Dois meses passaram-se, depois que, vim morar na casa da matilha.
A minha irmã sempre procura lembrar-me o meu lugar, e que, ela será a Luna.
A cerimônia da união entre Lucily e o Alfa foi adiada. O Rei de todos os lobisomens está vindo para nossa matilha.
Tudo está sendo preparado aos mínimos detalhes, para recebê-lo.
O rei ficará numa casa grande separada, somente para ele, o seu beta, e seus guerreiros.
Casa da matilha dos guerreiros
Casa onde o rei Alfa ficará hospedado.
Alguns empregados mais antigos, de confiança e, mais eficientes, foram separados para cuidar do rei e a sua comitiva. Como sempre, eu fiquei de fora, não posso aproximar-me, nem para ver o rei.
Tudo o que sei sobre o rei, foi a Anastácia que contou. Ela é a cozinheira que trabalha comigo na casa da matilha, nos tornamos amigas, apesar dela ser uns vinte anos mais velha do que eu. Anastácia é casada com o seu companheiro, tem com 4 filhos. Ela ajuda-me em alguns afazeres, mesmo não aceitando a sua ajuda, pois, não quero vê-la sobrecarregada.
A Anastácia falou-me que o rei tinha a sua companheira, mas, ela foi morta pelo beta e amigo do rei. Ela traiu o rei e tentou matá-lo. Faz sete anos que a rainha morreu e ele não se casou novamente.
Ninguém nunca viu o seu rosto, a não ser os seus pais e o seu amigo. Ele usa uma máscara dourada. Talvez tenha algo a esconder como eu, ou, é porque é bem feio mesmo.
Dizem que o seu Lycano é uma fera monstruosa, muito poderosa, e forte. Ele rasga os seus inimigos ao meio e arranca as suas cabeças. Soube que a falecida rainha o envenenou, por isso, quase o matou. Depois disso, ele começou a usar as mulheres e nunca mais quis se casar novamente.
Estou a limpar as escadas e escuto a minha irmã conversando com Hakan. Como sempre, ela quer gastar muito dinheiro, com jóias, roupas dos melhores estilistas, spar e muito mais. As vezes, o Hakan perde a paciência, Lucily não age como uma Luna preocupada com o seu companheiro e o seu povo. Ela só pensa nela mesma, mas, ele merece, pois foi ele que a escolheu.
Penso que estou me conformando com essa vida de solidão, realmente, o meu destino é não ser amada. Eu não queria muito, nem luxo ou riqueza, só queria um lugar simples para se chamar de meu, e talvez, um companheiro que me amasse como sou, sem me chamar inútil ou aberração.
Por favor, deusa da lua, ajude-me.
Lucily pede para ir pro spar, o Alfa dá o seu consentimento, de tanto ela insistir.
— Meu benzinho, uma Luna tem que andar conforme o seu status.
— Você ainda não é Luna, Lucily, mas, vou deixar você ir, assim me deixa em paz.
— Sei que vai sentir a minha falta, meu bem. Mas, logo estarei de volta. Agora, ordene aquela imprestável que suba e venha arrumar as minhas bagagens.
Ouço passos vindo em minha direção.
— Sally, sei que deve estar ocupada, é que, sua irmã, pediu que a chamasse.
— Estou indo senhor.
— Sabe que não tem que me chamar de senhor, chamar-me de Hakan.
— Como?
— Nós somos companhei...
— Eu sou uma serviçal nessa casa Alfa, e minha irmã, e a senhora dessa casa, sua companheira. Com licença, vou fazer o que me ordenou.
Ultimamente, o Alfa tem agido estranho, é como se tivesse arrependimento na sua voz, todas as vezes, que se aproxima para falar algo. O vínculo de companheiro ainda existe, pois, sinto vontade de estar perto dele, mas, é somente o vínculo, não quero nunca ser sua Luna e viver ao seu lado, como sua companheira. Ele me humilhou muito, nunca irei perdoá-lo. Prefiro viver a minha vida sozinha, como uma serviçal.
