Imaginação fértil

Lily assim que viu a mãe foi correndo a abraçar, Penélope pegou a pequena nós braços e deu vários beijinhos na bochecha dela. Lily deu risadinhas passando o dedo indicador no nariz da Penélope e deu um beijinho na ponta, em seguida encostou a cabeça no ombro dela falando que estava com saudades.

Lily: Mamãe eu estava com saudade.

Penélope deu três batidinhas no popó dela de maneira carinhosa e falou animada.

Penélope: Você não vai mais ficar com saudades, eu tenho uma notícia boa pra você. Olha esse é o chefe da mamãe, ele vai deixar você ir com a mamãe para o trabalho.

Lily: É verdade?

Perguntou animada esbanjando um sorriso banguela, faltando um dos incisivo central. Anthony sorriu para a garotinha ao confirmar fazendo ela descer dos braços de Penélope e dar vários pulinhos no chão animada.

Anthony: É sim princesa, você pode ir com sua mãe vai poder brincar com meus filhos.

Ela então agarrou as pernas de Anthony para dar um abraço, fazendo ele sorrir para Penélope. Stacy que via a cena ficou com ciúmes.

Stacy: Ah é assim? É tão ruim assim ficar comigo né, Lily?

Tentou fazer uma cara de triste, a menina então correu para ela e deu um abraço apertado na adolescente.

Lily: É muito bom ficar com você Stacy, mas eu prefiro mil vezes minha mamãe.

Falou fazendo todos rirem, Anthony então notou que sua secretária estava na casa de Penélope e ergueu a sobrancelha para ela que foi logo se levantando para cumprimentar o chefe.

Suely: Boa noite senhor, Anthony.

Anthony: Olá Suely boa noite, você também mora por perto?

A mulher sorriu confirmando.

Suely: Sim senhor, um quarteirão á frente.

Penélope: Senhor sente-se eu vou preparar um refresco pra você.

Anthony: Obrigada Penélope, mas vou dispensar fica pra outro dia eu tenho que ir embora já está ficando tarde. Boa noite até amanhã!

Acenou para as meninas quando ia saindo Michael entrou com uma pizza todo animado, Lily ao ver a pizza correu para ele que a pegou nos braços sorridente, ele entregou a pizza para Penélope e encarou Anthony.

Penélope: Senhor esse é o Michele, Michel esse é meu chefe Anthony.

Ele o cumprimentou com aperto de mãos, colocando Lily no chão, Penélope então o convidou para comer com eles.

Penélope: Senhor aceita comer com a gente?

Anthony: Fica para próxima realmente eu tenho que ir agora.

Michael: Ah... cara fica vai eu trouxe uma pizza grande vai sobrar muito. Só está faltando o refrigere que vou ali pegar no mercadinho de baixo.

Anthony: Bom apetite a todos, eu preciso ir mesmo.

Falou acenando com a cabeça e saiu, Penélope fechou a porta encarando seus amigos e falou desapontada.

Penélope: Até parece que ele come pizza deve comer só caviar, ainda mais na casa de pobre. Vai comprar o refrigere Michel que estou morrendo de fome.

Michel: Mas é muito madame mesmo hein, essa Penélope é cheia de graça, depôs vou cobrar meus honorários viu. Eu estava no conforto do meu lar assistindo meu jogo, você me fez sair de casa ir até uma pizzaria.

Falou reclamando, Penélope o empurrou para fora dando risadas.

Penélope: Vai logo para de reclamar.

Michel saiu resmungando, ela deu uma olhada na pizza e lambeu os beiços ao sentir o deliciosos aroma de 4 queijos.

Penélope: Que tentação gostosura hein. Vamos lavar as mãos para comer, Suely pega os copos no armário tem uns guardanapos também.

Ela falou levando Lily até a pia para lavar as mãos, todas estavam reunidas no sofá esperando o refrigere chegar, não demorou muito Michel apareceu todo animado. Ele colocou no centro da mesa e abriu colocando nos copos enquanto a mulherada começava a atacar a pizza.

