Levo meus bebês para a creche no carrinho que deu pra comprar com um dinheirinho que sobrou, e volto para casa pra fazer uma faxina depois de enviar vários currículos.
Depois de passar o dia procurando emprego na Internet em sites, vejo que é 16h40 da tarde falta 20minutos para as crianças saírem, pego a chave do carro e vou em direção a creche.
Já na entrada da creche abraço e beijo meus bebês e coloco eles nas cadeirinhas
–Como foi o dia hoje meus denguinhos?
Pergunto ligando o carro
– Foi muito legal mamãe— fala Miguel— hoje o amidinho cholou com xodade da mamãe dele, eu dixe pla não cholar potê logo a mamãe dele ia atlás dele
–Aí ele não cholou mais, bincou muintão–Aurora fala abrindo os braços mostrando como é muitão.
–Isso mesmo denguinhos tem que ajudar o amiguinho a se adaptar na creche.
–Oti é Alaptar?– falam juntos me olhando com os olhinhos azuis curiosos, quase me fazendo derreter de tanto amor, como o sinal tá vermelho olho para trás e explico
– quando falo Adaptar significa acostumar, como vocês, quando eu deixo vocês na creche não choram mais né?– pergunto e eles concordam– então, ele precisa de ajudar para se acostumar também, se adaptar na creche, ele precisa de amiguinhos.
Termino de falar e volto a movimentar o carro e eles ficam pensativos, provavelmente se acostumando com a palavra nova.
Logo chegamos em casa.
Dou banho nos meus denguinhos e eles fazem uma bagunça enorme, coloco desenho na TV e uns blocos na sala porque eles gostam de brincar enquanto assistem e vou para a cozinha preparar o jantar.
19h Luísa chega, nos comprimenta com beijos rápidos e vai tomar banho, logo volta e me ajuda com o jantar, depois de todos devidamente cheios, continuamos na sala assistindo Madagascar pela milésima vez, não enjoo nunca.
–Como foi o dia mana?–
–Estressante, a Brenda dá em cima de todo macho que chega naquela recepção e não trabalha direito deixando tudo pra mim– fala visivelmente cansada
– Mas ela não tem uma amiga que fez brigadeiro- digo e no mesmo instante seus olhos brilham de felicidade— vou pegar
As crianças sabem que não podem comer chocolate a noite e nem pedem mais.
Pego duas colheres e o prato com brigadeiro e me sento ao seu lado.
– Dona Sônia secretária do chefão tá atrás de uma secretária para o lugar dela— diz
– e você vai se candidatar?—Pergunto e ela me olha ofendida, mas oque?
– prefiro aturar a vaca da Brenda– rio da sua cara de quem tá falando muito sério— te indiquei espero que dona Sônia ligue pra você.
– você é má, se o chefão é tão ruim assim, porque você quer que eu trabalhe com ele?– a encaro como se tivesse nascido um terceiro olho nela.
– porque você tá precisando de um emprego? E o salário é ótimo— fala como se fosse o óbvio, e é.
–Verdade, obrigada mana— falo e pisco, ela joga um beijo eu finjo que desvio e ela me olha indignada
— Falsa— Diz e gargalho
–Então, como foi o encontro ontem?— pergunto interessada na fofoca, já que minha vida sexual desde que eu engravidei nunca mais foi ativada, devo tá virgem de novo.
–fora o bafo, não teve algo memorável— Diz fazendo cara de nojo
– não acredito
– Sim, quase eu desmaio quando ele veio me dar um beijo e eu não sabia oque fazer, então dei um tapa na cara dele e disse que era um mosquito – não aguento e caio na gargalhada— ele ficou o resto do jantar me encarando como se eu fosse louca.
– Eu nem sei mais oque é encontro–e eu nem tô mentindo– coloca Na lista assim "encontro 06 boca de privada"
Falo e ela rir tanto que chora, ah coitada.
— só você mesmo olha pra me fazer sorrir desse encontro desastroso.
–você não sai porque não quer, já disse que fico com as crianças pra você tirar as teias de aranha sem problemas— eu sei que é verdade, mas sinto que não tô preparada. Segura minha mão me dando força.
— eu sei, só não tô preparada, quando eu tiver eu vou dar tanto que vou ficar assada.— Falo baixo só pra ela escutar.
—essa eu pago pra ver.
... ************
No dia seguinte depois de levar meus denguinhos pra creche as 7h30 vou entregar currículo. Já é 13h quando meu celular toca.
