#9 Tiraram de Mim

No outro dia, Asla acorda cedo, hoje ela volta para o hospital e vai enfrentar seu primeiro plantão.

TIRDA- Asla, vamos filha, o café está pronto.

ASLA- Já estou indo.

Ela grita de seu quarto enquanto se arruma. Uma roupa leve, mas que deixa tão linda quanto os melhores dos tecidos.

Ela se arruma, passa uma maquiagem de leve e um perfume, arruma sua bolsa e desce para o café da manhã.

TIRDA- Nossa que linda.

ASLA- Aí tia que exagero. Não tem nada de mais aqui.

TIRDA- Filha seu perfume me embriagou. Tá cheirosa heim

ASLA- Tia kkkkkk é o meu perfume de todo dia. Para por favor.

TIRDA- Tá ok, só não vai deixar o médico bonitão embriago e acabar matando um paciente heim kkkkkk

ASLA- Tia você está de mais hoje. Já vou indo, para não me atrasar.

TIRDA- Não, antes vão comer sim, fiz bolo quentinho e tem pão também Como ou não sai!

ASLA- Aí meu deus. Tá bom

Ela senta e come, bolo e suco, pão com queijo e café. Depois de cheia ela levanta e vai escovar os dentes. Quando ela estava lá encima a campainha toca.

ASLA- Tia vê quem é!

TIRDA- Já estou indo.

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Emir acordou cedo também, dormiu bem a noite toda. Acordou muito disposto e foi tomar um banho malhou e depois tomou outro banho e foi tomar o café da manhã.

Permuefado e muito bem arrumado, o que sempre ele fazia, mas hoje parecia que ele estava tendo um cuidado a mais com tudo.

Passou perfume mais fraco, e fez a barba, escolheu uma roupa fresca por causa do calor que fazia.

A mesa do café já estava pronta, ela comeu e foi para o trabalho. Quando entra no carro ele logo liga o rádio, não era algo que ele fazia sempre. Mas hoje especialmente ele quis ligar.

A música que estava tocando estava no final, e logo começou uma outra música. A música que Asla estava cantando ontem a noite.

Ele viaja lembrando dela cantando e dançando dentro do carro, da alegria dela e de seu sorriso lindo.

EMIR- Emir, Emir. O que você está fazendo? O que está acontecendo com você? Acorda meu filho.

Ele fala para ele mesmo quando se pega pensando nela. Seu coração já sofreu, mas o sorriso dela, fazia sua dor sumir.

No caminho ele passa por perto da casa de Asla, quase parando ele decide seguir em frente. Quando passa duas quadras ele decide voltar.

EMIR- Amanhã, eu me arrependo. Amanhã. Até porque é só uma carona. Que mal faz?

Ele fala pra ele mesmo, como quem tentasse justificar a sua ida até ela.

Ele para em frente mas recua quando vai tocar a campainha, volta para o carro e fica se julgando mentalmente.

EMIR- Que merda. O que eu tô fazendo.

Ele falava com ele mesmo, mas quando ia ligar o carro ele vê Caio vindo no final da rua. E aparentando que ia na casa dela ele sai do carro num salto e toca a campainha.

Imediatamente Tirda atende. Caio que ia mesmo na casa dela, vendo que ele estava ali, ele desvia o caminho e volta para casa.

Emir percebe que ele estava indo embora e sorri. TIRDA abre a porta e vê ele sorrindo.

TIRDA- Doutor? Bom dia.

EMIR- Bom dia, Senhora Tirda. Eu moro aqui perto e estava passando e quis vê se a Asla precisa de uma carona.

TIRDA- Ah menino, claro que sim, entre por favor. Tome café da manhã com a gente. Ou melhor comigo. A Asla foi escovar os dentes e já vai descer.

EMIR- Ah sim, bom eu já tomou o café da manhã, mas esse bolo está com um cheirinho irresistível.

TIRDA- Vem menino, vou te servir.

Eles vão até a mesa e sentam, Tirda serve a ele um pedaço do bolo e um capo de suco. Asla estava escovando os dentes, e quando termina pega as bolsas e desce.

Quando chega na escada se assusta com Emir sentado a mesa comendo.

ASLA- Emir?

EMIR- Asla!

Ele fala admirando ela, não estava tão extravagante, mas estava linda e isso deixou os seus olhos brilhando.

TIRDA- Olha filha, o menino Emir veio te oferece uma carona.

ASLA- Não precisava, eu ia de ônibus como todo dia.

EMIR- Seu primeiro dia de volta, e eu passo por aqui, não me custa nada.

ASLA- Entendi.

EMIR- Mas antes, vou só terminar esse bolo divino da Dona Tirda. Está maravilhoso.

ASLA- Bom estou atrasada e meu chefe não gosta de atrasos. Então já vou. Tchau tia. Fica bem.

Ela fala pegando a bolsa e saindo. Emir vendo ela saindo sem ele, vai atrás correndo.

EMIR- Me espera Asla, Tia estava uma delícia. Obrigada.