Michael: E ai como é que está sendo o emprego? Seu chefe parece ser gente fina, aquele carrão dele ali deve custa meu coração.

Falou dando uma mordida na pizza.

Penélope: Menino é porque tu não viu a mansão, o senhor Anthony é gente boa viu, além de pagar bem ele ainda vai custear a escola da Lily.

Suely olhou para a amiga rapidamente diante da novidade.

Penélope: Epa! Nem vem pensar bobagem longe de mim fazer o teste do sofá. Vamos ali pra cozinha que essa conversa não é para crianças.

Falou apontando para Lily se entupindo de pizza e de olho vibrado na tevê, Stacy que queria ouvir a conversa levantou acompanho eles.

Penélope: Ei de menor vai assistir o desenho com a Lily, essa conversa é só pra adultos.

Stacy: E vocês pensam que eu sou criança? Já tenho quinze anos.

Os três começaram a rir e Michael deu três batidinhas no ombro da Stacy a direcionando para a sala.

Michael: Grande coisa quando fizer mais cinco nós deixamos você participar da conversa.

Ela saiu reclamando e correu para a caixa de pizza falando:

Stacy: Ah é assim? Então o último pedaço é meu.

Michael saiu correndo para disputar o último pedaço.

Michael: Sai fora essa pizza quem comprou foi eu sua gulosa.

Penélope e Suely começou a rir, Michel só tinha tamanho mesmo porque maturidade era pior que um adolescente. Os dois ficaram medindo o último pedaço da pizza para cortarem do mesmo tamanho, quando finalmente entraram num acordo ele veio sorridente com um pedaço nas mãos.

Suely: Michel assim tu me mata de vergonha.

Michel: Já sou de casa.

Penélope deu risada, ela adorava esses dois. Michel tinha um senso de humor que dava dor de barriga, já Suely sempre tentava cortar o barato do irmão mais novo. Ele era um rapaz humilde e divertido, o melhor amigo de Penélope sempre estava para ajudar, era bem atraente e vivia rodeada de mulheres, mas nas baladas ele dispensava todos para ficar cuidando das duas.

Penélope: Agora é sério gente deixa eu falar, hoje pela manhã eu fui parar no hospital dopada de sonífero, as crianças aprontaram uma pra cima de mim, pense nos pestinhas que estão me dando trabalho.

Suely: Caraca sabe pior que isso não é nenhuma surpresa pra mim, eu sei cada histórias dessas crianças viu que nem te contei pra você não desistir no primeiro dia.

Penélope: Mas quase ia passando dessa para melhor, já pensou se fosse um remédio mais forte, quero nem pensar.

Falou se benzendo.

Michael: Pelo menos o salário é gordo da para pagarmos teu funeral com dignidade.

Falou dando risadas, Penélope deu vários socos no ombro dele.

Penélope: Vá agourar sua madrinha.

Suely: Então como ficou a situação depois do quase envenenamento?

Penélope: Ele ficou muito preocupado comigo, foi para o hospital e quando chegamos em casa ficou no quarto comigo, me serviram até comida na cama. Eu estava pensando seriamente em desistir do emprego, porém ele me fez uma proposta irrecusável que era pagar uma escola particular para Lily na mesma escola dos filhos dele aí me ganhou de vez.

Michel: Pelo salário que seu chefe deve pagar até eu viraria a babá.

Deu risada devorando o último pedaço da pizza. Ele se levantou olhando o celular e limpou a boca com um guardanapo parecia animado ao ler a mensagem.

Penélope: Aposto que tem mulher na jogada, acertei? Pela essa cara de abestado que acabou de fazer.

Penélope falou zoando o amigo que deu um beijo no rosto da irmã em seguida um no dela se despedindo.

