Era um final de tarde frio e cinzento, mês de dezembro e estava a fazer dois graus em Nápoles, mas resolvi ir tirar um pouco o ‘stress’ como eu sempre fazia na minha casa de praia na Cala Rossa .
Chegando lá o frio era cortante, mas agasalhei-me bem, e resolvi descer para dar uma caminhada na praia.
Após ter caminhado uns quinhentos metros, avistei de longe um corpo jogado num canto dos escombros de areia.
Andei mais rápido, e quando cheguei perto deparei com uma menina muito suja de sangue, no momento pensei que ela estava morta, levei os meus dedos ao pulso e ainda pulsava.
Peguei meu celular e pedi que meus seguranças descessem rápido para que me ajudassem a carrega-lá para cima, levamos até minha casa, uma das minhas empregadas ajudou-me a dar um banho na menina, ela tinha muitos machucados e um corte de faca profundo nas costas, estava inconsciente, Vitor um dos meus homens de confiança buscou um médico na cidadezinha mais próxima, enquanto isso eu e Isabel minha empregada, ficamos fazendo compressas com salmoura em seu corpo, ela não respondia à nada mais o pulso batia.
Dali uma hora Vitor voltou com o médico, achei mais seguro que ele viesse até nós porque, na verdade, eu não sabia o que acontecera com aquela criança e quem fez aquilo poderia ainda estar por perto, e com certeza pensava que ela estava morta então eu não podia chamar atenção em levá-la para um hospital.
O médico examinou, e disse-me que a menina foi estuprada e também bateram muito nela.
Na verdade, o doutor achou, que quem a largou ali, tinha certeza de ter dado cabo do serviço.
Concordou comigo que não deveria levar para o hospital, segundo ele era o sétimo caso de estupro em menos de um mês por ali.
A polícia desconfiava ser um serial killer, por que sempre fazia da mesma forma, estuprava e batia muito até a morte, contudo essa menina foi muito guerreira e não morreu.
Depois que a garota foi medicada o doutor falou quê ela poderia acordar a qualquer instante, mas também poderia demorar, resolvi não envolver a polícia.
Na época faziam três meses que eu ficara viúvo da minha esposa Anita, e ainda estava me recompondo do luto, não tivemos filhos porque eu sou estéril, Anita nunca quis que adotássemos.
Fiquei a velar essa menina por dois dias e duas noites, até que ela veio a acordar e ao contrário do que o médico falou ela acordou com a sua consciência normal, claro bastante assustada, até eu explicar que ninguém ali lhe faria mal e que salvei a sua vida, foi um pouco complicado.
Os dias foram a passar e então ela viu que falávamos à verdade, e me contou a sua vida.
Chamo-me Vicenzo Salvatore, e sou o pai de coração de Laila.
Foi anos de convivência e hoje ela é minha única e exclusiva herdeira.
Laila é a filha que eu não pude ter com Anita.
O nosso relacionamento de pai é filha é muito precioso para mim, dei-lhe todas as oportunidades que uma menina poderia ter na vida, e ela só tem me dado orgulho.
Hoje Laila é a CEO de uma das nossas empresas e a mulher mais cobiçada do ramo dos negócios.
Já me aposentei, mais a minha filha pode contar comigo sempre.
As nossas vinícolas que já trago de herança do meu pai é administrada pela mais linda e competente mulher.
A minha filha única e exclusiva.
Verônica a nossa governanta nos chama para o jantar.
Verônica adora Laila e hoje fez um prato que era um dos preferidos da minha filha.
Almôndegas ao sugo e abobrinha recheada acompanhado de uma lasanha, é claro não poderia faltar um Cabernet Sauvignon.
Jantamos como sempre em plena paz e conversando diversos assuntos, por que conversa para nós não era problema, parecíamos realmente pai e filha de sangue, tínhamos uma sintonia muito grande.
Mas hoje sentia a minha filha um pouco distante um pouco saudosa talvez, mas como sempre eu deixava que ela viesse-me procurar quando precisasse desabafar, porque era sempre assim que acontecia, então deixei que ela se recolhesse para que o meu raio de sol descansasse, e tivesse um lindo amanhecer.
Boa noite! Papá que Deus abençoe os seus sonhos.
Boa noite! Bambina descanse, ficarei um pouco por aqui ainda, se precisar é só chamar.
Laila beijou o pai na testa, e também Verônica que para ela era como se fosse uma mãe.
Para ti…
Se eu soubesse cantar, cantava-lhe uma canção
Usaria as palavras, que lhe devia ter dito
Mas que escolhi guardar, dentro do meu coração
Depois de na minha poesia, um dia as ter escrito.
Se eu soubesse cantar, cantava-lhe uma história
Aquela que tu uma vez, não quiseste escutar.
Então ficou guardada aqui, na minha memória
E na minha poesia, que fui a deixar escapar!
Oh! mas eu não sei cantar, ainda menos escrever.
Poesias são apenas, certas palavras, ao vento.
E escrever para quê, se tu nunca me vais ler
Ficam divulgadas aqui, no meu singelo pensamento.
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Atualizado até capítulo 99
Comments
Maria Vaneide
verdade
2025-03-26
0
Meire
eu só acho que como agora ela é rica não deveria esquecer dos pais e irmãos dela!
ela chama esse estranho de pai e considera uma estranha como mãe, mas é a família dela, ela esqueceu agora wue a toda poderosa?
2024-11-09
1
Adriane Alvarenga
Ele não é só o pai do ❤, é também um anjo.....
2023-07-28
9