#11 Privilégio ou castigo?

Ela estava com raiva e vai comer na parte de fora do hospital e encontra Bianca sentada.

BIANCA- Você não ia comer lá dentro?

ASLA- Aqui está melhor! Onde já se viu, sou privilegiada? Eu que não trabalhe não. Eu heim

BIANCA- Mas.

ASLA- Ele tem a cara de pau de dizer que eu sou privilegiada é mole uma coisa dessas? onde já se viu isso?

BIANCA - Quem...

ASLA- Eu estudei dia e noite para estar aqui. Eu trabalhava e estudava. Quem ele pensa que é?

Ela estava falando e mastigando com raiva, Bianca não estava entendendo nada. Quando ela ia perguntar ela cortava ela. Então decidiu só ouvir.

Depois de um tempo ali conversando sozinha porque Bianca não falava ela parou.

ASLA- Agora vou tirar meu descanso.

Quando ela ia levantar seu celular tocou. Era uma chamada.

ASLA- Ou não né? O trabalho me chama.

BIANCA- o meu não tocou não? Ué porquê?

ASLA- Deve ser o privilégio.

BIANCA- O que?

ASLA- Esquece, vai descansar.

Ela vai paga a enfermaria e começa a trabalhar e parecia que o trabalho não acabava nunca. Só ela e Emir estavam atendendo.

Durante toda a tarde e noite, Emir e Asla fizeram todos os atendimentos e cirurgias juntos. Emir percebeu que ela estava um pouco preocupada

Toda hora ela olhava em volta como que estivesse procurando alguém. Bianca ficou com os paciente do pós e pré operatório.

Ele estava com raiva e ela também. E nenhum dos dois se dirigiam a palavra além do que o necessário para os pacientes.

E o que mais impressionava, era que os dois tinham os pensamentos e atitudes iguais nos tratamentos. Eles eram uma dupla perfeita para operar e cuidar dos pacientes.

Depois que saíram de uma cirurgia, ela correu e foi pra emergência atender mais um. E Emir observa ela de longe e notou que ela estava estranha.

Depois de uma enxurrada de pacientes, enfim ela tem uma folga e vai sentar e relaxar os pés. Bianca estava atendendo em seu intervalo e vai até ela e ficam conversando.

Depois disso, Emir estava na sala quando Carlos entra.

EMIR- Eu tentei ser legal com ela e ela me chama de insuportável e de inconveniente. Ela é maluca só pode.

CARLOS- O que? Quem...

EMIR- Eu tento ser legal com ela e ela só me dá patada, o que essa menina tem? Além de eu achar que ela está estranha.

CARLOS- Eu acho que você....

EMIR- O pior, sabe o que ela disse? Que a minha terapia não fez efeito, me chamou de louco! Tem noção do quão desrespeitosa ela foi?

CARLOS- Ah ata, tá, tá tá bom. Tá ok Cala a boca. E você? Foi simpático? Não defendeu ela não? você foi perfeito?

EMIR- Cara eu só falei que ela era privilegiada de estar aprendendo comigo.

CARLOS- Kkkkkk tú só faz merda. Cara ela não é privilegiada não. O programa escolhe os melhores. E não os que quer não. Ela mereceu estar aqui. Foi a primeira em Harvard e tem sido a melhor desde que entrou aqui. A Bianca é muito boa em tudo. Mas a Asla, ela tem o talento nato. É dela, já nasceu com isso. R os outros tem que estudar pra estar onde estão.

EMIR- Então...

CARLOS- É você fez merda.

EMIR- Caramba cara. Eu achei que o programa fosse sorteio ou sei lá

CARLOS - Isso que dá, só querer operar cérebros.

EMIR - Eu sempre disse que não ficaria atrás de uma mesa. Minha mãe quem insistiu com isso.

CARLOS- Tá ok. Vou indo.

Ele sai da sala e Emir fica se culpando por ter feito ela trabalhar o dia todo sem pausa por raiva.

Ela estava com a Bianca sentadas no banco, reclamando de tudo o que passou durante o dia.

ASLA- Ele é um insuportável, me fez trabalhar o dia todo sem descanso.

BIANCA- Calma amiga, relaxa. Agora descansa.

ASLA- Eu quero matar ele. Isso depois de dizer que sou privilegiada. Privilégio ou castigo? Só pode ser castigo.

BIANCA- Pensa pelo lado positivo, você trabalhou sozinha hoje.

ASLA- Lado positivo? Estou morta amiga. Só quero uma cama.

Elas estavam conversando quando com Celular dela tocou. Era um aviso de emergência. Ela se levanta e e vai, mas dessa vez o celular de Bianca também alertou. Dessa vez ela também tinha sido chamada para emergência.

