Estamos sentados a mesa. Ela está linda e parece maravilhada ao ver tanta comida. O silêncio predomina enquanto a observo comer, ela tem um apetite de urso, algo que me chama atenção também. Ela não é como as nobres que saio para me divertir as vezes, quebrar a tenção do meu lobo, e minha também, afinal, tenho minhas necessidades, sou homem. Enfim, Sally não é igual as garotas mimadas que se arrastam aos meus pés, ela é diferente. Decido quebrar o silêncio.
— Sally, onde está a sua família? Eles não vieram procurar-te. Só tenho visto o seu irmão Mason.
— Eles não virão, não se importam.
— Os seus pais, eles...
— Senhor William, se me der licença, quero ir pro meu quarto, não estou me sentindo bem.
— Está sentindo algo? Posso levá-la até o hospital.
— Estou bem, só um pouco indisposta.
— Se for pelo que eu disse...
— Está tudo bem, só quero deitar-me um pouco.
— Sally, se quiser, posso ir contigo.
— Obrigada Vick, mas, eu só quero ficar sozinha agora.
Ela sobe as escadas, vejo lágrimas descerem no seu rosto, drog*! Eu e a minha curiosidade sobre essa garota, tinha que ter continuado de boca fechada.
Desde o incidente do almoço, não vi a Sally por esses dias. Tenho organizado os preparativos e cuidado da segurança do" suposto rei". Mesmo que William não seja o rei, tenho que fazer todos pensar que ele é.
Algumas mulheres dessa matilha não me deixam em paz, algumas apenas me encaram, enquanto outras são mais atiradas, não estamos nem na época de acasalamento ainda e elas praticamente se atiram pra cima de mim. Há dias atrás, eu não perderia a oportunidade, porém, agora, essa garota não sai da minha cabeça.
O tão esperado dia chega, o meu amigo william chega a matilha, ele está usando a máscara que eu sempre uso, e com as minhas roupas, não há como não pensar que ele não é o rei.
Olho a Sally de longe, vejo a mãe dela puxar o seu braço, parece estar a ofendendo. Queria poder ir defendela, contudo, não posso sair de minha posição. Ela para de incomodar quando as cornetas tocam, William está descendo da carruagem.
A carruagem é linda, seu acabamento é em ouro. Ela era dos meus pais, é tradição usá-la.
William está usando uma máscara dourada, não dá para ver o seu rosto. Ele desce e vem em minha direção me abraçando.
Todos as pessoas que estão na praça o reverenciam se curvando, e em seguida, ele segue para a casa real.
Já está tudo combinado, já tinha informado William a respeito de Sally, quero a liberdade dela, ela merece a chance de ser feliz.
No dia seguinte, o dia da audiência, acompanho ela até onde será a audiência.
— Está pronta?
— Sim.
Vejo que ela está um pouco nervosa, seguro na sua mão para tranquilizá-la.
— Vai ficar tudo bem.
Entramos no salão.
Ela decidiu usar a capa preta que era obrigada por sua mãe, sinto o seu cheiro sumir, há magia nela.
A matilha toda está lá, bem na frente, na primeira fileira de cadeiras, a esquerda, está a família dela, e a direita está o Alfa Hakan e a sua família.
A levo até o centro e começo a seção .
— Estamos aqui hoje, para atender ao pedido de Sally Walker, ela solicitou uma audiência com o supremo, vamos dar a palavra a ela nesse momento, e saber, o motivo de estarmos aqui.
Olho para ela a encorajando.
— Pode começar a expor a sua causa, Sally.
Quando ela vai começar a falar, é interrompida pelo pai.
— Eu...
— Meu rei, desculpe a minha intromissão, mas, a minha filha não está bem da cabeça, ela teve um acidente e não sabe o que está fazendo. Com a sua permissão, gostaria de tirá-la daqui e levá-la para a casa da matilha, onde é o seu lugar.
Ela está apavorada.
— Isso mesmo supremo, não perca o seu tempo com essa inútil! (ouço a mãe dela falar).
Vejo lágrimas caírem em seu rosto, que tipo de pais são esses?
— Majestade, tudo isso não passa de um engano. Sally é minha companheira destinada, vou levá-la comigo para a casa da matilha, vou marcá-la e fazer ela a minha Luna.
— Silêncio! Não foi dada a oportunidade de falar a vocês, mas sim a Sally Walker, vamos observar o que ela tem a dizer. Pode continuar senhorita. (ordena o rei).
