Capítulo 11

...Paolo Salvatore…

Acordo pela manhã, e já me vem a Fiorella na cabeça, aquele rostinho lindo que ela tem me fascinou, levanto rápido, pois tem várias coisas para resolver, achamos uma discrepância, em alguns livros caixas, que tenho que olhar de perto, as contas não batem, e não sei quem teve a ousadia de roubar nossa família, todos sabem que não toleramos ladrões, e fazemos com que a morte de um ladrão sirva de lição.

O primeiro rosto que observo a mesa, e o da minha irmã, inclusive foi ela quem descobriu tudo na noite passada.

— Iaê maninho! Hoje o dia vai ser longo hein! Tentando pegar esse gabiru… ela fala sorrindo.

— É né, não sei como não vi antes!

— você não tem os olhos aguçados como os meus... ela responde presunçosa.

Com poucos minutos chega os meus pais, e sentam na mesa.

— Bom dia! Meus filhos, como estão hoje… minha mãe pergunta.

— Eu estou bem mãe, não vejo a hora de irmos para casa de praia… minha irmã fala toda entusiasmada.

— tô bem mãe!…eu respondo.

Minha mãe fala que nem lembrava da nossa ida para casa de praia, mesmo sabendo que fazemos todos os anos, no aniversário da minha irmã, a coitada fica meio desapontada, e faz biquinho igual criança, fazendo minha mãe se levantar e ir até ela, fazer carinho enquanto pedia desculpas.

Meu pai não fala uma palavra, e sei que quando ele está assim, a raiva o está consumindo, terminamos o café matinal e pego meu carro, para ir até o escritório, pego todos os relatórios, e começo a estudar, escuto uma batida na porta, peço para entrar e vejo meu pai, me surpreendo, pois, ele sempre trabalha de casa, e quase não vem ao escritório central.

— Já conseguiu descobrir quem é o filho da put@, que está me roubando… ele pergunta muito irritado.

— Ainda não pai! Essa pessoa foi bem cautelosa, mas não se preocupe! Já pedi algumas filmagens de datas específicas, e já estou bem perto de pegar o culpado.

— Eu vou ficar por aqui! Não consigo ficar em casa, de braços cruzados, quero eu mesmo pegá-lo com minhas próprias mãos, faço questão!

Eu concordo com meu pai, e passamos o dia inteiro trabalhando, e mesmo assim ainda não conseguimos descobrir nada, já estou cansado olho no relógio já vai dar 21: 00, resolvo ir até o restaurante Trattoria di trevi, aliviar meu estresse, vou para casa, tomo um banho rápido escolho um dos meus melhores ternos, pois tenho que impressionar.

Chego ao restaurante, e sou muito bem recebido como de costume, vou para área VIP e faço meu pedido, como sempre o sabor e impressionante, peço para chamá-la, e alguns minutos depois vem aquele anjo em minha direção, agradeço a ela pelo prato maravilhoso, mas noto tristeza em seu olhar, vejo que ela tenta se mostrar alegre, mas seus olhos não me engana, se eu descobrir quem a está fazendo sofrer, eu mesmo mato com minhas próprias mãos.

Término o jantar e dou um tempo tomando um bom vinho, depois pago a conta, me dirijo até o meu carro, e fico aguardando do lado de fora para vê-la sair, depois de um tempo vejo meu anjo sair com os companheiros de trabalho, se despede de todos, e segue para o lado oposto, observo que o homem que a aguardou no outro dia não está, então vejo ela sumir em uma rua, fico pensando aonde Será que ela vai? Dou um tempo penso em ir embora, mas algo não me deixa ir embora, e resolvo ir atrás dela, desço do meu carro, e os meus seguranças vêm logo atrás de mim, peço que mantenha distância, para caso ela perceba minha presença não se assuste, eu atravesso a rua, sigo até a esquina e escuto um grito, meu coração acelera, eu apresso os passos e vejo ao longe meu anjo correndo, e um desgraçado puxando em sua perna a derrubando no chão.

Meu sangue ferve e corro para cima dele, arrancando ele de cima dela, aproveito e desconto toda a minha raiva nele, socando até ver que ele não esboça mais nenhuma reação, me levanto e meus seguranças se aproximam, e eu falo.

— Peguem esse lixo, e levem para o galpão, mas tarde eu cuido dele.

Meus seguranças o seguram, e saem arrastando ele, que continua desmaiado, e eu juro que ele vai pagar por tudo que fez ao meu anjo.

Vou até a Fiorella que ainda está no chão tremendo, vejo ela olhar para mim confusa, e eu pergunto.

— Você está bem!..... falo enquanto estico a mão em sua direção para ajudá-la a levantar...

Ela então me responde gaguejando

— M.m.mas o.u menos…

E eu pergunto, olhando para ela.

— você está machucada! Desculpe não ter chegado a tempo de te livrar disso…

Eu me sinto culpado, pois deveria ter seguido ela, desde que vi que ela estava sozinha, ela continua a me olhar, e leva a mão até sua cabeça, e quando olho para sua mão vejo o sangue, corro para olhar onde está machucado, e quando chego perto ela desmaia em meus braços, eu a amparo e levo até o meu carro, fico meio desnorteado, sem saber para onde levá-la, um dos meus seguranças me sugere, levar até a clínica do Dr Maxwell, lá já estão acostumados com as nossas entradas, e não nos fazem perguntas, é um lugar perfeito para levá-la.

Deito a sua cabeça em meu colo, e pressiono onde está sangrando com o meu lenço, enquanto meu segurança dirige até a clínica, chegando lá a pegam ela rapidamente, e a levam para prestar os primeiros socorros.

Fico apreensivo na recepção, e não consigo ficar parado, ando de um lado para o outro, não entendo porque ela desmaiou, será algo grave, meu celular toca e vejo que é a Cléo, eu não atendo, pois, não estou com cabeça para escutar suas baboseiras, me pego pensando porque estou assim! Se nem a conheço direito, só a vi poucas vezes, suponho que ela me enfeitiçou só pode, meu celular continua tocando em meu bolso, então desligo, para parar de me aborrecer, vejo o médico vindo em minha direção, meu coração gela, tomara que ela esteja bem! Eu faço pensamento positivo.

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