Na noite seguinte, eu e a Eduarda já estávamos em cima de um dos armazéns, onde Christopher localizou uma movimentação estranha por aqui dos grandes criminosos da cidade de São Paulo. O poder do Chris é incrível, em pouco tempo ele soube onde o grande chefe do crime, Rashid, faz os seus negócios com os outros criminosos da cidade.
Além de tudo, Chris criou o uniforme para nós, todos com cores laranjas escuras. De início achei meio gay, mas se acostuma, o Homem Aranha também usa collant no seu traje. Chris fez umas máscaras para mim e a Duda, que por sinal ela está muito sexy.
— Então é ele que é ligado ao Nerfestor, mas como foi isso mesmo Chris? Você tem informações — Falo usando rádio, a Duda verifica todo o local antes de entrarmos.
— Em dois mil e sete, ele e o Nerfestor assassinaram um dos heróis de São Paulo, os dois fizeram acordo de paz e juntos controlaram todo o cenário do crime da cidade, até mesmo governadores tiveram dedo nisso. Mas, os dois não estão sozinhos, tinha um outro criminoso também, o tal de Jeferson, que hoje em dia é diretor de escola, ele foi preso mas saiu por bom comportamento — Então tem o Rashid e Jefferson para tirarmos informações sobre Victor. Pior de tudo é que Nerfestor foi morto, será difícil essa missão.
— Eles tiveram encontros mais recentes antes da morte do Nerfestor? — Pergunto pro Chris, esperando uma boa resposta, coerente.
— Nas minhas breves investigações, Jefferson e Rashid se viram um dia após a morte do Nerfestor, e desde então eles tem agido de forma estranha, a criminalidade aumentou nas ruas e tudo leva a crer que ambos estão montando uma equipe — Equipe? Isso não estava no contrato Chris que merda é essa… Ok calma Max, calma.
— Certo, estou vendo uns carros chegando, logo entro em contato com você. Como está o Lucas?
— Atrás do Jefferson, nesse exato momento, estou de olho em vocês quatro — Beleza. Duda vem até mim se mostrando ansiosa.
— Bom, eu vou na frente, vou usar meu Teletransporte e verificarei como tá lá em baixo. Ao meu sinal, você aparece. Enquanto isso vou deixar o meu rádio ligado para ouvirmos a conversa deles. — Certo curti o plano. Com o poder dela, ela pode ser mais furtiva do que eu.
Do nada ela desaparece na minha frente como passe de mágica. Droga eu acho que estou me apaixonando por ela.
Sons de motores me chama atenção, corro para ponta me apoiando em um dos blocos, vejo três carros chegando no lado de fora do Armazém.
A porta se abre e um homem enorme sai do carro. Ele é bem grande, preto e usa um terno branco, com certeza o mais caro da cidade. O cara usa óculos escuros, completamente careca, é praticamente a versão do Rei do Crime desse mundo. Ele se aproxima do outro cara que saiu do carro, e essa outra pessoa usa um traje verde, e é todo magro é bizarro, parece ser algum herói ou vilão, que merda, eu quero que as coisas sejam fáceis essa noite, Chris fez tudo bem calculado para gente.
— Eduarda, fique esperta, a qualquer momento eles vão ir aí — Falo com a Duda pela rádio, no mesmo momento ele apita.
— Beleza — Ela recebeu a mensagem, beleza, as coisas tem que dar certo essa noite. Continuo observando eles e ambos conversam, mas não consigo identificar o conteúdo do que estão falando. Em volta deles vejo seguranças armados, e ambos andam em direção ao armazém.
Eu acompanho cada passo deles enquanto andam, merda, estou ficando nervoso e temendo que algo aconteça com a Eduarda. Perco eles de vista. Tem dois seguranças no lado de fora, ambos com metralhadora. Cara, eu estou na sede de meter porrada neles, acho que essa é a boa hora de executar tudo que aprendi jogando Assassins Creed, bora fazer alegria do leitor.
Eu dou um salto pulando na terra firme, tudo que aprendi com Chains colocarei em prática. Lição um, furtividade, me escondo atrás de uma das caixas. Os caras estão bem a minha frente, mas não me escutaram. Ok, preciso de algo… Pedra, fechou, pego uma e usando minha força eu lanço em um dos carros, despertando atenção nos dois caras.
— Que merda é essa? — Um deles comentam um com o outro, apontando a arma para o veículo, que não para apitar . — Vou verificar para ver o que é, fique aí — O cara ordena o outro a ficar de guarda, perfeito, ele sai da minha visão deixando uma brecha para eu atacar o outro que está sozinho.
Não posso usar muita força, algo que fui advertido muitas vezes. Eu dou mais um salto chutando o rosto do cara, que fica desacordado na hora e logo me escondo por trás de uma grande pedra.
O corpo fica caído, e o outro homem volta para a sua posição. Os outros seguranças estão lá dentro, mas que merda.
— Hã? Gui? — Eu fico o observando, o cara corre até o corpo caído do seu colega. Ela aponta a arma aleatoriamente, desconfiado se alguém, no caso eu, está aqui. O vejo levando o rádio em direção a sua boca — Chefe, o Gui está desacordado, acho que tem alguém aqui — Put@ que pariu, fud#u, fud#u e fud#u.
Ele anda bem desconfiado e mais dois caras aparecem para fazer companhia, e os três ligam a lanterna e apontam suas armas em pontos estratégicos.
— Esses vigilantes de merda. — Um deles comentam, e só por esse comentário eu me sinto o Batman. Eu saio do meu esconderijo e dou um forte chute em um deles, o cara grita despertando a atenção de todos. Merda, lição um foi pro brejo.
A bala me atingiu e caio no chão. Cacete… mas não perfura o meu corpo. Caraca eu sou imune? Eu me levanto e os dois estão na minha frente com suas armas apontadas para mim.
— É só uma criança, pega leve com ele — Um dos caras falam, é, deixam pensar que sou uma criança mesmo, otários.
— Fod@ - se — Um deles falou e atira em mim, a bala bate e volta, não me atigindo em nada, eu não me aguento, isso é bom demais, dou uma risada e parto pra cima deles, só dou um soco em um, e o outro eu seguro e jogo para bem longe em direção aos carros.
— Pô mó sem graça, cês desmaiam só com um soquinho
— Não eu — Escuto uma nova voz atrás de mim. É aquele homem com traje verde horroroso, com detalhes vermelhos e pretos, nada a ver essa paleta de cores, horríveis.
— Merda… Que traje feio cara.
— Sua namorada foi identificada, Rashid está dando conta dela. Estou aqui para fazer o mesmo — Merda, a Eduarda foi pega.
— Ele se teletransporta, não será problema — Rebato ele, confiando que tudo vai dar certo e que Duda vai aparecer.
— Você é muito ingênuo garoto — Ele tira dois bastões pretos de suas costas, mostrando ser a sua arma — Você foi muito bem treinado pelos Chains.
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Atualizado até capítulo 41
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