— Alô?— Fala uma mulher—gostaria de falar com a senhorita Ana Fernandes.
—sou eu mesmo, quem gostaria?
—me chamo Sônia, Luísa me passou seu contato sou da Rossi arquitetura &engenharia Rossi ligamos referente a vaga para secretária, gostaria de marcar uma entrevista amanhã pela manhã às 9h tudo bem?
—Sim claro que sim— Falo muito animada.
...
Depois de deixar as crianças na creche Luísa e eu seguimos para a empresa onde ela trabalha, como íamos para o mesmo lugar ela foi comigo.
—Amiga te desejo toda a sorte do mundo, você vai conseguir— diz e me abraça
—obrigada, se for pra ser, será— falo e rimos, nos despedimos e fui para o andar solicitado, que não seja o chefão a me entrevistar, pedi mentalmente.
Assim que chego no andar me deparo com uma recepção enorme e uma senhora concentrada em organizar os papéis em sua mesa. Assim que levanta a cabeça me olha e sorrir
– bom dia, você é a senhorita Ana Fernandes?– me pergunta com um sorriso doce, gostei dessa senhora.
– Sim, bom dia – Respondo dando o meu melhor sorriso– e a senhora deve ser a Famosa Sônia?
–Famosa?– Pergunta com o cenho franzido
– Sim, ouvir dizer que a senhora é uma das poucas pessoas que consegue suportar o humor do homem de gelo.
Digo e ela me encara de forma estranha, na mesma hora arregalo os olhos quando percebo que falei besteira, não dou uma dentro, misericórdia, mas ela me surpreende e começa a rir, rir tanto que sai lágrimas de seus olhos.
– Garota eu gostei de você– fala e me abraça de lado– vem, vamos pra sala de reuniões conversaremos lá.
Vamos andando, e entramos em uma sala com uma mesa de reuniões enorme com 12 cadeiras, tem uma tela enorme na parede da frente e no canto direito a um sofá acho que é para quando alguma secretária participar, nos sentamos e damos início, depois de 30 minutos de conversa, já estou menos tensa.
–É basicamente só isso, atender o telefone, anotar e passar os recados para o senhor Rossi, manter os documentos, arquivos todos no lugar, participar de um almoço ou anotar alguma informação importante nas reuniões, mas é poucas vezes que isso acontece, e servi um café com 3 gotas de adoçante de vez enquanto, que rapidamente o humor dele melhora, esse é o meu truque.
Ela fala piscando e parece que não é muito difícil pra fazer, já trabalhei na oficina do meu pai, atendendo e anotando recados.
–Tudo bem, se eu for contratada darei conta, e o horário de entrada e saída?
– Ah é a melhor parte, entra as 8h e sai as 16h30.
Fico animada na hora, não vou precisar mais pagar a Laura que pega as crianças na creche e fica até eu ou a Luísa chegar em casa.
–Isso é ótimo— falo muito animada e ela me olha e posso ver as engrenagens rodando na sua cabeça.
–Você tem filho né?
–Isso é um problema para a empresa?– pergunto temerosa ela sorrir e nega, eu fico aliviada – tenho sim, são gêmeos, Aurora e Miguel eles tem 2 anos .
É impossível falar dos meus denguinhos sem deixar o sorriso bobo escapar e os olhos brilhar.
– Pela sua cara eles são tudo na sua vida.
–eles são a minha vida.
Ela sorrir e por fim diz
– vamos fazer um teste, você vai no Rh agora deixar seus documentos e amanhã você começa pode ser ?– arregalo os olhos na hora.
–pode, claro– aliviada é meu sobrenome – nem sei como agradecer.
– agradeça fazendo seu trabalho certo e suportando o senhor Rossi— fala rindo— eu preciso me aposentar e tirar férias infinita com meu marido– fala com um sorriso bonito mas o olhar é de malícia. Misericórdia.
–Sendo assim vou lá no Rh– me levanto e estendo a mão, mas ela me puxa e me abraça.
– nada de aperto de mão, gosto é de abraço. Boa sorte meu bem, nos vemos amanhã.
Entrei nervosa, e saio mais sorridente que o gato da Alice, parece até que tô fazendo comercial colgate total 12.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Francisca Nubia Da Silva De Castro
Como é mágico ter essas fofuras em casa! ❤❤❤❤❤❤
2025-03-22
2
Marcia Silva
BBS de dois anos não falam assim não,
2025-03-24
0
Cleusa Arlete Morais Caldeirão Caldeirão
Com meus pequenos era o Rei Leão 🦁
2025-03-06
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