre me trouxe aqui com meu primo. Se tornou o meu refúgio! Essa área é preservada e reservada para casamentos especiais. Mais pouca gente sabe desse espaço.

ELISE: As pessoas casam lá na reserva achando que estão no espaço mais lindo e disputado desse parque e eis que aqui tem esse cantinho secreto.

ALLAN: Aqui só foi realizado dois casamentos e já foi locado 2x para cenas de filmes internacionais.

ELISE: Que lindo! Sabe quais filmes? Vou querer ver! Rs

***

Fomos caminhando, e eu admirando cada canto, sentamos em umas pedras perto do lago e Allan segura em minhas mãos.

ALLAN: Fico feliz em ver que você gostou daqui!

ELISE: E você já trouxe quantas aqui?

ALLAN: Nunca trouxe ninguém aqui e nem sequer comentei com Victória minha ex-noiva.

ELISE: Você nunca me contou nada sobre ela.

ALLAN: A conheci assim que me mudei para os Estados Unidos, ela estudava na Universidade da California em San Francisco. Nosso relacionamento era muito intenso, afoito e em poucos meses já queríamos casar em Vegas. Eu não falava muito dela para minha família, apenas dizia que ela era muito ocupada. Da família dela nunca conheci ninguém e ela nunca falava deles.

Dois meses para casarmos, tive que ir a um congresso a pedido do meu pai em Los Angeles que é quase umas 7horas de carro, ficaria uns quatro dias fora. Ela disse que estaria muito ocupada na faculdade durante a semana e se pudesse iria junto.

Eu retornei em dois dias, cansado de tanto dirigir, queria surpreende-la e passei direto no mercado e fiz umas compras para um jantar, como eu tinha as chaves do apartamento dela, Cheguei achando que ela estaria na universidade e dei de cara com ela semi-nua com o sócio do meu pai a quem ele tem como irmão.

ELISE: Sinto muito Allan! Mais que safados!

ALLAN: Tive muita raiva deles e me senti um trouxa! Larguei tudo e voltei para o Brasil.

Aqui quis afogar minhas mágoas na bebedeira e em mulheres tão fúteis quanto ela. E as levava para casa dos meus pais, até um dia meu pai não suportar mais a situação, brigamos e saí de casa, comprei meu ap e continuei fazendo as mesmas merdas.

Um dia recebi a visita do sócio e amigo do meu pai, que nunca foi com a minha cara e brigamos, ele em vez de se desculpar foi para me esculachar, eu me senti um lixo e voltei para o exterior mais dessa vez resolvi minhas coisas em San Francisco e me mudei para Flórida.

Fui maneirando na bebedeira e foquei no meu trabalho, Lucas morava lá, já o conhecia desde moleque e ele estava voltando para o Brasil com um projeto em montar sua própria clínica. Voltou um ano antes de mim e me chamou para se juntar a ele. Ninguém sabe que a clínica é minha também, eu voltei para ajudar Lucas a administrar e quando chego aqui descubro o que meu pai fez pensando em mim. Então aceitei trabalhar 3x na semana aqui e digo que sou empregado lá na clínica do centro com Lucas. Mais a verdade é que a clínica é nossa.

ELISE: Caramba Allan! Nem sua mãe sabe de nada disso?

ALLAN: só sabe o que todos sabem que eu tinha uma noiva e que ela me traiu nas vésperas do casamento.

ELISE: Mais por que você não falou quem foi a pessoa com quem ela te traiu?

ALLAN: Bom. Esse sócio do meu pai deve ter uns 55 anos por aí, foi praticamente criado com ele, e meu pai o tem como um irmão mais novo, ele sempre foi implicante comigo, me colocando contra meu pai.

Eu já estava morando fora, quando ele aparaceu por lá duas semanas antes e me veio a mando do meu pai, para que participassem do congresso. Mas nas vésperas ele pediu para que eu fosse sozinho, pois teria que voltar ao Brasil por conta de uma emergência. Eu nunca quis trabalhar na clínica do meu pai por causa do Marcus. Como não queria mais decepcioná-lo fiz questão de participar desse congresso.

ELISE: E ele já conhecia sua noiva?

ALLAN: Então, ele me procurou, pedindo uma reunião. Marcamos um almoço em que a levei. Os apresentei e fui o mais cordial possível apesar de detestá-lo. Mas algo me incomodou e não sabia o quê.

Quando os peguei na cama, notei que estavam bem íntimos para quem se conheciam a pouco tempo, mais como eu estava de cabeça quente ignorei muitos detalhes do acontecido.

