Os meses passaram-se rápidos de mais, na primeira ultra descobrir que estava com 7 semanas, o trabalho no mercado nas primeiras semanas foram difíceis de acostumar, mas logo depois peguei a prática, mesmo com o gerente no meu pé, mostrando aquele sorriso que me dava ânsia.
Hoje com 4 meses descobrir que estava grávida de gêmeos e pude descobrir o sexo dos bebês, ambos estavam com as perninhas abertas, um príncipe e uma princesa, após o transe, chorei tanto que uma cachoeira teria inveja de tanta água que saiu dos meus olhos.
A barriga estava crescendo rápido de mais, e dessa vez assim que cheguei no mercado teria que ir à gerência contar.
Ainda não foi preciso contar, nas consultas ou exames, Márcia outra caixa sempre me ajuda.
Chego no mercado e vou direto falar com Alexandre, Chego a porta suspiro e dou dois toques
— Entre— ele diz e quando entro ele parece surpreso em me ver lá, já que sempre o evito quando posso- então em que posso te ajudar?
Entro dou forço um sorriso e então falo
— Estou grávida
— E o que eu tenho a ver com isso sou o pai por acaso? Que eu saiba a senhora nunca quis ter nada comigo— fala parecendo que está com raiva.
— Só vim avisar porque o senhor é o gerente, julguei que deveria comunicar sobre a minha gravidez — falo sem um pingo de paciência, hormônios, tudo é culpa deles.
Ele estica-se na cadeira, e me encara posso com certeza afirmar que estava com raiva.
— Você por um acaso já sabia da gravidez quando veio pedir emprego? — diz com ódio, é meus amigos é agora que eu me lasco?
— claro que não!— globo tá me perdendo— se eu soubesse com certeza teria dito— Fernanda Montenegro com certeza estaria orgulhosa agora.
— tudo bem, já que não posso demitir uma grávida, pode continuar no seu trabalho, mas não vai acreditando que terá regalias, vai trabalhar até a hora que for ter o bebê— fala nada contente, e eu preciso do emprego então engulo em seco e concordo.
— tudo bem, posso voltar ao trabalho agora senhor ?— Pergunto mantendo a voz calma.
— Sim, afinal é só isso que a senhora pode fazer por mim agora— finjo não entender e vou direto para o banheiro e lá permito-me chorar um pouco.
Depois de trabalhar no modo automático, pego um ônibus e vou para a pensão. Quando chego vendo que a Luísa não chegou ainda tomo banho e desço converso com alguns moradores e resolvo subir para o quarto. Algum tempo depois a porta é aberta e entra Luísa, dona Joana, Adriana e Alice com um prato de brigadeiro.
— oi filha viemos comemorar—dona Joana diz me abraçando.
— sim, no nosso melhor estilo— fala me dando um abraço e sorrir — com brigadeiroooooo
Ela fala dando pulinhos e logo Alice se junta a ela. Adriana me abraça também.
— por favor me diz que conseguiu descobrir o sexo do bebê— Adriana fala sentando na minha cama.
— Que rufem os tambores — Digo e elas começam a fazer como se estivessem realmente fazendo— É uma meninaaaaa— elas pulam comemorando e logo acrescento- e um menino.
Elas param a comemoração e parece que estamos brincando de estátua, o silêncio é tanto que juro ter ouvido um mosquito passando pra lá e pra cá, e derrepente Luísa pula e da um grito
— EU NÃO ACREDITOOOOO—fala vindo me abraçar e pulando, quando eu começo a pular ela para— Não maluca não pode, aí meu Deus, você tem que parar de trabalhar? Vai poder subir as escadas?
Misericórdia e agora são dois? O que a gente vai fazer? Mas não se preocupa Porque eu vou te apoiar em tudo.
— Te ajudo com tudo que eu puder, pode contar sempre comigo— Adriana diz entrando na roda do abraço.
— E esses bebês vão ter a vovó mais coruja que essa cidade já viu— Joana nos envolve também nos braços maternos dela e logo Alice entra no meio nos fazendo rir.
— Eba dois bebês para brincar comigo— ela diz muito animada.
E eu começo a chorar por saber que tive tanta sorte em encontrar essas três mulheres e essa criança maravilhosa que me acolheram como se eu sempre fizesse parte da vida delas.
Depois de muitos abraços e brigadeiro estamos sentadas eu e dona Joana na minha cama com Alice fazendo carinho na minha barriga já com uma elevação pequena, Adriana e Luísa estão na outra cama.
—então, eu estava pensando em comprar uma casinha aqui perto— começo e elas me olham pensativa— eu tenho um bom dinheiro guardado, como logo que cheguei consegui um emprego não mexi no dinheiro.
