Prometi a deusa da lua, que se a garota d 1sobrevivesse, iria ajudá-la a sair desse sofrimento.
No dia seguinte, retorno ao quarto da garota, por infelicidade minha, o seu irmão superprotetor não saio do lado dela. Ao entrar, ele se levanta e vem em minha direção.
— O que pensa que está fazendo aqui?
— Vim ver a garota, como ela está?
— Você não é bem vindo aqui.
— Tenho livre acesso a qualquer lugar dessa matilha, você sabe muito bem disso, beta.
— O que aconteceu? O que fez com a minha irmã? Por que você a atropelou? Eu vou arrancar a sua cabeça!
— Eu não faria isso se fosse você.
— Se pensa que vai se safar...
— Se acalmem rapazes, ela está acordando.
O Doutor se aproxima da garota.
— Sally, consegue ouvir-me? Sou o doutor Charlie, se pode me ouvir, tente abrir os olhos.
Ela começa a abrir os olhos lentamente, acho que a luz está a incomodando um pouco. Ela tem cabelos castanhos e olhos cor de mel, os traços do seu rosto são delicados, a sua boca tem uma tonalidade natural, lembra-me morangos.
Ela finalmente abre os olhos e começa a falar.
— Sally! Minha pequena! O que esse idiota fez com você?
— Ma...Mas..Maso... Cof, Cof, Cof, Cof
Ela tenta falar, mas não consegue. Vejo uma jarra de água ao seu lado, sirvo um copo e entrego a ela.
— Aqui, beba, você irá se sentir melhor.
Ela me olha com um olhar penetrante, pega o copo em minha mão e toma a água devagar.
Fico feliz, pois ela começa a falar.
— Obrigada.
— Não agradeça a ele, ele quase te matou.
(Fala seu irmão inconformado).
Ela me olha novamente.
— Ela veio na minha direção, estava escuro. Eu não a vi.
— Ele não foi o único culpado, irmão. Eu também tive culpa.
— Como assim, eu não sou culpado!
— Você também é, pelo fato de andar a noite com faróis apagados.
— Oh! Isso é verdade, perdoe-me, a floresta a noite é perigosa, eu só não queria chamar atenção.
— Entendo.
— Bem, ela está melhor, os seus ferimentos estão se curando. O seu processo de cura é excelente garota. Vou deixar vocês se entenderem, e depois, volto para examiná-la novamente.
O Doutor sai do quarto.
— Sally? Como está? Eu pensei que você iria morrer, pelo estado que chegou aqui.
— Estou sentindo algumas dores, mas, mesmo que eu não queira, vou sobreviver.
— Não fale isso, irmã. Eu te amo e não poderia viver sem você.
— Também te amo irmão.
— O Alfa me chamou pela conexão mental, vou resolver algumas coisas e já volto para vê-la.
— Não se preocupe, ficarei com ela.
— Você pode ser o beta do rei, mas, se machucar a minha irmã, eu te mato.
O Beta Mason sai e me deixa a sós com sua irmã. Ela me olha com uma expressão assustada, talvez, por ouvir que sou o beta do rei.
— O que fazia sozinha a noite na floresta? De quem estava a fugir?
— Eu...
Antes que ela termine a frase, o Alfa Hakan entra, nos surpreendendo e a fazendo estremecer.
— Sally, o Mason disse-me que você acordou, como está?
Olho para ele, sinto o cheiro que estava nela, é dele! Será que ela estava fugindo do Alfa? Pela sua expressão quando ele entrou, estou totalmente certo.
— Beta, se me der licença, preciso falar a sós com ela.
Olho para a garota esperando algum sinal, sei que ela não quer ficar a sós com ele. Porém, ela acena a cabeça, fazendo sinal que está tudo bem.
Contudo, antes de sair eu falo:
— Se precisar de mim, estarei aqui do lado, no corredor.
— Ela não vai precisar de você para nada.
(Hakan rosna).
— A propósito Sally, o meu nome é William.
Falo saindo.
Fico ao lado da porta, sei que é errado, mas preciso fazer isso.
— O que você fez? Quase morreu Sally! Não imagina a dor que senti, ao pensar que iria te perder!
