EROS
Estava ficando obcecado por ela.
Aquela pele cor de chocolate me tirava do sério.
Era meu pecado, minha perdição.
Olhando sacana para mim ela se afastou, puxando a blusa e o seu sutiã ficando à mostra.
Vermelho de renda.
Salivei.
Meu pau ficou louco.
A saia seguiu o mesmo caminho da blusa.
Prendi a respiração com a visão de sua calcinha minúscula da mesma cor da peça de cima.
— Perfeita!
Ela era perfeita, meu encaixe perfeito.
— Deliciosa!
— Vai ficar só admirando?
Amava sua sagacidade e humor.
A mulher tinha uma língua ferina e uma boca que me levava até os céus.
Desci a calça e ela também prendeu a respiração.
Estava sem cueca e com meu amigo já pronto para a festa.
Caminhando naqueles saltos que me deixavam louco, foi até mim.
Com destreza de uma rainha, ajoelhou-se e prendeu o cabelo. Quando ela fazia isso, tinha total certeza de que a festa seria boa.
— Ai... — gemi quando meu pau foi para dentro da boca
dela.
Rita era muito gostosa e safada.
E eu adorava isso.
Lambeu, chupou, fez festa com ele entrando e saindo de sua garganta.
— Puta que pariu...
A segurei antes que gozasse.
Suspendi seu corpo miúdo, a pondo em cima do sofá.
Abri bem suas pernas e afastei a calcinha para o lado.
Molhada, toda molhada.
— Delícia...
Meu pau entrou com facilidade.
— EROS!
Gritou, jogando a cabeça para trás.
— AAAAAH, CHOCOLATE, VOCÊ ME DEIXA
MALUCO.
Entrei e saí da sua vagina escorregadia, apertando seu seio.
Ela amava assim, quente, duro, éramos do mesmo naipe.
Loucos na cama, sem pudor dentro dos nossos limites.
— RITA... CARALHO...
— MAIS RÁPIDO.
A virei de quatro e entrei com força.
Que bunda. Que bunda!
Maravilhosa.
— Delícia...
Passava o dia pensando naquela mulher, queria tudo dela, extrair tudo que fosse possível, todas as migalhas de atenção.
— Ai, Jesus...
Gozou apertando meu pau com sua boceta e eu delirei, seguindo-a.
— Assim você me mata.
Caí em suas costas, saciado.
Ela tremeu, sorrindo em baixo de mim.
Éramos muito bons juntos, precisava convencê-la de um
“para sempre” o mais rápido possível.
Rita
Aquele homem era minha perdição.
Jogando meu corpo para fora da cama, tive certeza que haviam músculos a mais em meu corpo, não era possível que
tivesse tudo aquilo para doer.
— Amanhã vou trabalhar mancando. — Suspirei. — Você ainda acaba comigo.
— Sei... Até parece. — Sorriu, deitado como a mão atrás da cabeça.
— Vai fazer o que esse fim de semana? — perguntei assim que voltei do banheiro, já vestida para partir.
— Tenho um curso fora da cidade — contou, pensativo. —
Você podia dormir aqui.
— Combinamos que isso não ia acontecer. — Virei-me para ele. — Não faz parte das regras.
— A regra era transar duas vezes na semana e já estamos fazendo isso todos os dias. — Bufou, chateado. — Odeio essas regras idiotas que você impôs.
Pulou da cama e entrou no banheiro.
Droga!
Foi ideia minha transar sem envolvimento de um
relacionamento, não queria nada sério com ninguém, pelo menos achava que não.
Isso nunca terminava bem.
Ele também não queria, então por que ficava chateado com minhas regras?
Com sua profissão podia morrer ou sofrer um acidente, ou esbarrar em uma piriguete oferecida e eu que sobraria sofrendo por ele.
Não, eu não passaria por tudo de novo.
Recusava-me!
Peguei a bolsa e saí do quarto sem me despedir.
Afinal, ele também já tinha feito isso comigo um dia.