Quando chegam, percebem de longe que estava um caos, acidente de carro, vários feridos e lesionados. Emir estava chegando quando viu que um paciente estava tentando se levantar e caiu em convulsão

Quando ele ia falar alguma coisa o paciente caiu e Asla foi até ele, chegando junto com Emir.

EMIR- Rápido.

ASLA- De lado! controle! Fenobarbital.

EMIR- Imobilização, já vai passar. calma.

ASLA- Ele não está respondendo.

EMIR - Mais uma dose.

A enfermeira aplica e mesmo assim o paciente continua em convulsão.

EMIR- Vamos sedar ele. Agora!

Ela aplica uma medicação, e em segundos o paciente para. Sedado, eles o transportam até o quarto.

EMIR- Quero os exames de rotina, todos os exames da tabela por favor. Asla, cuida disso?

ASLA- Claro, eu faço.

EMIR- Vou voltar para a Emergência. Fique com ele. Somente com ele. Quando ele acordar, a polícia vai querer falar com ele.

ASLA- Porque?

EMIR- Parece que foi ele quem causou o acidente.

ASLA- Ok.

Ele sai e ela fica cuidando dos exames e medicação dele. Depois de um tempo, ela leva os resultados para ele vê.

EMIR- Ok. passa para o Norton, ele vai assumir. E você pode ir descansar. Eu assumo o restante.

ASLA- Ok.

Quando ela ia saindo, ele a chama.

EMIR- Asla.

ASLA- Pois não?

EMIR- É, me desculpe por mais cedo. Eu não deveria ter te colocado o dia todo na emergência.

ASLA- Bom é pra isso que eu estou aqui né? Mesmo que eu achando que o senhor poderia ter chamado a Bianca para me ajudar. Mas já foi, está tudo bem.

EMIR- Éh, será que a gente...

ASLA- É. me desculpe, eu estou cansada, como o Senhor mesmo disse, eu trabalhei o dia todo e agora vou descansar pelo menos uns 30 min antes do próximo atendimento. Com licença.

Ela fala e sai da sala dele, deixando ele frustado.

EMIR- Éh Emir, vai ser mais difícil do que você imaginava.

Ele fala e vai descansar.

Depois de algum tempo, ele se levanta e vai andar pelo hospital. Na parte de trás dele, tinha um espaço onde os residentes ficavam quando queriam conversar ou só fugir do caos da emergência.

Asla estava sentada sozinha reclamando dele mesmo, ele fica parado ouvindo ela falar.

ASLA- Porque ele é tão insuportável? Ah me desculpe. -- fala fazendo voz estranha-- Desculpa, desculpa! Vai catar a desculpa na esquina, eu heim.

EMIR- Oi? Tudo bem?

ASLA- O que é?

Ela fala gritando e se virando, quando vê que ele ela fica com ainda mais raiva, mas se controla.

EMIR- Calma. Por favor.

ASLA- Estou calma.

EMIR- Imagina, se estivesse nervosa.

ASLA- Você sabe que hoje extrapolou né? Minha primeira semana de volta, e os tomei na cabeça hoje.

EMIR- Tá bom, vem cá, senta aqui.

ASLA- Não quero.

EMIR- Então fica em pé mesmo. Olha me desculpa, eu peguei pesado com você. Eu fique irritado e acabei descontando em você.

ASLA- E eu tenho culpa dos seus problema?

EMIR- Digamos que sim, e que não. Já que você me chamou de insuportável e o inconveniente.

ASLA- Eu sei que eu passei dos limites.

Ela fala sentando perto dele,

ASLA- Me desculpe então também. Eu não farei mais isso.

EMIR- Tem certeza?

ASLA- Não!

EMIR- Eu sei que não kkkkk Você é de mais.

ASLA- As vezes eu extrapolo mesmo. Me desculpe. Eu fiquei nervosa.

EMIR- Eu entendo.

Ele fala e pega uma barra de chocolate no bolso e começa a comer.

EMIR- Quer? Ou tem repulsa por chocolate também?

ASLA- Você vai zombar de mim?.

EMIR - Claro que não. Mas não é uma coisa comum, mulher ter repulsa por flores, quis me certificar de que não teria também por chocolate.

ASLA- Não, não tenho. Na verdade, sou chocólatra.

EMIR- Toma.

Ele parte no meio e come com ela.

EMIR- Quer me contar o porquê da repulsa com as flores? Só pra eu não cometer outro erro!

ASLA- Não é uma coisa que eu conte, para todo mundo.

EMIR- Olha, sei que nós conhecemos a pouco tempo,o mas eu sei que podemos ser amigos, e quero que sabia que pode me contar qualquer coisa. Qualquer coisa que vai te ajudar a se sentir bem.

ASLA- EH. Eu fui....

Ela fala, quando vai terminar a frase, seu celular toca e o dele também, e os dois se olham e saem correndo.

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E aí gente, alguém tem um palpite do porque o medo? Me contem nos comentários. Quero saber a opinião de vcs.

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