Transição

Muitos anos atrás, ainda na infância, Rasmus e Rasmine, os irmãos gêmeos, estavam em seus respectivos quartos, em uma noite tempestuosa os pais deles estavam brigando.

A sala de estar, este é o local da briga, Rodrigo está brigando com a Michele, o homem é alto, forte, suas vestes são de policial, Michele é menos forte, porém um pouco mais alta que ele, ela está usando um vestido vermelho.

— Por que você continua sendo uma vagabunda? Eu tive tirei daquela vida!

— Para de ser traiçoeiro e mentiroso, você se aproveitou de mim quando eu era humana, implantou lembranças, me usou como se fosse um brinquedo, não ouse dizer que você me tirou daquela vida, aliás, eu me sacrifiquei muito por essa relação, muito mais do que você!

— Grande merda, eu mandei você se tornar fértil? Não! Então não me cobre por isso! Aliás, nós deveríamos falar do bruxo lá em cima, porque aparentemente ele não é um vampiro.

— E daí?! Deixa ele! O meu filho é sensível, isso não interfere em nada, ele continua sendo o meu filho! O MEU FILHO, já que você está falando que não me obrigou a nada, não precisa assumir o papel de pai.

— Escuta aqui, aquele merda precisa se tornar um homem. — Os olhos dele ficam vermelhos.

— Ele é uma criança, não vai acontecer nada com ele hoje! — Os olhos dela também ficam vermelhos, um vermelho carmesim.

Ele da um soco na cara dela, ele usou muita força e borrou a maquiagem dela, ela sorri e retribui o soco, mas batendo no estômago dele, foi tão forte que arremessou ele para trás, porém havia uma janela atrás dele, por isso quando foi arremessado ele foi parar no quintal.

As crianças ouvem o barulho da janela quebrando, Rasmine se assusta e sai do quarto, na frente do quarto dela tem o quarto do irmão dela, o Rasmus, eles se encontram no corredor, ambos tiveram a mesma ideia de ficarem juntos até que a briga acabe, eles ficam juntos no quarto do Rasmus, Rasmine põe qualquer coisa na TV e aumenta o volume.

— Tá tudo bem, Rasmus, eles estão só conversando, só que derrubaram um vaso. — Diz Rasmine, mesmo que ambos estejam assustados e nervosos com essa situação, Rasmus está mais assustado e com mais medo.

De volta a sala, Michele está sentada no sofá, ela está tentando se acalmar, Rodrigo bate na porta.

— Sai, Rodrigo, não quero ver você agora!

— Abre essa merda ou eu vou quebrar.

— Não quer entrar pela janela?

Rodrigo chuta a porta e quebra ela, ele vai até a Michele.

— Não se aproxima, eu não tô bem!

— Meu filho vai virar homem hoje, chega de agir como bruxinho!

— Tenta fazer alguma coisa e não vai ser só a janela que vai estar quebrada! — Michele se levanta, ela fica frente a frente com o Rodrigo.

— Como rei, ordeno que tire seu anel solar e vá para o quarto!

— Não acredito que você está fazendo isso! — Mesmo que não quisesse, ela obedece, deixando o anel na mesinha de centro, então começando a andar indo até o quarto, porém já que ele não disse exatamente qual cômodo, ela vai para o quarto do Rasmus.

— Crianças, está tudo bem!

— Mãe, já são quatro horas da manhã, daqui algumas horas vai amanhecer. — Fala a Rasmine, ela percebeu que a Michele está sem o anel.

— Não importa, acho que é melhor nós três dormimos juntos, o que vocês acham?

Rodrigo chega no quarto, abrindo a porta e entrando.

— Se aproveitou da minha ordem né? Que coisa feia.

— Rodrigo, chega, se você fizer algo, saiba que estará encerrando o nosso casamento.

— Nosso casamento será eterno, meu amor, mas fragilidade não pode existir nessa família. — Rodrigo começa a ir em direção a cama do garoto.

Michele fica na frente dele.

— Para!

Rodrigo pega a Michele pelo pescoço, a tirando do chão, então arremessando ela pela janela do quarto.

— MÃE! — Os dois falam ao mesmo tempo.

— Vem, Rasmus, vamos sair.

— A mãe não quer.

— Você tem oito anos, já sabe que a sua mamãe não tem autoridade nessa casa, né?

Rasmine pega uma adaga e vai pra cima do Rodrigo, ele, automaticamente e sem pensar, simplesmente chuta a garota, ela voa até a parede, depois disso caindo no chão.

— Merda! Você não deveria ter feito isso, Rasmine! — Ele puxa o garoto contra a vontade, ele chora ao ver sua irmã caída no chão e machucada, eles entram no carro e saem.

Michele volta para o quarto, ela vê a Rasmine no chão, a raiva dela cresce, o ódio é predominante.

Ainda no veículo, eles estão indo para um lugar conhecido pela diversão vampiresca. O garoto está nervoso e com medo, acima de tudo está assustado.

