Cap 12 Henri

Quando Amanda acordou eu já havia acordado, na verdade quase não dormi lembrando de tudo o que ela falou, mesmo sem muito nexo..., sei que algo grave aconteceu a ela para ter essa repulsa por ser tocada. Pensei bem e não vou pressiona-la, depois de nossos beijos, só tive mais certeza de que quero essa mulher, e agora pra piorar o cheiro dela ta impregnado em mim, na minha cama..., quanto mais sinto, mais a quero, achei que passaria, fiquei mais viciado nela, essa que é a verdade..., e agora, sinto que preciso protege-la...

Ela realmente precisa descansar e tentar lembrar de alguma coisa, vou sair para visitar dois prédios, assim ela ficará mais a vontade...

Um dos prédios em questão quero comprar e já estou a algum tempo tentando negociar, também vou em uma joalheria. Eu sei que ela ficará bem e ainda vamos conversar, mas a quero sóbria e que me conte o que de fato aconteceu, tudo o que ouvi ainda ta bem confuso.

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Quando volto das visitas, tomo um banho, me arrumo e espero Amanda na sala como combinado..., ela vem até mim vestida lindamente em uma roupa social que realça bem suas curvas, mas nada vulgar. O que mais me chama atenção são os lábios carnudos num brilho labial convidativo...., me concentro no trabalho, não posso a olhar assim, preciso manter a calma..., ter paciência se eu quiser ter essa mulher completa para mim..., ela tem seus limites, já entendi.

Seguimos para o restaurante do Hotel, num local reservado estavam cinco dos colaboradores, sendo três homens e duas mulheres, todos têm andares alugados aqui mesmo. Precisamos acertar alguns valores e melhorias nos andares do prédio.

Nos aproximamos, todos se cumprimentam e são devidamente apresentados..., não havia percebido nas outras reuniões que Amanda apenas acena com a mão e faz movimentos com a cabeça como os japoneses, sem deixar apertarem suas mãos, aos poucos vou lembrando que ela evita os toques..., sempre se posiciona de forma que dificulta chegarem muito perto. Como não havia percebido antes?..., seria engraçado se não fosse trágico...

A reunião correu bem, acertamos tudo o que queríamos, mas algo começa a me incomodar..., Andrey, ele tem um escritório de arquitetura aqui, é bem mais novo, deve ter seus 28 anos, é um cara bem sucedido, chama a atenção das mulheres..., o desgraçado está descaradamente comendo Amanda com os olhos e sempre que pode solta uma gracinha para ela..., que idiota. Dou um jeito de acabar rapidamente com isso...

Henri: _ Senhores, senhoras, muito obrigado pela atenção, cumprirei a minha parte do acordo e nos vemos logo a noite para comemorarmos o sucesso de nossos negócios.

Já estão todos recolhendo seus pertences e saindo, ainda precisei conversar com um dos senhores, mas minha atenção está em Amanda..., escuto uma conversa entre ela e Andrey que aproveita para se aproximar...

Andrey: _ Então senhorita Fontes, vai está no coquetel?

Amanda:_ Sim senhor, irei acompanhando o sr Clifford.

Andrey:_ Mas, não irá trabalhar, não é mesmo?

Amanda:_ Acredito que não...

Andrey:_ Podemos conversar mais... digo, nos conhecer melhor..., posso leva-la para conhecer alguns lugares, tem umas baladas muito boas por aqui...

Amanda:_ Não sei se será possível, mas agradeço...

Andrey:_ Seria um prazer...

Ele toca rapidamente no rosto de Amanda com a ponta dos dedos..., percebo que ela fica séria e tensa, mas disfarça o incômodo e sorrir meio sem graça. A tensão dela se iguala a minha, agora estou tão incomodado quanto ela... Minha vontade é de arrancar a mão dele fora. O desgraçado se vira para mim.

Andrey:_ Henri, tem uma bela assistente, além de linda muito competente, posso leva-la ao coquetel, passo aqui e dou uma carona para ela, assim você fica livre, pelo que sei não gosta de andar acompanhado...

Henri: Não precisa se incomodar, como ela já disse, vamos juntos..., e você não me conhece...

Não sei o que me deu, mas esse cara conseguiu me irritar muito..., mal termino de falar, seguro na mão de Amanda e a puxo sem nem me importar se causaria algum efeito negativo nela..., só quero tirar ela de perto desse imbecil...

Amanda:_ Senhor..., poderia me soltar e andar um pouco mais devagar?

Henri: _ Não..., vamos sair daqui...

Amanda:_ Eu só preciso que me deixe andar e solte minha mão..., por que me puxou desse jeito?..., Henri!!!

Paro a encarando por uns segundos, é a primeira vez que não me chama formalmente..., acho que exagerei..., mas não a solto, continuo a caminhada até o elevador, só aí solto sua mão e percebo que fui impulsivo..., mas o cara estava dando em cima dela na maior cara de pau e ainda a tocou no rosto...

Henri:_ Desculpa..., eu não sei o que me deu, fiquei incomodado com Andrey... ele estava dando em cima de você..., e você estava correspondendo e...

Amanda:_ Eu, o quê?..., pode parar por aí, eu não estava correspondendo nada..., apenas sendo educada como sempre faço..., sei me defender muito bem...

Henri:_ Mas, ele tocou..., ele tocou seu rosto e isso me aborreceu muito, sei que você não gosta... e preciso admitir, eu também odiei aquilo...

Amanda :_ Eu não preciso que fique tentando me proteger ou sei lá o quê..., e acredite, eu consigo lhe dar com isso sem que os outros percebam...

Amanda se encosta na parede do elevador com os braços cruzados, está aborrecida... e continuou falando mais alguma coisa, eu já não aguentava mais , precisava senti-la de novo. Posiciono uma mão de cada lado de seu rosto apoiando na parede do elevador e a beijo..., a beijo sem dar tempo a ela que proteste... Não foi um beijo calmo, foi quente, selvagem e ela correspondeu..., ela também quer, só está confusa..., me alivia essa certeza..., até que o elevador se abre no nosso andar e somos interrompidos.

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