Subo e vou arrumar as bagagens da minha irmã, tudo é muito exagerado, jóias, roupas, e calçados extravagantes.
— Olhe para isso Sally, pois, tudo o que você pode fazer, é apenas olhar. Nunca vai ter uma vida maravilhosa com a minha.
— Eu não quero uma vida assim.
— Ah! Ah! sua inútil, pensa que me engana? Sei que quer roubar o Hakan de mim, mas, ele nunca vai querer você. Eu vou para o spar, e quero você bem longe do meu Alfa.
— Não se preocupe irmã, ficarei o mais longe possível, eu prometo.
Ela sai e eu carrego tudo para o carro, o motorista tenta ajudar-me, mas, Lucily o impede.
Depois de me humilhar o bastante, ela entra no carro e segue viagem.
É noite, terminei tudo o que tinha que ser feito, sem a Lucily aqui, o trabalho é menos e posso descansar.
Tomo o meu banho e visto um moletom confortável, pois, está fazendo muito frio. Seco o meu cabelo e começo a ler um livro. Estou a voar na imaginação, sendo a protagonista da história, quando sou tirada da minha fantasia por uma batida na porta, é a Anastácia.
— Menina, o Alfa pediu que lavasse o jantar dele, no quarto.
— Por que ele não pode pedir isso a senhora, ele sabe que a Lucily me quer longe. Desculpe Anastácia, é que...
— Eu sei menina Sally, se pudesse, eu levaria, conheço a sua história, mas, o Alfa ordenou que fosse você.
— Tudo bem, eu vou.
Pego o jantar e levo ao quarto do Alfa. Estou com tanta raiva que esqueci de colocar a capa, bato na porta, e ele me manda entrar.
Que me*da!
Ele está apenas de cueca box.
Levo um susto, coloco a mão esquerda no rosto e fecho os meus olhos.
— O que foi Sally? Não me diga que nunca viu um homem seminú?
— Para falar a verdade, não alfa. E isso é impróprio, o senhor é o Alfa, futuro marido da minha irmã.
— Você é...
— Virgem, sim, eu sou. Nunca me entreguei a nenhum homem.
— Fico surpreso e feliz em saber, você tem todo o direito de me ver assim, é a minha companheira.
Eu não consigo mais me controlar e a minha raiva assume.
— Eu perdi o meu direito sobre você, e você sobre mim, desde que me humilhou na frente de toda a matilha, e escolheu a minha irmã para ser sua Luna!
Termino o meu desabafo colocando o jantar em cima da mesinha ao lado da cama.
— Eu preciso ir...
Ele me puxa de vez, e me abraça, tento sair dos seus braços.
— Sally, me arrependo de tudo que fiz e que, falei. Eu amo você, a sua irmã não serve para ser minha companheira, eu não a amo. Me perdoa...
Eu nunca vi sua loba, mas, eu te aceito, assim, do jeito que você é, não importa o que digam, eu vou te amar e fazer de você minha Luna.
Ele fala tentando beijar-me, o vínculo de companheiro faz-me desejá-lo, mas, isso não vai fazer, eu me humilhar.
— Você nunca vai me ter Hakan.(Falo dando um chute nas suas partes baixas e saio correndo sem olhar para trás).
— Você não vai conseguir fugir de mim, Sally! Estamos destinados um ao outro.
Corro o mais rápido que posso, não sei explicar, mas, a velocidade que consigo correr no meu corpo humano, é sobrenatural.
Quando olho ao redor, já estou na estrada principal, no meio da floresta.
Não paro de correr, sinto que Hakan está furioso e virá atrás de mim. Quando de repente, não percebo o carro com farois apagados, vindo em minha direção, e crash!
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Atualizado até capítulo 69
Comments
ARMINDA
EITAAAAA QUE MMMMMM.
2025-01-27
4
Maria Figueiredo
mas que idiota a humilhou aí da fala que ama tomara que o rei encontre ela logo
2025-01-05
1
Natacha Manoell
fique pobre
kkk
2025-01-05
1