Cap 6 Dois meses depois

Amanda estava feliz com o emprego, conseguiu convencer o senhor Walter, e ele aceitou a proposta de pagar os meses em atraso com alguns juros.

Durante esse tempo conheceu Marcu, primo de Henri, ela achou ele muito simpático, além de ser um homem bonito..., ele a trata bem e com muito respeito, mas sente que tem mais alguma coisa, como se ele tivesse espectativas de algo, não com ela, mas ele sempre que possível fica falando do primo, tentando convencer Amanda de que por trás daquela casca de todo poderoso e imponente, tem um homem agradável ou algo assim.

Nesse meio tempo, acompanhando Henri, ela começou a reparar mais nele, afinal é um homem que deixa qualquer mulher babando por sua beleza, seu charme, seu porte, status, uma combinação de tudo de bom. Ela percebeu uns olhares dele sobre si e um interesse sutil, em saber mais informações sobre sua vida, mesmo ele sendo discreto nas perguntas..., aos poucos eles vão se conhecendo, ela já sabe o que o agrada no trabalho...

Amanda conseguiu fazer uma consulta com a psicóloga e falou de como se sentiu ao toque de seu chefe..., a mulher julgou um grande avanço o fato de ela não sentir repulsa, medo ou dor. Até conseguiu sair com Giselle no final de semana, foram ao cinema e depois a um barzinho.

Ela já acompanha o Sr Clifford em algumas reuniões que dona Marta não pode ir, está familiarizada com a rotina de trabalho..., se sente mais a vontade e decidiu que irá falar com ele sobre um adiantamento ou um empréstimo para pagar parte dos meses de aluguel, já que seus dois primeiros salários só deu para quitar os dois meses atrasados e se manter durante esse tempo..., ainda tem uma parte dos juros...

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Amanda acorda cedo, faz todo seu ritual diário antes de ir para a empresa. No caminho, o seu telefone toca..., ela olha a chamada, número desconhecido, acha estranho, mesmo assim atende. Ninguém responde, apenas uma respiração e a ligação cai ou a pessoa desliga...

_ Que estranho, deve ser engano.

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Algum tempo depois já em sua mesa.

Pensamento: Documentos prontos, preciso ter coragem, vamos Amanda você consegue, seu Marcu disse que ele tem um bom coração, embora não aparente ter...

Amanda da duas batidinhas na porta e logo ouve Henri autorizar sua entrada.

Amanda: _Bom dia Sr Clifford, aqui os documentos que pediu a senhora Marta.

Henri estava de costas, virado para a janela, olhando para a cidade, com as mãos no bolso, ao ouvir Amanda se vira e segue até uma das poltronas do jogo de sofá no meio da sala..., pega os documentos e começa analisa-los, mas não consegue se concentrar, percebeu a inquietação de Amanda que fica a todo momento mexendo as mãos de forma nervosa..., até que ele se aproxima um pouco mais e segura firme as mãos dela fazendo-a parar e enrijecer o corpo com seu toque, ela olha de forma assustada e surpresa com a forma rápida e firme com que ele segura suas mãos...

Henri: _ A senhorita está bem?

Ela puxa as mãos de forma brusca e levanta rapidamente, tentando disfarçar o incômodo, não pelo toque..., mas pelo sentimento de querer mais, de testar até onde consegue deixar ser tocada por ele, isso é estranho, diferente, confuso...

Amanda: _ Não..., quero dizer, sim..., es-estou..., é que preciso tratar de um assunto com o senhor se não estiver muito ocupado...

Henri solta os documentos sobre a mesinha voltando sua atenção para ela e aponta para o sofá a seu lado para que Amanda volte a se sentar. Ela então afirma com um balançar de cabeça e senta olhando para as mãos.

Henri: _ Pode falar..., tenho tempo.

Amanda: _ Sei que, em algumas de nossas conversas o senhor faz perguntas sobre mim..., se preciso de alguma coisa..., e eu respondo o mínimo, mas dessa vez, eu preciso...

Henri: _ Do que precisa Amanda?

Henri fala com a voz rouca e grave, ao ouvir seu primeiro nome na boca dele, Amanda levanta o olhar e se depara com olhos atentos sobre si. Ela arruma a postura, respira fundo e se esforça para falar com mais firmeza...

Amanda: _ Senhor, preciso de uma quantia em dinheiro para quitar alguns juros dos meses atrasados do meu aluguel..., e mais um mês pendente, caso não cumpra com o prazo combinado, serei despejada. O que recebi paguei dois meses, ainda preciso quitar o restante da dívida..., enfim. Gostaria de saber se..., se o senhor pode me fazer um empréstimo e descontar do meu salário... eu...

Henri: _ Amanda, posso chama-la pelo seu primeiro nome?

Ela consente com a cabeça...

Henri: _ É claro que posso..., se soubesse que estava com problemas..., por que não disse nas vezes em que perguntei se precisava de ajuda?

Henri pergunta sério e com um olhar frio, parece pouco irritado..., mas vai amenizando o semblante ao ouvir as explicações...

Amanda:_ Senhor, eu não queria incomodar e comecei a pouco tempo, tive vergonha de falar de minhas dificuldades financeiras, espero poder ficar por muito tempo, quero pagar cada centavo, só estou pedindo isso porque realmente preciso.

Henri:_ É claro..., você tem razão. Vamos resolver isso...

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