Fodemos de todos os jeitos possíveis e depois ele partiu, me deixando sozinha naquela droga de hotel de beira de estrada.
Ainda não havia esquecido.
Não mesmo!
Ainda tinha muito a ser feito para que eu o perdoasse.
E não daria meu coração!
Porra, acho que já estava apaixonada, mas morreria negando.
Não derramaria mais nenhuma lágrima por macho em minha vida!
Abri a porta e saí para o vento gelado.
Droga! Precisava comprar um carro.
Procurei o celular na bolsa para ligar e pedir um táxi.
— Você é uma coisa miúda cabeçuda mesmo.
Olhei para frente e fingi que ele não estava de cueca na porta de sua casa.
Tinha que ser mais forte.
— Entra que vou vestir uma roupa para te levar — resmungou.
— Vou esperar aqui.
Bati o pé, azeda, e meu salto afundou na grama, me fazendo quase cair.
Nem birra podia fazer com classe.
Ódio!
— Baixinha miserável!
Bateu a porta, entrando, e eu aguardei.
— Vai ficar aí a noite toda?
Não acreditava naquilo.
Fingi não ouvir Helena perguntar isso de sua sacada.
— Se quiser pode dormir aqui — ofereceu com um sorriso.
— VOCÊ NÃO TEM QUE DAR DE MAMAR PARA A
MINHA SOBRINHA, NÃO?
Gritei, exasperada.
— Ela já dormiu. Quer entrar?
— Não! Finge que não me viu aqui, tá bom?
— Não!
Mulher fofoqueira.
O barulho do carro dele me tirou do momento constrangedor às duas horas da madrugada.
Entrei depressa no lado do passageiro e bati a porta, afundando no banco, morta de vergonha.
— Todo mundo sabe que a gente transa e você fica aí fazendo cena.
— Cala a boca! — Revirei os olhos.
— Maluca!
Deu partida, saindo rumo a minha casa.
Ainda teria minha mãe fazendo pergunta.
Droga, droga!
Precisava resolver aquela situação indefinida com Eros.
E logo.
— Bom dia.
Virei para olhar minha amiga que desabrochava mais a cada dia.
O ar perdido, triste, cansado, já não existia mais.
Estava vibrante de amor.
— Bom dia. — Sabia o que ela tinha ido fazer.
Fiz cara de paisagem.
— Cadê minha afilhada?
— Em casa com o pai do ano. Ele está de folga e ficou com ela. — Sorriu, apaixonada. — Vim ver a Valentina. Vamos comprar roupas maiores.
— Hum... Programa de meninas! — Continuei olhando os papéis a minha frente como se minha mesa dependesse daquilo. — Ela está crescendo rápido.
— Sim, vamos almoçar juntas e depois sair para comprar roupas.
— Que bom!
— Olhe para mim e largue de ser sonsa — falou com voz firme. — Estou cansada de esperar você me contar o que rola com o Eros.
— Helena...
— Nem venha com esse papo — me calou. — Você não é mais minha amiga. Pronto, acabou nossa amizade!
— Isso é bem colegial, sabia?!
— Sei — resmungou, sentando a minha frente. — Conta, sou
sua amiga.
Eu não queria falar sobre isso. As pessoas não iriam entender.
— Estamos transando e só.
— E só?
— Sim, Helena...
— Eu contei tudo sobre mim, quer pior que minha história?
Não tenho vergonha de você saber.
— Eu sei...
— Há meses você me enrola e pelo jeito o está enrolando também.
Que absurdo.
— Não estou enrolando ninguém.
— Conta!
Sabia que esse dia chegaria, por isso protelei tanto em contar.
— Eu conheço o Eros há um tempo.
— Como?
Helena me olhou chocada.
— Pois é. Cinco anos mais ou menos, já passamos uma noite juntos.
Contei de vez e ela ficou me olhando vidrada, esperando o resto da história.
Mas estava morta de vergonha de contar.
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Comments
Amanda
Deu ruim
2023-08-08
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