Quando voltei ao Brasil, soube que meu pai nunca pediu para eu ir no tal congresso e que Marcus pediu licença das clínicas porque ele foi convidado a palestrar nesse congresso. Daí, comecei a investigar ele. E descobri que ele rouba meu pai a anos, e se eu assumisse as clínicas, descobriria facilmente seus desfalques.

Descobri também que ele já era amante de Victória e que meu envolvimento com ela não passava de um plano deles. A intenção era ela fazer eu assinar uns documentos abrindo mão das clínicas, passando tudo para ele.

ELISE: E você deixou por isso mesmo?

ALLAN: Na verdade, é isso que quero, que ele pense. Ainda não tenho todas as provas. Então preciso que ele acredite que não quero as clínicas, por raiva dele, e só aceitei trabalhar na outra para demonstrar que como nessa ele não faz parte, eu poderia assumir e me contentar só com ela.

Mais assim que conseguir uma prova definitiva, eu o desmascaro e o coloco na cadeia.

ELISE: Ainda acho que você deveria contar pra sua família.

ALLAN: Todos tem confiança nele. Marcus sempre foi o certinho, na verdade,manipulador! e eu o “garoto mimado” que não levava nada a sério. Quando optei pela odontologia, ele viu em mim um rival.

Eu tenho que fazer isso com todas as cartas possíveis na mesa, para não ter erro!

ELISE: Obrigada por me confiar sua história. O que você precisar de mim pode contar!

ALLAN: Elise, eu te trouxe aqui para deixar tudo bem claro para você, não sou um cretino como você pensa. E sim! Eu tenho sentimentos por você! Que não era minha intenção porque voltei com uma missão.

Mais você, me tirou todo o foco e aterrissou na minha vida, me fazendo esquecer da amargura que passei e tomando conta dos meus pensamentos e do meu coração!

ELISE: Allan, não vou negar que você também mexeu comigo. Mais, somos diferentes. Sei que estávamos nos dando muito bem, é divertido estar com você. Conversamos sobre tudo como se já nos conhecessemos a anos...

Só que tu está vivendo uma solterice bem diferente da minha.

ALLAN: Se eu tivesse interessado na vida que estava levando, não estaria aqui contigo.

Ele me olha carinhosamente e me beija suave. Segura em minhas mãos e me chama para irmos pois, já estava de noite.

Voltamos para o carro e ele me leva para casa em silêncio, segurava na minha mão na viagem de volta e por um momento falou.

ALLAN: Sei que você teve uma história, e não quer outra ainda mais complicada como a minha. Mais quero que você me de uma oportunidade. Podemos ir devagar, nos conhecendo melhor...

Deixa eu provar pra ti, que você pode ser amada de verdade, que podemos ser felizes juntos.

Eu fico sem falas, mais balanço a cabeça concordando com que ele disse. Ele beija minhas mão e enfim chegamos. Dentro do carro ele me dá um beijo na bochecha, desço e vejo ele ir.

Quando estou abrindo o portão de casa, saí Henrique da casa da minha irmã e diz:

HENRIQUE: Mãe! Estava esperando você chegar, estava aonde?

ELISE: Que horas vocês chegaram?

HENRIQUE: Tem meia hora. Papai nos deixou aqui na tia Helô e foi embora reclamando de você.

ELISE: AFF! Eu fui numa praça com meu amigo Allan que passou a tarde aqui no churrasco que sua tia fez de almoço.

Nesta hora, saiu também Daniel com o Léo e entramos em casa.

LÉO: Tia, vou levar o Daniel para tomar um açaí, o Henrique não quer ir.

HENRIQUE: Eu to cansado!

DANIEL: Ele que correr pro vídeo game...

ELISE: Tá, quando voltarem traz um pra mim. Vou pegar o dinheiro.

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Comments

Lena Macêdo E Silva

Lena Macêdo E Silva

escolhemos o que é melhor no momento, algumas vezes nos permitimos retroceder e outras avançar o que importa é lidar e considerar tudo como aprendizado 😉

2023-06-30

1

Dalva Ferreira Rocha

Dalva Ferreira Rocha

não sei porque mais acho que tem algum no Breno que não bate só aparece raramente e some do mesmo jeito mais o Allan tá chegando só espero que ele não faça o mesmo que o ex fez com ela .🤔😤😤😤😤

2023-04-05

1

Lucia leao

Lucia leao

Allan se chegando...rses

2022-09-09

1

Ver todos

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