Sem menos esperar, passaram-se dois anos e Elise se acostumou com Dário, via nele um porto seguro e um homem trabalhador, apesar de ter seus pequenos defeitos. Nessa época, Dário inventou de entrar em um grupo de festas organizadas em bailes de favela. Teve um final de semana que Dário sumiu, dizendo que iria trabalhar e quando Elise ligava para ele, uma mulher atendia e ao pedir para falar com o namorado a mulher desligava.
Elise foi até a casa dos pais de Dário, perguntando por ele e sua mãe havia dito que ele não tinha ido trabalhar e que estava com os meninos do grupo o dia todo. Que naquele exato momento, ele estava na casa de Jorginho que ficava ali na esquina. Quando Elise olhou, viu a moto de Dário parada ali. E lá ela foi furiosa, tocou a campainha do desconhecido e pediu para chamar o Dário que saiu com um copo de cerveja na mão todo arrumado e perfumado com a camisa da equipe da festa e assustou-se ao ver Elise parada ali.
DÁRIO: Lise o que faz aqui?
ELISE: Eu que pergunto, não era para você está trabalhando hoje?
DÁRIO: Eu trabalhei e saí mais cedo.
ELISE: E por que sua mãe acabou de me dizer que você ficou o dia todo com o grupo?
DÁRIO: Minha mãe é maluca e esquecida! Trabalhei sim de manhã e quando cheguei fiquei com o grupo, pois organizaram uma última festa em cima da hora.
ELISE: E quem era a mulher que estava atendendo seu celular?
DÁRIO: Que mulher! Tá doida! meu celular descarregou cedo e não coloquei para carregar.
ELISE: Bom, então vou para casa me arrumar e você me busca que vou pelo menos nessa festa, já que será a última.
DÁRIO: Amor, você sabe que esses bailes não é lugar para você.
ELISE: Só para mim Dário?
DÁRIO: A mulher de nenhum aqui vai, só organizamos mesmo pelo dinheiro.
No momento que Dário se explicava, saiu uma menina de dentro da casa chamando Dário e ao ver Elise ela deu meia volta e entrou.
DÁRIO: Ela é prima do Jorginho, organizadora também.
ELISE: Só vim aqui para ver até onde iria sua cara de pau.
Quando Dário ia se justificar, Elise atravessou a rua correndo e entrou num ônibus que estava saindo do ponto naquele instante e foi para casa chorar as mágoas.
No dia seguinte, Elise foi numa lan house(na época poucos tinham computador em casa) e ao entrar nas redes sociais de Dário, nada ela viu, mas encontrou o tal Jorginho e fuxicou seu Orkut, no qual viu várias fotos do baile e duas delas estava de todo o grupo reunido e a tal “prima” do lado do Dário.
Dário passou a semana toda atrás de Elise, ligando, mandando mensagens e implorando para eles se entenderem.
Depois de duas semanas dando gelo em Dário, Elise concordou de sair com ele.
Dário pegou um carro emprestado e a levou num motel. Ao descerem do carro Dário abriu o porta-malas e tirou uma enorme cesta toda enfeitada e deu a Elise, quando entraram no quarto Elise foi abrir a cesta e tinha: Um vinho, morangos, chocolate, um ursinho e produtos eróticos como: calcinha comestível, gel massageador, uns cremes para excitação vaginal, uma linda lingerie e vários outros produtos bem curiosos. Elise riu e quis experimentar aquelas coisas e dali passaram uma noite bem empolgante. Tão empolgante, que gerou na sua primeira gravidez.
Dário mostrou-se bem empolgado com a gravidez da namorada e logo comprou uma casa velha para eles ao lado da casa dos pais de Elise.
...***...
Ainda morando com seus pais, enquanto sua casa passava por reformas, com 4 meses de gestação, foram todos convidados para mais um evento na casa do primo Sérgio. Dário tinha uma moto e foi junto ao evento, porém não ficou 5 minutos na festa que foi no terraço da casa e desceu dizendo que iria dormir no carro do cunhado, pois estava cansado que tinha trabalhado muito naquele dia.
Elise o acompanhou até o carro e voltou para o salão. Se deparou com Breno conversando com seu pai, altos papos como se fossem íntimos. Tinha passado dois anos da tal ligação e Elise continuou agindo como se não o conhecesse e ele o mesmo. Seu pai se aproximou e disse a Elise:
PAI DE ELISE: Filha, você estudou com o Breno? Ele estava me contando que você nunca gostou dele e sempre foi esnobe na escola.
ELISE: QUÊ??? E de onde o senhor conhece ele?
PAI: Desde que Sérgio noivou. Conhecia a mãe dele também e alguns parentes.
PAI: Ele disse também que uma vez, você pegou um caderno com ele emprestado para copiar uma matéria e nunca mais devolveu o caderno dele.
ELISE: Pai! Ele quer assunto! Nem do mesmo ano escolar éramos, para que eu pegaria um caderno com ele se nunca se quer nos falamos na escola.
PAI: kkkkk Ele quem disse.
Elise sentia que ele tentava se aproximar o tempo todo, mas nada dizia e ela sempre saía de perto também.
E foi assim, até o final da festa. Elise se perguntava qual era a dele? Agora ela estava ali, visivelmente assagrávida e ele ainda inventando histórias. Ele não tinha uma real atitude do que queria. Elise resolveu ir embora, acordou Dário que dormia no carro do cunhado, subiu na moto dele e deu uma olhada para o terraço da festa e lá viu pela primeira e última vez Breno olhando para ela.
...***...
Os anos foram passando e a convivência com Dário melhorou bastante como companheiro. Ele tornou-se mais dedicado a família, eram um casal que se entendiam apesar dos seus defeitos, Elise nunca mais trabalhou em escola, mas continuou trabalhando numa papelaria onde ficou até o nascimento de Henrique.
Dois anos após o nascimento de Henrique, Elise engravidou novamente, do seu segundo filho Daniel. E seguia sua vida, cuidando da família com seus dois filhos pequenos e passou a trabalhar apenas em casa dando aulas particulares.
Quando Elise engravidou, Késsia tinha se separado e foi morar em outro estado, onde casou novamente. As duas sempre mantiveram contato mesmo por telefone, se viam umas 2 vezes no ano, quando Késsia vinha visitar a família.
Quando Daniel tinha 5 anos, Lina reencontrou as outras duas amigas da época da escola, Marina a namoradeira que ao se formar foi morar distante, casou e teve dois meninos. Aquela namoradeira da escola, era a mãe de família mais dedicada e bem casada do grupo, era uma microempresária e tinha voltado para cidade naquele ano. Reencontraram também com a iludida Bruna, que foi a única que seguiu carreira no magistério e era coordenadora de uma escola privada, porém tem coisas que nunca mudam...
Bruna, iludida com seus romances falidos se envolveu com um cara meio doido que a engravidou e sumiu no mundo. Bruna ainda morava com a mãe que sempre foi controladora.
Lina, teve um longo relacionamento com um homem mais velho que nunca quis nada sério com ela, depois de muito sofrer ela finalmente se libertou desses rolos e hoje segue sua vida de solteira feliz, sem filhos e focada no trabalho, na sua pet shop no qual é proprietária.
Embora, tivessem mais contato pelo grupo do celular, mesmo depois de se reencontrarem, elas se reuniam poucas vezes ao ano. Mas, mesmo assim o quinteto das loucas se mantinham como na época da escola.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Kelly Ávila
A cada capítulo uma surpresa diferente. História que prende e faz que tenhamos o desejo de ler cada parágrafo. A autora está de parabéns. 😏🥰❤
2022-08-04
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