Todos ficam em silêncio e eles tem a oportunidade de falar novamente.
— Vossa majestade, eu sou filha da família Walker, todos aqui presentes sabem, mas, o que ninguém sabe, é que sou amada somente pelo meu irmão Mason que cuidou sempre de mim, e talvez, por Celine que nunca me maltratou, porém, nunca me protegeu. O restante da minha família, sempre me humilhou e tratou-me como uma inútil, uma serviçal. A minha mãe sempre ordenou que eu usasse essa capa preta, e graças a ela, sempre fui vista como aberração.
— Sua ingrata! Como pode falar isso da sua família! (o seu pai grita com raiva).
— Calem-se! Ou, vou expulsa-los!
Prossiga Senhorita.
— Quando encontrei o meu companheiro, por um momento, senti um misto de paz e felicidade, uma saída para minha tristeza, um começo de uma nova vida, pensei em construir uma família com amor. Porém, essa ilusão acabou em minutos, quando escutei o senhor Hakan dizer em voz alta, para todos ouvirem, que não se casaria com uma inútil, uma aberração. Declarou que a minha irmã Lucily Walker, seria sua Luna, e eu, sua serviçal.
Fui colocada para trabalhar na casa da matilha, sendo humilhada por eles. Tudo o que eu quero meu rei, é poder viver sem humilhações, quero poder escolher o meu destino sem ser expulsa da minha matilha ou tornar-me uma renegada.
— Meu rei... Eu...
Hakan tenta falar, mas é interrompido pelo rei.
— Já ouvimos o suficiente Alfa. Quando cheguei aqui, fui inteirado de toda a situação e já conhecia toda a história por trás dessa audiência, antes da senhorita Sally se pronunciar.
O que deseja fazer Sally Walker?
— Supremo, se o senhor me permitir, quero poder rejeitar o meu companheiro sem ser expulsa da matilha e tornar-me uma renegada. E também, quero poder ter liberdade para escolher não voltar para casa dos meus pais. Quero poder ir para Hallstatt e realizar o meu sonho, fazer Medicina.
— Hahahaha! Fazer Medicina? Não tem onde cair morta! (Fala sua irmã Lucily debochando).
— Guardas!
Os guardas ficam em volta de toda família.
— Se interromperem novamente a audiência, serão castigados de uma forma que jamais irão esquecer!
Eles ficam assustados e se calam.
— Agora vou dar o meu veredito.
Sally Walker, tem liberdade para fazer o que o seu coração mandar nesse momento, mas, pense bem, ao rejeitar o seu companheiro, irá sentir uma dor terrível, e quanto a ir para Hallstatt, tem total liberdade, eu ordeno e ninguém poderá impedi-la, e como sei que não tem condições de pagar uma faculdade no momento, a ajudarei.
Falo com William através do elo mental, não quero que a Sally use mais essa capa horrível.
Mais uma coisa, ordeno que nunca mais use essa use essa capa. Agora, tem total liberdade, a escolha é sua senhorita Sally.
Todos estão a olhar para ela, o silêncio em todo o salão é constrangedor, Sally se aproxima do alfa Hakan.
— Sally, não... Por favor, dá-me uma oportunidade de mostrar que eu mudei...
Ele começa a chorar enquanto ela retira sua capa.
Hakan vai em sua direção para tentar abraçar, ela estende a mão e faz sinal para ele parar.
As lágrimas começam a cair em seu rosto novamente, rejeitar seu companheiro não é uma tarefa fácil.
— Eu Sally Walker...
— Não Sally, não, não...
— Rejeito você, Alfa Hakan, como o meu companheiro destinado.
Ele cai no chão de joelhos em desespero.
— Nãoooooo!!!! Sallyyyyy!!!!
Sally parece sentir uma dor muito forte, sei como ela se sente, passei por isso no passado, quando minha companheira me traiu e morreu. De repente, ela perde os sentidos e desmaia.
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Atualizado até capítulo 69
Comments
Fátima Ramos
Era desnecessário repetir tudo o que aconteceu
2025-04-12
0
Elisa Raquel Antunes
vai lutar pelos seus sonhos! 👏👏💚💚💚
2024-07-14
11
ARMINDA
MUITO BEM TER DESLIGADO DESTE BASTARDO DESTE ALFA
2024-06-29
5