— Essa noite você vai passar pela transição, vai se tornar um vampiro oficialmente.

— Pai, a Rasmine vai ficar bem? E a mãe?

— Elas estão ótimas não se preocupa, hoje você precisa ficar em apenas uma coisa, deixar suas presas expostas para que consiga passar pela transição.

Eles finalmente chegam, eles saem do carro e adentram o local, o garoto vê vários homens e mulheres sangrando, tem pessoas envolta bebendo o sangue.

— Está vendo? Isso que são verdadeiros vampiros! Não são iguais a sua mãe que bebe sangue de animais ou sangue doado, assim que é bom, direto da veia. — Ele vai até o balcão.

— Me preciso de uma vampira sangrenta, hoje vai acontecer a transição do meu filho.

— Que foda, amigo! Ele fez dezesseis então?

— Ele tem oito anos, meu meninão.

— O que? — Ele faz uma expressão de surpresa.

— Ele quer isso, então ele terá, não posso impedir.

— Entendi, ei, Carlos, chame a Lídia, avise ela que é um caso 23. — Carlos saem do balcão, indo chamar a Lídia.

— Como assim?

— Não é nada, senhor, apenas uma formalidade, para que ela saiba que talvez o garoto exagere, quanto mais novo, mais descontrolado na transição, ou não também.

— Não?

— Sim, existe a possibilidade de a transformação começar internamente, porém ele vai ficar bem sonolento.

Lídia chega, Rodrigo chama o Rasmus, apenas Lídia e Rasmus vão para um quarto.

— Pode ficar calmo, sei que está nervoso.

— Minha mãe não quer que eu faça isso, disse que sou muito novo para ter essa sede.

— Nós podemos dar um jeito de você não precisar ter sua transição hoje, você realmente não quer?

— Sim, não quero, tenho que ir embora logo.

Lídia morde o próprio pulso.

— Que isso!

— Calma, ele tem que pensar que você tomou o meu sangue, agora beba um pouco de sonífero, isso vai fazer você ficar sonolento e dormir, não se preocupa.

— Não sei não, não quero mentir.

— Faz isso ou realmente bebe o meu sangue, aliás, durante a transição você vai ficar agressivo, o que significa que se você quer chegar em casa bem é melhor não beber.

O chão estremece, o garoto toma coragem e toma o sonífero, a Lídia faz uma maquiagem bastante realista, então ela põe um curativo no pulso, assim simbolizando que o garoto realmente a mordeu, depois disso eles saem do quarto.

Rodrigo vê eles e sorri, o garoto desmaia, Lídia pega ele antes que caía, então o entregando para o Rodrigo, o homem leva o garoto para o carro, logo eles voltam para casa.

****************

Em casa, algo aconteceu, Michele está parada na frente da casa, Rasmine arrumou o quarto do irmão, ela está lá esperando. A expressão no rosto da Michele é de ódio, o mais puro sentimento, os olhos dela estão em um amarelo dourado, o globo ocular está escurecido.

****************

Eles finalmente chegam em casa, Rodrigo sai do veículo, ele está com o Rasmus no colo, o levando até em casa, o garoto simplesmente desaparece das mãos dele, logo o garoto é deixado no quarto com sua irmã.

— Cuide dele, Rasmine. — Fala a Michele, então voltando lá pra baixo, empurrando o Rodrigo quando ele tenta entrar.

— Se afaste.

— Vai realmente me incomodar porque transformei nosso filho em um homem? Chega, como rei... — Antes que pudesse terminar de falar ele recebe um soco certeiro no rosto, foi forte o suficiente para arremessar ele.

****************

Rasmine percebe que o Rasmus não está em transição, então ela acorda ele.

— Hum? Que foi?!

— O nosso pai não te obrigou a fazer a transformação?

— Ah! Estou cansado, não sei.

****************

Michele vai até o Rodrigo, ela fica frente a frente com ele, ele tenta acertar socos nela, porém ela facilmente desvia, então derrubando ele.

— Meu filho terá a escolha de ser o que ele quiser, inclusive humano.

— Você não ama nosso filho? Você quer que ele tenha a possibilidade de morrer?

— Amo ele mais do que você, agora saía daqui, estamos separados.

— E se eu não quiser?

— Não me obrigue a matar o pai dos meus filhos.

Ela retorna para dentro de casa, ela pega um pergaminho nas coisas dela, pondo ele no chão da sala, abrindo ele e pondo uma gota de sangue.

Rodrigo tenta entrar e não consegue, a casa está protegida.

^^^Continua...^^^

Rodrigo.

Michele.

Rasmine.

Rasmus.

Moça.

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Comments

jojo0609

jojo0609

amando

2022-07-26

0

Mia Connolly

Mia Connolly

❤️❤️❤️❤️❤️❤️

2022-07-12

0

Julliany Soares

Julliany Soares

Meu Deus, que curiosa eu estou, ansiosa pelo próximo capítulo

2022-07-06

0

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