Francesca
Após o acontecido da noite passada, Marco está totalmente estranho, mas estranho bom, então espero que ele continue assim.
Chegando na cafeteria, um dos carros iguais que o Marco tem, está parado em frente a cafeteria, nós paramos atrás dele e descemos e logo um homem de preto desce do carro da frente e abre a porta traseira... minha mãe desce.
Eu corro para abraça-la e assim que faço, ela solta um pequeno suspiro e um "ai" e eu já imagino o que seja.
Me afasto um pouco, mas ainda a segurando eu olho em seus olhos.
- como está mamãe?
- bem filha... e você?
- bem! sério mãe, como realmente está?
Ela olha para mim e discretamente olha para o Marco, que tá pouco mais de um metro de distância de mim.
- só um minuto mãe!
Vou até ele.
- Marco... seria pedir muito nós duas conversarmos sozinhas ali dentro? entre também, só preciso saber o que ela tem...
- ok, podem ficar sozinhas numa mesa, mas eu e meus homens vamos entrar. Temos negócios lá no fundo... Francesca, não saia dali, me ouviu? nem se começar a pegar fogo! Me espere e aí vamos!
- ok / me inclino para beijar a bochecha dele, mas Marco se afasta e entra na minha frente.
Eu fico sem entender... estávamos tão bem... Será que ele ficou bravo com algo?
Depois eu descubro, agora quero falar com minha mãe.
Entramos de braços dados e sentamos em uma mesa na janela. O lugar é bem bonito, cadeiras e mesas de madeira branca, com forro azul floral, parece inspirado em algo francês. As paredes são branco e creme, com alguns quadros de pratos da casa impressos e pendurados.
- então mamãe, me diga como andam as coisas e não minta para mim, sabe que eu sei o que se passa lá na nossa casa.
- ah filha... desde que você se foi, eu tenho sentido tanto sua falta... e também... também ... as surras aumentaram, seu pai parece que ficou ainda mais violentø depois que você casou... / algumas lágrimas descem pelo rosto dela, que passa a mão e remove um pouco da maquiagem.
Vejo uma marca rocha em sua bochecha, que agora está sem maquiagem.
Eu passo a mão no rosto dela.
- ah mamãe... sinto tanto pela senhora! Mas... Marco quer fazer algo, mas antes queria falar com você, sobre o que acha? / minha mãe não sabe o que meu pai fazia comigo, se soubesse acho que ela mesmo teria matado ele.
- diga minha filha, o que ele quer fazer.
- não tem como falar isso de um jeito bonito, Marco quer matar o pai! / falo sem rodeios
Ela me olha claramente chocada
- filha tem certeza? Acha que pode confiar nele? Seu pai era o braço direito do antigo chefe... / minha mãe diz
- é mamãe, era... mas contei a Marco sobre as surras que levamos e ele não tolera esse tipo de covardia contra mulheres!
- nossa filha, não esperava isso dele. Quer dizer então que ele não bate em você?
- não! não posso reclamar mãe, comparado ao papai ele é bom... as vezes um pouco grosso ou frio. Mas me protege e nunca levantou a mão para mim nestas semanas que estamos casados.
- graças a Deus filha, orei tanto para que ele ao menos não a machucasse!
- mas então mãe, sobre matar o pai... como se sente a respeito? / pergunto um pouco temerosa
- bom filha, confesso que nunca imaginei que alguém faria isso além de mim, o dia que não aguentasse mais e desde que você se foi as coisas pioraram, então acho que é o fim que aquele homem merece. Ele sempre foi ruim como marido e como pai pior ainda!
- isso é um sim para matá-lo?
- sim filha, eu só não quero ver. Não tenho estômago para essas coisas.
- claro mamãe, não precisará ver!
Ficamos ali conversando por duas horas, então Marco aparece e senta só meu lado.
Ele cumprimenta minha mãe sério, mas educado.
- creio que sua filha já lhe falou de meus planos para Dionatan, está de acordo?
- sim estou! / minha mãe fala séria.
- ok. Sabe que tem direito a aposentadoria dele da máfia não é?
- não... nunca ouvi falar nisso... / ela diz
- não me surpreende... bom assim que ele morrer terá direito a aposentadoria que ele receberia por anos de trabalho para nós, ou por invalidez. Mas em caso de morte a viúva é livre e ainda recebe este dinheiro.
- bom não sabia, mas fico feliz em saber que não estarei desamparada.
- não, jamais ficaria! agora precisamos ir Francesca, tenho uma reunião por vídeo conferência daqui a pouco.
- claro.
Todos nos levantamos e vamos para a frente da cafeteria. Eu abraço por longos minutos minha mãe e então ela entra num carro e nós em outro.
Chegamos na nossa casa e eu entro com um sorriso no rosto e vou beber água na cozinha.
Marco entra e confere as entradas vendo se não tem ninguém perto.
- Francesca, precisamos conversar. / ele diz sério sentando na cadeira da bancada.
Eu fico em pé do outro lado e mesmo assim ele é mais alto que eu, sentado.
- sim, fale
- você não pode demonstrar afeto por mim em público
- como assim? / pergunto
- bom é considerado sinal de fraqueza e também alguém na rua poderia ver e usar contra mim depois. Entenda, nos homens da máfia, principalmente eu como chefe temos que ser frios e sombrios para que nos temam de todas as formas, não podemos parecer ter fraquezas. Entende?
- sim claro, me desculpa / falo sinceramente
- tudo bem. Está feliz por ter visto sua mãe?
- muito Marco! muito mesmo! morri de saudade da. Eu a amo tanto!
- que bom que ficou feliz. Agora venha aqui mostrar o quanto está grata, me dando aquele beijo que ia dar mais cedo.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
maria conceiçao
amando cada pedacinho da história ele realmente está ficando completamente diferente
2025-03-09
4
Denise Gonçalves das Dores
Ele, mesmo com esse jeito grosso dele, tá conquistando a confiança dela. 💖
2025-03-13
0
Andréa Debossan
Estou adorando as atitudes dele com ela,
2025-03-06
0