— O que mais você quer de mim Alfa? Tirar a única coisa que me resta? A minha dignidade?
Porque os meus sonhos fez questão de frustrar, me fazendo ser sua serviçal pelo resto da minha vida, vendo, o meu companheiro destinado, constituir uma família com outra mulher, que afinal, é a minha irmã.
— Sally, eu vou consertar isso...
— Não Alfa, isso não tem mais concerto. Você quebrou o meu coração. E além disso, o povo da matilha, não me vê como uma boa e futura Luna, graças a você. Continuará com a minha irmã. Eu não quero...
— Não ouse terminar essa frase, Sally! Se você me rejeitar, sabe o que vai acontecer? Será banida da matilha, se tornará uma selvagem, sozinha, sem ninguém. Terá que matar para sobreviver, e nunca mais verá o seu querido irmão e a sua família. E se o Mason tentar ajudar-te, ele será morto como punição, ao ajudar uma selvagem.
— Não! Não pode me banir, você me rejeitou primeiro!
— Eu não a rejeitei totalmente. Eu não disse as palavras. O nosso vínculo, ainda existe. E em breve irei marcar-te, e ficará ainda mais forte. Não terá como fugir novamente. Irei marcá-la assim que sair desse hospital.
Vejo o doutor vindo e me afasto.
Ele entra no quarto.
— Com licença Alfa, preciso examiná-la novamente.
— Faça o seu trabalho Charlie, e assim que a Sally receber alta, me avise, virei buscá-la.
Até mais companheira...
O Doutor a examina novamente.
— Pela deusa! Eu nunca vi ninguém se curar assim tão rápido! Nem o próprio Alfa.
— Como assim?
— Sally, do jeito que você chegou aqui, um lobo normal, não teria sobrevivido.
Eu não contei a ninguém, mas, você estava com duas vértebras quebradas e uma trincada. Três das suas costelas, estavam quebradas e perfuraram os seus órgãos vitais. Em quinhentos e setenta e oito anos que sou médico, nunca vi isso acontecer.
— Acredito que, a deusa da lua, quer me ver sofrer mais um pouco.
— Não fale assim menina, você tem muita vida pela frente.
Bato novamente na porta. Toc, Toc.
— Pode entrar.
Entro no quarto e a garota olha-me com um olhar curioso.
— Doutor, preciso falar com a paciente a sós.
— Você concorda Sally?
— Tudo bem doutor.
O Doutor sai e nos deixa sozinhos.
— Sem ao menos perguntar, as pessoas já me contaram um pouco da sua história.
— O que eles te contaram?
Ah, espere, deixe eu adivinhar...
A garota estranha e inútil, usa uma capa preta para se esconder, por vergonha. A companheira do Alfa, mas que não merece se tornar Luna, pois, ainda ninguém viu a sua transformação. Ela foi humilhada pelo Alfa e a sua irmã, no dia da coroação. Declarada pelo Alfa como serviçal, da casa da matilha.
— Bem, parece que você sabe o que as pessoas falam ao seu respeito. O que fez para que o Hakan te tratasse assim?
— Sério? Preciso responder a isso?
— Na verdade, a escolha é sua. Não precisa responder se não quiser...
— Sabe, nem todas as mulheres, são como a falecida companheira do rei.
Fecho os meus punhos, como ela ousa falar assim! Isso me traz más lembranças. Depois que minha companheira me traiu, nunca mais confiei outra mulher. Me recomponho e falo novamente com ela.
— Então me diga, porque as pessoas te tratam assim?
— Talvez, porque eu nasci.
— Você não o ama? Digo, o Alfa?
— Acho que já contei demais da minha vida para um estranho.
— Desculpe, eu só queria ajudar.
— Ninguém pode me ajudar.
— Está enganada. O rei, ele pode te ajudar, bem, se você estiver precisando de sua ajuda.
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Atualizado até capítulo 69
Comments
ARMINDA
ENTÃO WILLIAM REI QUER AJUDA-LA URUUUUU
2024-06-29
17
Mellika Duarte
que lindo 💗
2024-06-09
1
Biah
só o rei certeza???
2023-11-14
5