Conversamos um pouco, logo caímos no sono, acordamos na segunda e última parada antes da chegada e logo cochilamos um pouco mais, quando acordei vi que a Luísa já estava acordada mexendo no celular.
—Oi! dorminhoca—ela diz animada—falta pouco mais de 1h pra chegarmos.
Olho no relógio e vejo que já é 4h da madrugada.
—Oi — falo ainda bocejando— na minha atual condição o que mais faço é dormir
Depois de um dia de merd" e uma noite sentada no ônibus eu estou toda dolorida, misericórdia parece que um caminhão me atropelou e não deu tempo nem de anotar a placa.
— Que atual condição?— pergunta interessada, curiosa que chama?
— descobri hoje que estou grávida, possivelmente de quase 2 meses.
—nossa que legal, a minha mãe costumava dizer que filhos são bênçãos.— também acredito nisso.
Consigo observar os seus olhos brilhando e um sorriso de saudade ao falar da mãe, resolvo que é conversa pra outra hora
— Sim,— falo e abaixo a cabeça não querendo começar a chorar de novo.
— a sua família te expulsou de casa né? — ia perguntar se ela tem bola de cristal, já ia querer saber o número da megassena, mas deve tá na minha cara a minha situação de tanto que eu já chorei.
— sim, e peguei o meu namorado com a filha da minha Madrasta e detalhe ela está grávida— falo deixando lágrimas rolarem— e eles vão se casar em breve.
Fechos os olhos com força tentando não imaginar a cena deles felizes rindo de mim..
Ouço um suspiro e um "mas que filhos da p.ta
— Eu estava pensando, você disse em um recomeço, você tá indo para casa de algum parente?
Suspiro pensativa sobre para qual rumo tomar assim que desembarcar.
— na verdade, não sei —digo a verdade—eu vou ficar pelo menos 1 dia num hotel baratinho para descansar um pouco e procurar um lugar para morar.
Só de pensar que isso pode demorar eu já fico mais cansada e angustiada do que eu já estou.
—Sabe quando eu vim, também fiquei sem rumo, mas por sorte alguém indicou-me uma pensão só para mulheres em busca de um recomeço e ainda estou lá, se quiser pode ir comigo.— Diz e eu arregalo os olhos o maior que eu posso
— você não tá brincando comigo certo?— digo ela sorri e balança a cabeça— tudo bem, é muito caro?— não posso gastar muito apesar do dinheiro que eu tenho, não sei quando vou arrumar um emprego, então tenho que poupar o máximo.
Desembarcamos ela me ajudou com as malas e pegamos um táxi ela passou o endereço para o motorista e assim seguimos viagem.
— A pensão é grande tipo um hotelzinho, só para mulheres tem uma que tem uma filhinha, que é um amor de criança, cada dia que passa eu me apaixono mais
— espero que tenha um quarto ou uma cama disponível— falo já imaginando uma cama macia e lençóis quentinhos
— a tem sim, tem quarto que é só para uma pessoa que gosta de privacidade e tem como o meu que é dividido, mas a minha companheira de quarto acabou de se mudar foi morar com o namorado- ela sempre dá informação toda assim?
— então quer dizer que no seu quarto tem uma vaga? Falo já com os olhos brilhando
— sim,— concorda e logo acrescenta—se dona Joana não tiver alugado para alguém nesses dias que tive que vim na minha antiga casa pegar uns documentos importantes.
— jesus Maria e José que eu tenha sorte pelo menos hoje— falo como se estivesse orando
— deixa de ser boba — fala empurrando o ombro com o meu— se não tiver no mesmo que o meu terá outro— assim espero — escolhi dividir por ser mais barato.
— então será nesse que ficarei.
Depois de 30 minutos chegamos, paguei o táxi era o mínimo que eu podia fazer, ela agradeceu e logo seguimos ao portão e surpreendo-me em ver como é grande e a aparência é de que renovam a pintura todo o ano Luísa me encara e diz
— é lindo né? Eu também amei, e você vai amar ainda mais a dona Joana.
Logo que entramos por ser muito cedo e em pleno sábado não tem movimento mais vinha uma mulher por volta de 50 anos na nossa direção ela sorrir simpática e vai abraçando a Luísa
— que bom que já chegou minha filha, espero que tenha dado tudo certo na sua viagem. — Fala soltando ela e virando-se para mim— e quem é essa bela moça? Diz-me abraçando do nada e eu estava realmente precisando porque saiu quase um abraço maternal.
— foi tudo bem dona Joana, essa é a Ana, veio recomeçar também— fala me olhando como se quisesse me passar confiança— ela está querendo um quarto, a cama no meu quarto já foi ocupada?— fala encarando dona Joana.
— não, mas agora parece que estar— sorrir para mim e eu concordo — bom então mostre a ela o quarto vão tomar um banho e descansar um pouco deixo um café separado para vocês quando acordarem. Diz e eu agradeço muito por isso.
Luísa então pega a minha mão e conduz-me em direção às escadas e fomos até a quinta porta e entramos.
— Essa do lado esquerdo é a minha cama, e você fica com a do lado direito e aquela cômoda tudo bem?— Diz apontando para a cômoda e a cama.
Olho o quarto e vejo que não é tão minúsculo como imaginei cabe duas camas de solteiro e duas grandes cômoda
— por mim tudo bem, obrigada mesmo, vou ser eternamente grata— falo abraçando e já chorando, mas no momento com um sentimento de gratidão enorme, de Ana banana virei Ana chorona.
— você faria o mesmo por mim, tenho certeza— fala retribuindo o meu abraço e dando um beijo na minha testa ela é pouquinha coisa mais alta— vem vou te mostra o primeiro banheiro o que é mais perto.
Fui para o banheiro já levando uma toalha e uma camisola de seda preta e produtos de higiene pessoal.
Depois de uns minutos entro no quarto e, ao mesmo tempo Luísa também por usar o outro banheiro.
— hoje fomos rápidas porque não tem muita movimentação já que a maioria não trabalha dia de sábado e nem domingo, mas dia de semana é quase impossível usar o banheiro nesse horário— fala se jogando na cama.
— imagino— falo e apago a luz— bons sonhos para nós e mais uma vez obrigada mesmo— deito e coloco a mão na minha barriga pedindo silenciosamente que dê tudo certo nessa nova caminhada e então entro no mundo dos sonhos.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Érica Reis
Eu já li essa estória e vou reler kkkk
2025-03-10
0
Vilma Pereira
Meu bem deposita logo esse dinheiro
2025-03-18
1
Anonymous
Já gostei da história
2025-03-25
0