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...Cidade de Londres - Inglaterra...

...Sábado/ 15h pm...

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...~ Tátia Harper ~...

Após algumas horas no jatinho do senhor que descobri ser Adam Jensen, chegamos em uma bela casa de dois andares com um quintal espaçoso. Depois que ele me disse seu nome passamos o caminho inteiro calados e percebi que o rapaz ao lado do motorista era o mesmo rapaz que estava falando com o meu pai no dia em que fui buscá-lo na rua do cassino.

Adam: - De agora diante aqui será sua casa, pode ficar a vontade.

Ele disse enquanto liderava o caminho para dentro da casa.

Tátia: - Sim senhor.

Adam: - Pode me chamar apenas de Adam, querida Tátia. Vamos nos casar bem agora.

Tátia: - Sim senhor.

Ele me olhou de cima a baixo, em seguida sorriu de lado, num avanço ele me puxou pela cintura e colou meu corpo no dele, a aproximação fez com que nossos olhos se conectassem. Naquele momento senti um breve medo, mas havia um certo magnetismo nele.

Adam: - Cadê aquela fúria que vi em seus olhos? Você está tão fria e impenetrável, parece um soldado muito bem domado.

Eu o encaro com firmeza.

Tátia: - Apenas estou agindo como uma pessoa que está com a vida em risco, senhor. Me desculpe.

Adam: - Ora por favor querida. ~ Ele ergue a mão esquerda até meu queixo e acaricia meus lábios com o polegar. - Você é lindíssima, será uma bela esposa. Agora vamos que o Juíz de paz está a nossa espera.

Tátia: - Claro.

Ele me solta e enfim seguimos até o escritório, que audácia a dele, como quer que eu aja se minha vida está em jogo e a do meu pai também.

Lá assinamos os papéis do casamento e agora sou a senhora Jensen, o juíz de paz vai embora e então Adam me mostra toda a casa.

Adam: - Eu preparei um closet pra você, tudo que está aqui é seu, tudo que está nesta casa é seu. E esta casa também, eu a passei para o seu nome.

Tátia: - Então sou uma prisioneira na minha própria casa?

Não consigo evitar o sarcasmo e o riso insatisfeito.

Adam: - Você pode sair e passear claro, mas se eu souber que está se encontrando com alguém ou tentando fugir, o mínimo que posso fazer é te tratar como merece.

Tátia: - Mais alguma coisa senhor?

Ele me olha fixamente mais uma vez com aquele sorriso debochado em seu rosto.

Adam: - Sim, me chame de Adam, marido ou amor. Agora estou indo, tenho que ir para uma reunião.

Ele segura em meu rosto e se aproxima olhando em meus olhos, até colar nossas bocas em um beijo.

Vou direto para a minha suíte, iremos dormir em quartos separados por enquanto, eu acho. Vou para o banheiro e começo a lavar a boca e cuspir na pia, aquele homem asqueroso como ousa me beijar assim sem mais nem menos.

Mas infelizmente eu fui colocada nessa situação e devo dançar conforme a música, pelo menos por um tempo, tenho que fazer da vida dele um inferno até que ele desista de estar comigo.

Depois de um longo banho repleto de sabão e lágrimas, sigo para a cozinha afim de comer alguma coisa.

Tátia: - Boa tarde.

Digo um tanto receosa, não sei bem com quem estou lidando.

- Boa tarde senhora, estou aqui ao seu dispor, me chamo Vânia.

Ela sorri cordialmente.

Tátia: - Pode me chamar de Tátia, há quanto tempo trabalha aqui?

Digo enquanto abro a geladeira e vejo o que tem dentro, estava incrivelmente cheia.

Vânia: - Comecei a trabalhar hoje, o senhor Forbes me explicou algumas coisas e disse que eu deveria servir a senhora Jensen muito bem, que o meu papel mais importante era estar a sua disposição.

Tátia: - E quem seria esse senhor Forbes?

Vânia: - É um loirinho de olhos claros.

Tátia: - Ele está sempre junto com o Adam?

Vânia: - Sim senhora.

Penso: Porque será que esse rapaz disse isso pra Vânia? Se me lembro bem foi ele quem me viu naquele dia e não o Adam. Isso tá bem estranho.

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...Um pouco antes na manhã daquele mesmo sábado....

...~ Peter Rockefeller ~...

Amanheço com aquela linda e doce mulher ao meu lado, estou lhe acariciando o rosto quando batem na porta, me levanto e vejo que se trata de Davina Morales, a assistente pessoal do meu pai.

Davina: - Jovem chefe, o senhor seu pai precisa de você urgentemente.

Peter: - Davina estou com uma garota aqui.

Davina: - Passou a noite com ela? ~ Ela não consegue segurar o sorriso debochado. - Estou surpresa, mas seu pai realmente precisa de você agora.

Peter: - Pode deixar ela aí, eu vou voltar, só trás uma roupa pra ela por favor, ela estava de camisola quando chegou.

Davina: - Claro.

Davina Morales, 21 anos

Peter: - Pai, você queria me ver?

Entro no escritório dele e me sento.

Gregory: - Fui obrigado a marcar uma reunião às pressas, os novos investidores querem te conhecer e a reunião vai ser em vinte minutos.

Peter: - Estava com uma linda garota pai.

Gregory: - Vai ser uma reunião rápida filho, sabe como é, essas coisas chatas de saber quem é o herdeiro do meu império.

Peter: - Eu não estou vestido de forma apropriada, e agora?

Gregory: - Já pedi a Davina para resolver isso, sua roupa está na outra sala, vá ao banheiro e faça o que precisar.

Gregory Rockefeller, 46 anos

Após a reunião, retorno para o hotel onde estava com a moça da lua minguante, subo todo animado esperado que ela ainda esteja dormindo para poder ver ela acordar.

Penso: Por que essa animação toda, ela é só mais uma, mas meu coração está tão feliz por saber que estamos indo vê-la de novo.

Mas essa animação é quebrada e no lugar dela fica apenas a tristeza e a raiva, quando entro no quarto e não a vejo em lugar algum. Apenas aquele dinheiro jogado, porque diabos tinha dinheiro ali?

Penso: Davina... Será que ela achou que tinha que dar dinheiro a ela? Porque ela foi embora sem dizer nada? Porque não me esperou? Mas também não tinha como ela saber, talvez tenha pensado que eu a abandonei.

No decorrer daquela semana procurei saber quem era a tal moça, descobri que era filha de um cara que estava devendo em um bar do meu pai, e ele alugou a filha por uma noite para quitar essa dívida. Mas quando fui atrás do pai dela, ele já não morava mais no mesmo lugar. Ela sumiu do mapa completamente, não consegui achar nada sobre ela. Apenas que seu nome era Tátia Harper e tinha uma marca de nascença de lua minguante no ombro.

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