Cap 2 Esperança

Já se passaram quatro dias desde a entrevista, Amanda já está apreensiva e resolveu que irá atrás de um lugar mais barato para ficar e possivelmente em uma rua mais perigosa, já que as mais tranquilas tendem ao aluguel ser mais caro.

Ela levanta, desanimada por ainda não ter tido retorno da última entrevista de emprego e de ter que se mudar. Seu apartamento é pequeno, com apenas um quarto, mas aconchegante e seguro, ela já conhece a vizinhança e sua única amiga mora em um andar abaixo do seu.

Giselle é um pouco maluquinha, tem 18 anos, uma morena muito bonita, cabelos crespos e cheios, bem cuidados, combina com o seu rosto angelical e travessa ao mesmo tempo, é uma amiga fiel e companheira, ela mora com a mãe dona Maira e o irmãozinho de 9 anos, Gustavo, o chamamos de Tavinho.

Enquanto terminava seu café da manhã pronta para sair, ouve batidas na porta, mal girou a maçaneta e foi sufocada por um abraço apertado e sofrido.

Giselle: _ Amiga, não vai, por favor, vamos falar mais uma vez com o sr.Walter, ele irá te dá mais um prazo, logo vc arruma um trampo e tudo se ajeita.

Amanda: _ Bem que eu gostaria Gi..., sei que ele já teve paciência além do que podia, também estou triste em ter que ir, mas, vamos encontrar um lugar próximo daqui, assim poderemos nos ver sempre que possível..., vamos preciso ter coragem e...

Nesse momento o telefone de Amanda toca e ela , nervosa e atrapalhada tenta encontra-lo dentro da bolsa, joga suas coisa todas no chão mesmo, até conseguir encontrar o celular. Ela não acredita quando olha para a tela e vê o número.

Amanda: A-Alô?! (...) Sim, sou eu... é claro que posso...

Ela tenta manter a voz firme e calma, ao desligar o celular ela grita e abraça a amiga em comemoração, o celular cai em algum lugar..., ela conseguiu.

Amanda: _ Gi, que horas são? Cadê meu celular? Preciso está na empresa ás 10:00 para iniciar um treinamento... eu não tô acreditando, me ajuda a encontrar uma roupa adequada...

Giselle: _ Parabéns amiga, eu sabia que vc iria conseguir, vamos, vc precisa se arrumar, já são 8:30, ainda tem o tempo para chegar lá, vamos e depois convencer o sr Walter... vai dar certo.

Algum tempo depois, Amanda estava na porta do elevador tentando chegar no vigésimo nono andar, onde fica a sala de Dona Marta. Algum tempo depois ela enfim consegue chegar, arruma a roupa social, uma saia preta acima do joelho e uma blusa branca combinando, uma maquiagem bem leve e os lábios carnudos, bem desenhados em um brilho labial discreto.

Dona Marta a recebe com muita simpatia e jogando uma pilha de papéis em seus braços, uma lista de como proceder e o que fazer.

Marta: _ Então senhorita Fontes, aí estão anotadas as suas tarefas, esses documentos devem ser organizados em ordem alfabética por nome de empresa, os da pasta marrom precisa levar á sala do senhor Clifford para ele assinar. Por favor, seja discreta, bata e aguarde ele autorizar a sua entrada, ao final pergunte sempre se ele deseja mais alguma coisa, em seguida volte aqui..., aquela mesa do canto será a sua, pode deixar sua bolsa lá e boa sorte, qualquer dúvida ligue-me, este é meu número ou venha até aqui, vou precisar verificar os andares das demais empresas e volto daqui pelo menos duas horas..., então, anote os recados e fique atenta. Entendeu tudo?