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...~ Tátia Jensen ~...

Chego na festa de inauguração e logo encontro com Adam, vamos na direção de dois rapazes não muito estranhos, rapidamente noto que se trata dos rapazes no café.

Peter: - É um prazer senhora Jensen.

Tátia: - Igualmente senhor Rockefeller. ~ Olho fixamente em seus olhos como quem implora para não ser exposto.

Peter: - O senhor tem uma bela esposa, foi agraciado pelos deuses. ~ Ele diz de forma provocativa e então Adam responde com sarcasmo.

Adam: - Sou obrigado a concordar com você, agora se me der licença, preciso cumprimentar outras pessoas.

Peter: - Até mais.

Ele diz olhando para mim de cima a baixo, fico um tanto sem jeito e saímos dali para cumprimentar algumas pessoas. Kalel aparece e sussurra no ouvido de Adam.

Adam: - Eu já estou voltando, serei rápido. ~ Ele diz friamente.

Tátia: - Claro, vou dar uma volta pra conhecer o lugar enquanto isso. ~ Dou de ombros.

Adam: - Não demore. ~ Ele fala seriamente, pelo visto seu humor não está dos melhores hoje.

Logo em seguida ele sai e então eu pego um copo de whisky, saio em busca de um lugar mais tranquilo e reservado. Acabo por chegar em uma sala de espera, com dois sofás super confortáveis, uma mesa de centro com algumas revistas e uma sacada com uma vista incrível para a iluminada Londres. Me debruço na sacada e fico apreciando aquele whisky, de fato era um whisky de alta qualidade.

...~ Ligando para Vânia ~...

Tátia: Alô Vânia?

Vânia: Oiê Tátia está tudo bem?

Tátia: Sim, está tudo bem com a Aurora, ela dormiu direitinho?

Vânia: Sim, ela resistiu um pouco mas logo dormiu, estou aqui com ela, se precisar de alguma coisa não hesite em ligar.

Tátia: Obrigada por tudo Vânia.

...~ Desliga o celular ~...

- Está tudo bem?

Não havia percebido que alguém tinha entrado na sala, olho para o lado e debruçado na sacada está o senhor Peter, aquela sala estava mais escura, o que trazia uma sensualidade no ar.

Tátia: - Está sim, mas quando se é mãe, e se está longe do seu filho, você não fica totalmente em paz. ~ Falo gentilmente.

Peter: - Você parece ser uma ótima mãe, é tão dedicada e carinhosa. ~ Ele sorri de canto.

Me viro de frente para ele e ele faz o mesmo, ele sorri gentilmente para mim e eu me mantenho firme.

Tátia: - Homens como você, senhor Rockefeller, não chegam em uma mulher casada, que está sozinha numa sala escura sem ter um bom motivo.

Peter: - É mais esperta do que eu pensava, Tátia Harper. ~ Ele diz enquanto diminui cada vez mais a distância que há entre nós.

Tátia: - Como sabe, o meu antigo nome de solteira?

Peter: - Tenho bons contatos e formas de descobrir coisas nas quais tenho interesse.

Ele me lança um olhar determinado e intenso.

Tátia: - Tem interesse em mim senhor Rockefeller? ~ Digo de forma audaciosa.

Peter: - Desde o dia em que teve sua primeira vez comigo. ~ Ele cessa o sorriso e me olha seriamente, naquele instante a confusão se instala em minha cabeça, então respondo com ironia.

Tátia: - Na minha primeira vez, dia do meu aniversário, no qual meu pai me drogou e me alugou por uma noite.

Peter: - Como assim, eu não... ~ Antes que ele pudesse terminar o interrompo.

Tátia: - Você foi o cretino que me tratou como p#ta, me deixando sozinha naquele quarto com dinheiro na cadeira? ~ Falo com amargor e sorrio ironicamente.

Peter: - Você foi drogada? Eu não sabia que haviam te drogado, mas também, não fui eu que ordenei nada disso. ~ Ele parece confuso com a minha afirmação.

Tátia: - Meu pai estava te devendo dinheiro e você deu ordem aos seus homens para tomar a filha dele, vai dizer que é mentira? Meu pai me contou. ~ Estou o analisando profundamente, preciso saber se posso confiar nesse homem.

Peter: - Eu nunca dei essa ordem Tátia, eu fiquei louco procurando por você, mas você já tinha sumido do mapa!

Tátia: - Pois é, eu já estava vendida para outro. Agora se me der licença.

Digo friamente e logo me viro para sair da sala, ele avança até mim e segura em meu braço, me puxando pra ele. Nossos olhares estão conectados, nossas bocas quase coladas e ele continua:

Peter: - Casamento forçado?

Tátia: - E se for?

Peter: - Ele te agride?

Tátia: - Não é da sua conta!

Peter: - Você vai ser minha, como deveria ter sido! ~ Ele sorri e morde o lábio inferior afim de me provocar, de fato é ele, não tem como não ser, aquela sensação, o jeito que meu corpo corresponde, só me senti assim aquela noite.

Tátia: - Estou sumida há tempo demais. ~ Me solto bruscamente e saio da sala, logo dou de cara com Kalel.

Kalel: - Você está bem?

Já vamos andando em direção ao térreo.

Tátia: - Sim, eu estava falando com a Vânia, pra saber como a Aurora dormiu sem mim. ~ Tento não transparecer o nervosismo.

Kalel: - O senhor Jensen estava te procurando, ele não está muito satisfeito.

Tátia: - Ótimo, já sei o que me aguarda.

Saímos da festa e seguimos juntos para o carro, mais uma vez Kalel vai na frente com o motorista e o Adam atrás comigo.

Adam: - Porque demorou tanto? O que estava fazendo?

Tátia: - Eu estava conversando com a Vânia, queria saber se estava tudo bem. ~ Tento me explicar da melhor forma.

Adam: - Não brinque comigo Tátia, se eu souber que estava de conversinha com alguém você me paga! ~ Ele diz um tanto alterado.

Permaneço calada pois quero evitar mais uma situação de agressão, ao menos quero chegar em casa primeiro.

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