Cap 10 Revelações

Quando termina de beber todo restante do líquido da garrafa, ela levanta bruscamente, tonta, se apoiando na mesa, ele em reflexo levanta rapidamente e a segue sem se aproximar muito, ela continua a sua caminhada em direção à sala e tropeça nas próprias pernas, mas tenta manter a postura e a elegância no andar, tentando se equilibrar sem olhar para trás. Ele a observa em silêncio e segue-a, sem toca-la ou com medo de toca-la..., ele está confuso. Mas tem receio que ela caia e se machuque.

Mas antes de conseguir sentar no sofá, ela tropeça e cai de uma vez sobre as almofadas..., seu vestido sobe mostrando parte do bumbum e da calcinha..., ela rir de si própria, já está muito bêbada, não tem costume com o álcool... Ele tenta segura-la, mas desiste..., respira fundo para controlar a excitação que sentiu ao vê-la naquela posição e se amaldiçoa por isso..., não era certo sentir atração por ela naquele estado...

Amanda: _ Quem colocou esse sofá aqui? Tenho certeza que ele estava mais longe.

Ela vai se acomodando, arrumando o vestido e senta confortavelmente..., só então encara o homem em pé a sua frente, estreita os olhos, levanta o dedo ao ar e fala apontando para ele.

Amanda:_ Eu sei o que está pensando... não, não sinta pena de mim... a essa hora o maldito deve está debaixo de sete... (ela faz 4 nos dedos para mostrar a quantidade, depois faz 5) não importa, se não estiver morto, deve está vegetando com traumatismo craniano (ela gargalha ao final da frase e aos poucos o seu riso se transforma num choro compulsivo).

Henri se entristece ao ouvir cada declaração, confusa, mas ele consegue entender aos poucos ou ir deduzindo o que pode ter acontecido com ela.

Ao vê-la chorando daquele jeito, ele toma coragem senta ao seu lado, passa a mão em sua cabeça sem saber o que fazer..., não sabe se a toca..., esfrega as mãos no rosto, também está confuso em como ajudá-la..., leva a mão para acariciar o rosto de Amanda, mas recolhe novamente..., fica inquieto e num impulso ele reúne toda a coragem e a abraça..., a abraça forte e ela o aceita apoiando o rosto no peito dele..., ela sente um pouco de conforto e vai diminuindo o choro..., ela aceita o abraço, se sente bem, sente segurança.

Ele a acalenta e sussurra mais para si mesmo do que para ela com uma voz cheia de raiva e dor:

Henri: _ O que aconteceu com você Amanda?!...

Ele fecha os olhos ainda abraçado a ela e tenta controlar a raiva que está sentindo por dentro, sem ao menos saber de quem..., mas nesse momento seria capaz de esmagar com as próprias mãos o pescoço do desgraçado que a deixou assim.

Ele nem sabe quanto tempo ficaram abraçados, só queria que ela ficasse bem..., então, ele percebe que ela dormiu em seus braços. Henri afasta a cabeça dela de seu peito e a deita em seu braço, passando a mão no rosto dela e tirando algumas mexas de cabelo tendo uma melhor visão da bela mulher..., acaricia os lábios dela..., fecha os olhos e inala o seu perfume, agora misturado ao cheiro do vinho..., aos poucos percebe que seus sentimentos por ela são maiores do que um simples desejo físico.

Ele segura ela no colo e levanta a carrega até a sua suite e a deita em sua cama, já que é a maior e mais confortável. Ele a cobre e fica sentado numa poltrona ao lado da cama a olhando dormir perdido em seus pensamentos...,e acaba adormecendo também.

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