Os Irrepreensíveis – Capítulo 6

       Estou de fato preocupado com a Eduarda, e na nossa primeira noite como vigilante real, já encontramos problemas nesse nível. Eu não sou heróis igual os Chains, como queria que algum deles viessem agora, iria deixar nossas vidas mais fácil.

— Então oh você com esse uniforme é quem? Homem Repolho? — Não consigo segurar o deboche dentro de mim, preciso fazer uma piadinha porque me encontro muito nervoso nesse momento.

— Você já está enchendo a minha paciência — Ele corre em minha direção, se apoia em uma das caixas e insere um golpe bem no meio do meu peito usando um de seus bastões. Eu fico sem ar, eu me cambaleio caindo no chão segurando o meu peito, não consigo respirar direito.

— Mas o que… — São palavras que saem de minha boca, estou de fato com dificuldade de respirar. Vejo seus passos bem na minha frente, ele segura a minha gola, me puxando pra cima, quase me enforcando e executa um forte soco em mim. O que está acontecendo aqui? Aquelas balas não me atingiram, e recebo dois golpes que me derrubam assim? Que merda é essa?

— O seu problema, garoto, é o videogame. Estou nesta vida mais tempo que você, acha que nunca enfrentei homens fortes como você antes? — Um forte impacto na minha barriga é sentida ao receber seu chute. A minha recuperação é lenta e devagar, me resta pouca força mas não vou desistir. Tento me levantar e sou atingido por mais um chute… Perco meus sentidos na hora… eu me rendo ao apagar dos meus olhos… que put@ filosofia…eu…fiz… agora…

……

     Cara que dor de cabeça desgraçada eu sinto agora, put@ que pariu irmão. Sinto água batendo sobre o meu rosto.

— Acorda — Escuto uma forte voz diante de mim. É aquela cara grandão que tinha visto lá fora. Com o susto consigo me despertar.

— É um garoto até que forte Rashid, conseguiu derrubar seus dois homens. — A sala é escura e com uma fraca iluminação. O Homem Repolho está no lado dele, como se fosse aquelas séries de detetives.

— Bom saber. O que vocês querem? — Atrás de mim sinto o corpo da Eduarda tocando ao meu, percebo que ela também desperta.

— Duda? — Recebo um peso forte na minha barriga, o chute dele fez tremer o meu corpo, o susto que ganho é uma merda.

— Falei com você — Olho nos olhos dele enquanto o escuto.

— Estamos procurando nosso amigo, Victor, sabemos que Nerfestor foi o último a vê-lo antes de morrer — Falo tudo pra ele, na esperança dele me falar tudo logo de uma vez porque quero ir embora pra casa.

— Antes dele matar o Nerfestor né garoto? Vocês acham que não sei? Quatro meses se passaram e agora que me encontram para dizer sobre isso? Curioso, tudo isso é medo dos Chains e resolveram do nada investigar por conta própria? — O modo dele falar me incomoda de um jeito. É um falar muito soberbo, orgulhoso ao mesmo tempo que é calmo e lento.

— Nunca fizemos isso antes

— Ah, então é medo? — Estou perdendo paciência, quero sair logo daqui, vou me soltar agora.

— Duda, agora! — Falo alto e bom tom e me solto na cadeira com toda força que tenho, em consequência a Duda também se solta e se teletransporta próximo ao Homem Repolho, sumindo com ele na minha vista através do seu poder.

     Agora está só eu e Rashid.

— Victor não mataria uma mosca. Onde está ele, sei que tem coisa com Nerfestor no passado, você é uma das poucas pessoas que deve saber onde está o Victor — O seu olhar é altivo e profundo. Não demonstra raiva nem nada, apenas uma fria expressão em sua face.

— Você de fato é ingênuo. Nerfestor foi um grande amigo, eu confesso, mas eu agradeci por ele ter morrido. O tempo dele passou, mas se tem uma coisa que sei sobre seu amigo é que ele o matou, e isso o consagrou a algo grande, mas a sua mente é pequena, ainda é incapaz de entender. — Ele tira o seu terno branco e joga no chão. — Você me incomodou garoto, quebrou meus negócios, mexeu com os meus homens e estragou a minha noite. Eu tenho esposa e filhos me esperando em casa, eu vou voltar e tirar você e sua amiga do meu caminho.

       O cara é grandão, e ele corre em minha direção como se fosse luta sumô, gritando como se fosse a última luta da vida dele. Ele me pega violentamente pelos braços chegando quebrar as paredes. E voamos pelo ar.

      O meu corpo voa pelos ares caindo pelo chão. Cara que dor insana, ao longe vejo Eduarda lutando contra aquele cara de traje verde horrível. Ela dar um chutaço na cara dele.

     Rashid pula bem no meu lado, chegando a rachar o chão. Eu me levanto quase que me cambaleando.

    Eu me recupero e vou pra cima dele. Executo meu primeiro soco, ele bloqueia e em seguida tenta o chute, pulo para trás e levo minha mão em direção a sua barriga com mais força possível, com cuidado para não o partir ao meio. Ele voa para bem longe. Vejo seu corpo rolando sobre o chão.

     Eduarda aparece do nada na minha frente, toda suada. Caraca até toda acabada ela é linda, quando isso aqui acabar vou falar que gosto dela. Mas antes precisamos resolver essa merda.

— Acho que o Rashid já era, e o Homem Repolho? — Digo, assistindo todos os seguranças apontando suas armas para nós.

— Que nome é esse? Ele é o Verde-Luz, o antigo membro do Chains — Que porr@ de nome merda irmão.

— Que nome gay, mas ok, cuidado para ele não acertar o seu peito, parece que ele usa uma técnica que faz você parar de respirar.

— Eu sei eu estudei sobre todos os meme dos do Chains. — Ela fala, mas está muito atenta em tudo em volta.

— Isso me surpreendeu. Certo, vamos — Ela se teletransporta e a vejo metendo porrada em três caras na parte de cima. Oh meu Deus, que linda.

     Só nada o Rashid volta inserindo outro golpe em mim, me jogando para longe. Cara que soco dolorido da porr@ irmão, mas ainda permaneço em pé.

— Uma criança, chega, você acabou com a minha paciência! — Tudo coopera para ele dar o golpe de misericórdia. E de repente a Eduarda aparece no chão dando um forte chute em seu rosto, arrancando sangue nele. Ele cai como uma pedra no chão.

     Vários homens nos cercam apontando suas armas. O Homem Repolho, aliás, o Verde-Luz pula bem na nossa frente. Rashid se desperta, e com pouca força se levanta.

— Seus merdas… — Rashid soa igual um porco, eu só quero saber do Victor, só isso.

— Só queremos saber do Victor, só isso, onde ele está.

— Os Chains os treinar… — Verde-Luz fala conosco, mas antes que pudesse terminar, escutamos um forte barulho assustando todos nós. A parte do teto do Armazém explode em cima da gente. Eduarda me abraça e fugimos dali na hora.

      Paramos no lado de fora, e todos os caras sai de lá gritando desesperados e todo o armazém explode em questão de segundos diante dos nossos olhos. Rashid e o Verde-Luz já eram, assim do nada…O que aconteceu? Como isso explodiu assim? Não faz o menor sentido na minha cabeça nesse momento.

— Vem Max… Vamos embora — Disse Eduarda, com sua mão no meu ombro e nos teletransportamos para longe dali, com o fogo sendo a última visão visível diante de nós.

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