Falo e as três suspiram e Luísa começa
—como eu disse tudo oque você fizer vamos te apoiar.
— eu te ajudo na mudança—Adriana diz
— O seu Jonas tá vendendo a casa dele porque foi embora pra Rondônia morar com a mãe depois que ela sofreu um AVC tadinha- dona Joana diz e lamenta— tenho o número dele posso falar com ele.
Fala e sinto uma esperança enorme, não acredito que vou ter minha própria casa, se Deus quiser vai da tudo certo. Depois de muita conversa e planos futuros elas elas saem, e ficam só eu e a Luísa.
—sabe eu gostaria que você fosse morar comigo, até você conseguir sua casa própria—falo e ela fica me encarando com os olhos arregalados— claro se você quiser.
Ela levanta e começa a andar de um lado para o outro e não fala nada, caminha na minha direção senta na minha cama, pega na minha mão me olha e vejo seus olhos marejados.
—Nada me faria mais feliz— suspira — mas você vai ter dois bebês, vai precisar de espaço e eu não quero atrapalhar você, meu padrasto sempre dizia pra minha mãe que não via a hora de eu sair de casa porque eu era um incômodo uma presença indesejada— diz e chora, eu abraço o mais apertado que consigo, essa parte ela ainda não tinha contado, eu posso imaginar como ela se sente.
—você nunca vai ser um incômodo, eu vou amar ter você morando comigo— digo e vejo ela sorrir.
— Sendo assim, pra onde você for eu vou—diz com convicção.
Ela é uma irmã que eu sempre quis, e no que depender de mim seremos unidas até quando formos velhinhas e estivermos varrendo calçada juntas e fofocando da vida alheia.
.....
Mas quatro meses se passaram e hoje estou completando 8 meses, e minha barriga parece que vai explodir, meus bebês são calminhos, o que agradeço não sei se aguentaria uma bagunça na minha imensa barriga.
Ainda estou trabalhando, como o cretino do gerente disse, eu não terei regalias, mas consegui que ficasse em casa até quando os bebês fizessem 4 meses, oque foi um alívio, fico triste só em pensar em deixá-los.
Faz uma semana que Luísa e eu nos mudamos, conseguir comprar a casa do seu Jonas, como ele queria se desfazer do imóvel que pra ele era uma preocupação a mais ele vendeu um pouco abaixo do preço e que me perdoe senhor cristinho sei que é errado mais eu agradeço por isso, a casa tem 3 quartos sendo 1 suíte, uma cozinha, sala, banheiro, lavanderia e um pequeno quintal.
Eu fiquei com a suíte, Luísa com um, os dois bebês vão ficar juntos no outro quarto, que acabamos de arrumar suas roupas nesse exato momento.
—até que enfim, não aguentava mais, eles estão muito felizes porque não pararam um segundo se quer hoje, tô ate com uma contração levinha, mas acho que é pelo esforço— digo passando a mão na minha barriga.
—foi trabalhoso mas ficou lindo— Luísa fala encantada— mas se sentir algo a mais nós vamos para o hospital— diz séria.
—Tudo bem, Obrigada por tudo, pelo apoio, por sempre me ajudar desde o início— falo e nos abraçamos e no momento seguinte sinto uma contração e algo escorrer nas minhas pernas.
—Não acredito que você fez xixi em mim, tá parecendo cachorro quando encosta em um pneu de carro— fala rindo
— claro que não fiz xixi em você sua maluca, a bolsa estourou— Falo e na mesma hora ela fica parada encarando o chão, e do nada começa a correr.
— meu Deus eu não estava preparada, e agora —Para um momento— já sei, já sei respira, faz cachorrinho e força pra fazer cocô, vai ficar tudo bem— ela anda de um lado para o outro fazendo respiração cachorrinho e eu fico parada encarando a coitada, isso porque sou eu que tô sentindo dor.
— Luísa, calma— digo tranquila— você pega as bolsas que preparamos pra levar pra maternidade e eu chamo um uber— falo ela para de andar e me encara, do nada arregala os olhos e grita.
—OS BEBÊS VÃO NASCER, SOCORRO—e saí correndo, balanço a cabeça rindo, mas paro quando volto a sentir uma colica mais forte, que Deus me ajude.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Keila Mar
kkkk rindo e lembrando que minha tia se trancou no banheiro quando entrei em trabalho de parto
2025-03-18
3
Gloria Katia Baffa
Deus colocou uma pessoa na vida dela pra ser sua irmã
2025-03-08
1
Sheila Caldas
qd o CEO vai aparecer nessa historia
2025-03-15
0