TIRDA- Essa menina, é de mais. Vai meu filho, vai antes que ela pegue o ônibus.

Ele corre até a porta e ela já estava indo até o ponto, mas ele foi mais rápido e segurou a bolsa dela.

EMIR- Meu deus você anda rápido. Calma aí.

ASLA- Meu chefe é estressado e muito pontual, então não tenho tempo.

EMIR- Tá bom já entendi, eu sou um carrasco, agora vem, vou te levar.

ASLA- EU não tô te pedindo nada.

EMIR- Eu sei que não. Mas quero te levar, então por favor vem.

ASLA- O que você quer? Do nada aparece na minha casa, me oferece carona. Você não vê o quanto isso é errado? Você é meu chefe!

EMIR- Eu sei, eu sei disso. Você acha que eu não sei. Está bem eu sei. Mas eu não sei o que está acontecendo comigo, Mas não me custa nada te dar uma carona. Então por favor vamos. Estamos atrasados. E eu não gosto de me atrasar.

Ela muito contatada, vendo que ele estava sendo verdadeiro, acaba abaixando a guarda e indo com ele que logo pegou a bolsa dela e foi colocar no carro.

EMIR- Vem senta.

ASLA- Tá bom

Ela senta e ele liga o carro, Tirda estava da janela e via tudo de longe. Ela sabia que Asla era teimosa e que ela não estava a vontade.

Ela acompanha tudo, e vê quando a menina entra no carro dele, ela sorri porque sabe que ele vão acabar se acertando.

EMIR- Estava tocando a música de ontem

ASLA- Ah que legal.

EMIR- Dormiu bem?

ASLA- Sim, e você?

EMIR- Ótimo também. Hoje vai ficar na papelada ok?

ASLA- Ah não, serio? Eu quero trabalhar.

EMIR- E vai! Vai trabalhar muito. Tem uma paciente que precisa de alguns cuidados e que tem uma papelada para preencher, então ela hoje é toda sua.

ASLA - Nossa que legal. Quase morri num acidente e de presente ganhei uma paciente e um monte de burocracia.

EMIR- Não reclama. É o protocolo, você não pode voltar assim do nada. Vai de vagar e com calma.

ASLA- Tá bom e chefe.

EMIR- Muito bem.

Ele fala e sorri, vendo que ela estava mais calma e que estava aceitando. Durante o caminho Carlos liga para ele.

📳 CARLOS - Bom dia flor do dia.

📳 EMIR- Fala Carlos.

📳 CARLOS- Eu estou apaixonado meu amigo. Nem sei mal humor me faz mal hoje kkkkk

📳 EMIR - E você me ligou para isso?

📳 CARLOS- Também, mas outra coisa. Bianca já chegou e a Emergência tá lotada e a Asla ainda não chegou e o Celular dela está desligado.

Ele fala e quando Asla ia falar alguma coisa ele interrompe ela.

📳 EMIR- Ok. Até mais.

📳 CARLOS- Emir, Emir.

📳 EMIR- O que Carlos?

📳 CARLOS - Eu tô abaixando irmão. Apaixonado.

📳 EMIR- Tchau Carlos.

Ele fala e desliga e Asla ri.

ASLA- Meus Deus kkkkkkk ele está apaixonado na Bianca.

EMIR- Pelo visto está sim.

ASLA - Aí meu deus. Eles vão saber que você me pegou.

EMIR- Então, te pegar. te pegar eu não peguei não. Eu te busquei.

ASLA- Você entendeu Emir.

EMIR- Fica calma, ninguém vai falar nada, vou direto para a Garagem e ninguém vai vê. Fica calma

ASLA- Tem certeza? Não quero ninguém dizendo depois que estou aproveitando do meu chefe para subir no trabalho.

EMIR- Não seria má ideia.

ASLA- O que disse?

EMIR- Não nada. Chegamos.

Ele fala e entra na garagem, vai até o final fora de sua vaga e estaciona, ela rapidamente sai do carro e pega sua bolsa, e vai correndo até a entrada principal.

Ele ri dela tentando correr com aquela bolsa grande, vai até a sua vaga e estaciona, espera um pouco e depois sai.

Quando chega na sua sala Asla e Bianca já estavam lá esperando ele repassar as tarefas.

Bianca estava com cara de cansada e feliz, Asla já tinha trocado de roupa e estava pronta para trabalhar.

Ele repassa as tarefas e elas vão trabalhar. Asla como ele já havia dito ficou com a paciente que ele mais gostava.

Ela repassa o atendimento dela, refaz alguns exames e começa a preencher a papelada.

A paciente acorda e vê ela sentada preenchendo uns papéis e fala.

PACIENTE- Eu tenho filha linda igual a vice.

ASLA- Olá tudo bem como se sente.

PACIENTE - Tiraram ela de mim, mas ela é linda. Linda linda.

Ela fala e dormi novamente. Os remédios para seu tratamento a deixavam cansada e ela vivia no oxigênio.

ASla volta a sentar e preencher os papéis.

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