Michael: Na mosca, uma princesa tá me dando mó moral. Vou já encontrar essa cinderela, até amanhã. Ah... diz pra mamãe que eu não tenho horas para voltar Suely.

Saiu animado se despedindo de Lily e Stacy. Quando e finalmente foi embora Penélope puxou Suely para o canto ao falar, pois não ia falar na frente de Michael aquele ali tem a boca pior que a dela para guardar segredos.

Penélope: Então não te contei o mais bafonico dos episódios que me aconteceu hoje. Acredita que eu estava adormecida e acordei com o meu patrão dando um beijo na minha bochecha, menina do céu eu até cheguei a pensar que estava no paraíso.

Ela falou toda animada e dando risadas, pois o Anthony era um deus grego daqueles que só se vê na ficção. Ela até podia sentir o perfume amadeirado dele embriagar seu olfato e aquela aspereza da barba curta arranhar suas bochechas delicadamente.

Suely: Fala sério deve ter sido um delírio seu. Sonhar também não é proibido né?

Penélope revirou os olhos.

Penélope: É sério ele beijou essa bochechinha aqui que a terra é de comer.

Bateu na bochecha sorridente.

Suely: Estou te achando muito saidinha, hein.

Penélope: Aí para vai, até parece que não acha nosso chefe atraente. Confesso que estou na seca mesmo, mas também não sou cega e muito menos santa e sei muito bem meu lugar. Só estou comentado aqui entre amigas e espero que não sai daqui.

Suely: Sério? É mais fácil essa conversa sair daqui pela sua boca do que pela minha. E sabe acho melhor a gente tomar um fôlego qualquer dias desses pra você dar uns amassos em algum carinha. Porque cada dia eu estou mais certa que nosso chefe realmente possa ser gay.

Penélope não acreditando fez careta.

Suely: É sério, é porque eu não te contei a conversa que ouvi hoje de manhã. Eu estava com seu Anthony na sala quando Beck entrou toda toda, ele me dispensou e eu sai, porém acabei esquecendo minha agenda e quando ia entrando para pegar ouvi ela sugerindo em assumir um relacionamento de fachada com ele para diminuir o falatório. Ele não aceitou porque não se importava com a opinião do povo.

Penélope ficou de boca aberta ouvido, ela não quis acreditar, mas Suely falava com tanta certeza que ela acabou sendo vencida. Ela também contou da brincadeira que pregou nas crianças fazendo Suely achar que realmente sua amiga tinha a sanidade mental questionável. Quando Suely foi embora ela foi levar a Stacy em casa com Lily e falou que iria precisar dela por alguns dias até se resolver com as crianças do seu patrão. Na volta ela colocou a filha para escovar os dentes e foi contar uma história para ela dormir de um fantasma trapalhão.

[...]

Anthony havia voltado para casa e ficou no escritório, bebendo um Whisky e pensando se iria ou não viajar de férias com os filhos, pois os mesmos descumpriram todas as regras e seria um bom ensinamento deixá-los sem o passeio. Ele pensou também na possibilidade de esquecer tudo e passar uma semana com os filhos na praia ou na casa da fazenda, mas teve dúvidas se a Penélope poderia acompanhar, pois talvez o marido não pudesse gostar da ideia.

Hoje ele ficou bem surpreso em ver o marido dela, era bem mais novo que ele, quase da idade dela. Foi por isso que ela o chamou de velho, talvez fosse velho de mais na sua percepção. Ele o olhou outra vez no espelho, aliás desde quando chegou não parava de dar algumas conferidas no espelho, ela tinha razão sua testa tinha um ponto de tensão, alguns cabelos grisalhos já se apresentavam.

Deixou o espelho na mesa e pegou o copo colocando mais gelo e whisky tomando quase o líquido todo num só gole. Taylor tinha razão, ele precisava sair mais, relaxar estava muito sobrecarregado tanto com assuntos de trabalho como com os filhos. Precisava exercer suas funções de homem.

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