Quem conta um conto aumenta o ponto!

Quando Penélope chegou em casa sua filha correu para abraça-la, ela pegou a menina nos braços que logo notou o machucado na sua testa e apontou preocupada.

Lily: Mamãe você se machucou? Está dodói?

Penélope: Foi só um tombinho de nada princesa.

Lily deu um beijo na testa da mãe dela e acariciou as bochechas da Penélope carinhosa.

Lily: Dei um beijinho para sarar.

Ela apertou a filha forte levantando para o alto fazendo graça e Lily ria com as brincadeiras da mãe.

Penélope: Eu tenho a princesinha mais carinhosa do mundo inteiro.

Suely: Menina eu não acredito que as crianças já aprontaram contigo.

Suely falou dando risada, Penélope jogou-se no sofá com Lily e caiu derrotada em meio a risada.

Penélope: Vou te contar viu, que crianças são aquelas meu pai amado. São terríveis, mas eu vou conseguir dobrar aqueles danadinhos ou não me chamo Penélope você vai ver.

Suely: Então não vai desistir? Esse galo não te intimidou?

Penélope: Hahaha, me intimidar por favor Suely eu já enfrentei leões o que são meros coelhinhos na minha frente. Eu preciso do emprego, o senhor Anthony parece ser uma boa pessoa, paga bem e as crianças só precisam de carinho e atenção e eu vou tentar ajudar.

Lily: Mamãe eu posso conhecer as crianças?

Penélope abraçou a filha e deu um beijo na testa dela.

Penélope: Meu amorzinho você não vai poder ir para o trabalho com a mamãe, eu vou conversar com a Stacy para ficar com você até a mamãe chegar.

Stacy é a filha da vizinha uma adolescente de 16 anos, já veio na casa da Penélope algumas vezes com a mãe. Ela achou a menina bem legal e iria perguntar se ela aceitaria ficar com Lily após a escola.

Penélope: Agora vamos tomar um banho, a mamãe precisa tomar um banho também para preparar o jantar, tirar essa fantasia e descansar meus pés.

Suely: Então já vou indo para casa!

Falou se aprumando para sair.

Penélope: Fica pra jantar conosco precisamos bater papo ainda menina, nem te contei tudo meu bem.

Suely morava no outro quarteirão, numa casa bem bonita e alegre onde sua mãe Meredith cultivava um lindo jardim. As duas se conheceram assim que Penélope mudou para o bairro e se tornaram grandes amigas. Suely também tinha um irmão chamado Michael, que era mão para toda obra da Penélope desde desentupir vasos até trocar lâmpadas, Michael era um ótimo rapaz tinha 18 anos e bem responsável, acabou se tornando um ótimo amiga para Penélope assim com Suely e dona Meredith.

Suely: Pois eu vou adiantar o jantar, porque tenho que ir embora cedo o Luka ficou de passar lá em casa depôs do trabalho.

Penélope: Hum... hoje tem hein danadinha.

Luka é namorado de Suely, os dois trabalham na Green Tech, inclusive foi ele que conseguiu um emprego para ela, ele é gerente do RH um homem bem sério, os dois namoravam cerca de 10 anos, Suely era louca para casar e constituir uma família, porém Luka sempre dizia que não era hora para pensar nisso agora, pois ele não se sentia pronto para essa responsabilidade e preferia ficar como está no momento.

Suely sempre pedia conselhos a Penélope sobre essa situação, a mesma ria, pois se fosse bom de conselho ela mesmo não teria quebrado a cara, sempre procurava não dar palpites no relacionamento dos outros.

Quando Penélope saiu do quatro já tinha tomado banho e se vestido Lily também, ela foi até a cozinha fazer o molho do macarrão e quando ficou pronto jantaram na mesa. Após o jantar ela pegou o sorvete que havia comprado no caminho para casa e colocou nos pires entregando uma para filha e outra para amiga, Lily pediu para assistir tevê e Penélope ficou na cozinha batendo papo com Suely, aproveitou e colocou mais gelo na testa.

Suely: Isso vai ficar feio amanhã viu.

Penélope: Nem me fale, acredita que ainda o senhor Anthony teve a gentileza de colocar gelo na minha testa. Menina que homem bonito viu, a gente fica hipnotizada pela beleza daquele homem e olha que tou na seca viu meus hormônios ficam mexidos.

Suely: Aí meu Deus Penélope já cresceu o olho foi.

Ela deu uma risada colocando a bolsa de gelo na mesa.

Penélope: Só admirando a beleza do Deus grego, aquele homem não é pro meu bico não minha filha, eu sei meu lugar.

Suely: Boba você é uma gatona deixa disso. Mas deixa eu te contar ele é bem discreto viu, tem fama de inacessível na empresa nunca se envolveu com ninguém ali, teve um tempo desses que até rolou um boato que o chefe fosse gay.

Penélope: Gay? Com uma penca de filhos?

Suely: Vai me dizer que gay não pode fazer filhos?

Penélope deu de ombros.

Penélope: É pode, mas sei lá eu não achei que ele tem pinta não, pelo menos meu radar gay não alertou. Mas também se for eu não vejo problemas nenhum cada um faz da sua vida o que quiser.

Suely: Pois é, agora o tal Taylor aquele ali tem fama de pegador. Outro dia rolou na rádio corredor que ele estava dando uma com a gerente de marketing uma ruiva chamada Beck que vive dando em cima do Anthony e ele nunca a pegou, mas agora o vice presidente aquele ali já pegou ela em tudo quanto foi buraco.

Penélope: A água de salsicha!

Penélope lembrou da ruiva nariz empinado.

Suely: Hahaha, maluca agora escuta aqui não vai abrir essa bocarra não viu, Deus me livre seu Anthony pelo menos imaginar que eu ando fazendo esses tipos de comentário ele me demite na mesma hora. E você tem a boca de sacola não segura nada entre os dentes não vai me arrumar problemas, Penélope.

Penélope: Agora deu é você que faz a fofoca e fica me chamando de língua solta.

Suely: Fofoca não apenas compartilhando informações, agora me deixa ir e boca de siri pra esse assunto morreu aqui.

Penélope levou ela até a porta e Suely a fez prometer que não ia dar com a língua nos dentes, depois de ter contado a fofoca Suely ficou receosa e até se arrependeu, pois Penélope iria acabar arrumando encrencas, pois aquela boca dela não sabia guardar um segredo.

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