No final da tarde, Felipe voltou à biblioteca da faculdade para buscar um livro de uma disciplina que estava lhe dando trabalho. Quando saía, viu Camila sentada em um banco que ficava na área externa da biblioteca. Ela estava inquieta, batia com os pés no chão, parecia triste e angustiada, parecia que precisava de ajuda.
_ Será que devo me aproximar? Ela parece sofrer com algo. Pensou Felipe. Chegou a dar alguns passos em direção a Camila, mas desistiu lembrando-se do passado, não tinham nenhuma ligação. _ Melhor não, talvez o que ela quer é ficar sozinha, vai me rejeitar com certeza. Felipe passou por ela e seguiu seu caminho.
Camila viu Felipe passar por ela e teve vontade de falar com ele, quase gritou seu nome para que ele a ouvisse, mas não conseguiu. Resolveu ir para casa, já estava escurecendo. Chegando à rua viu Felipe ser atropelado. Um carro em alta velocidade avançou o sinal e pegou Felipe que não conseguiu reagir a tempo.
_ Não… Gritou assustada indo em direção a Felipe.
Após o impacto, Felipe foi arremessado longe e bateu a cabeça no chão, mas ainda estava consciente. Ao ver a face de Camila assustada depois de ver o acidente, acabou perdendo os sentidos.
Chamaram a ambulância para socorrê-lo, e ela chegou rapidamente e o levou desacordado para o Hospital.
Camila foi para casa aos prantos. Sentia-se culpada, pois se tivesse chamado Felipe ele provavelmente não seria atropelado. Não queria que nada de ruim acontecesse com ele. A imagem dele desacordado não saía da sua cabeça.
_ Oh Deus… cuida dele, não deixe ele morrer. Fez uma súplica pedindo pela vida de Felipe.
Na manhã seguinte Camila, foi ao hospital fazer um exame e sabia que Felipe havia sido levado por uma ambulância daquele hospital e tentou descobrir alguma informação do seu estado de saúde mas não conseguiu, não se lembrava do sobrenome dele. Foi para a faculdade, talvez lá alguém poderia lhe dar essa informação.
Felipe acordava naquele instante. Sentia algo estranho. Lembrava que havia sido atropelado e o rosto de Camila a olhá-lo antes de perder os sentidos. Não sentia dor ou outro incômodo.
_ Achei que ia estar pior, o choque foi forte, mas eu me sinto bem. Falou se levantando. Ao se levantar da cama, Felipe tomou um susto que o deixou em choque. Na cama estava seu corpo desacordado. O primeiro pensamento que veio a sua mente era o de que estava morto.
_ Acalme-se, você não está morto. Ele ouviu alguém lhe dizer essas palavras e ficou mais assustado. Olhou para a pessoa e viu um homem alto de mais ou menos quarenta anos vestido com roupas brancas.
_ Quem é você? O que está acontecendo? É um sonho? Eu estou sonhando , ou melhor estou tendo um pesadelo… ele falava sem parar.
_ Não é um sonho ou pesadelo, ou como você quiser chamar essa situação.
_ Você não entende, como posso estar falando com você e meu corpo está na cama cheio de fios, com um tubo na boca, eu estou me vendo na cama, você entende? … eu não sei o que está acontecendo se estou apenas dormindo. Ele estava surtando.
_ Você não está exatamente dormindo.
_ Você ainda não me disse quem é, o que eu estou fazendo aqui se não estou morto… a atenção de Felipe foi levada até a porta do quarto que se abriu e sua mãe e seu pai entraram acompanhados pelo médico. Sua mãe sentou-se ao seu lado e seu pai ficou em pé em frente da cama.
_ Mãe, mãe… eu estou aqui. Ele tentava tocar a mãe. _ Mãe… pai...
_ Eles não podem te ouvir e também não podem te ver. Disse o homem de branco.
_ Como não? O que realmente está acontecendo, eu preciso saber. Felipe não conseguia se acalmar. O homem que conversava com ele apontou para seus pais e para o médico.
_ Ouça…
_ Quanto tempo ele vai ficar assim Doutor? Perguntou a mãe de Felipe ao médico.
_ Não dá para prever o tempo nesses casos. O choque na cabeça foi forte e ele teve um leve traumatismo, e infelizmente está em coma. Ele é jovem e saudável, mas não posso dar uma previsão de tempo para vocês, temos que esperar que o organismo dele reaja o mais rápido possível.
_ Meu filho não merecia estar passando por isso por causa de um motorista irresponsável. Seu pai estava bravo e sua mãe chorava.
_ Infelizmente, casos como o atropelamento do seu filho são comuns no hospital, uma realidade triste que mata milhares de pessoas todos os anos. Disse o médico.
_ Eu, em coma? Felipe estava abalado com sua condição.
_ Sim, mas é temporário. Felipe olhou para aquele homem que falava com ele.
_ Por que eu não posso voltar para o meu corpo agora? Não quero ver minha mãe e meu pai sofrendo por minha causa. Ele estava desesperado.
_ Você ainda não pode voltar para o seu corpo, vai poder em breve. Ele encarou aquele homem.
_ Quem é você ? Ainda não disse porque está aqui comigo.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Edvania Montenegro
Autora vem cá, você faz isso de propósito né, como você deixa agente nessa ansiedade mulher.
2025-02-27
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Talita Queiroz
vai arrasar de novo concertesa será uma história perfeita
2025-03-21
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Luisa Nascimento
Curiosa com o desfecho que virá!😉
2024-12-30
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