Quando as nuvem começam a aparecer no céu

Marie estava voltando a normalidade, não quis sair com ninguém depois do encontro desastroso e não cedeu as insistências de Brenda, decidiu tomar mais um tempo, estava ainda ferida e sabia que ninguém merecia ser seu consolo ou seu penico. Não gostava de menosprezar ninguém e nem todos entenderiam a dor dela.

Focada em seu curso de administração estava bem atarefada com as aulas da faculdade e ainda em lecionar no colégio, apesar de ter reduzido muito seu horário de aula pra ajustar com a vida acadêmica.

Amava suas crianças mas achou melhor diminuir as vezes que ia na instituição, ter que voltar lá e cruzar todos os dias com a nova namorada do seu ex noivo que era professora de lá, não iria lhe fazer bem, o pior era ter que aturar todos os olhares que acreditavam piamente que ela quem era a outra, pois nunca tinha ido na escola com seu ex, e pra piorar ainda mais Hanna, a atual, era filha do dono do colégio e ninguém sabia do status social de Mariel ela era tratada como paria.

Marie nunca foi de aparecer em sites de fofoca e nem era nenhuma socialite, graças as esforços dos seus pais ninguém conhecia seu rosto e ela lutou muito pra manter assim, eles não eram chegados a mídia, graças aos céus.

Sua vida ia bem, estava feliz, não queria confusão, apesar do pedido de sua mãe cheirar muito a isso.

Dra. Geller nunca foi de pedir nada a Marie, sua mãe sempre foi ótima, linda e muito inteligente, além de muito admirada, não gostava de forçar nada a ninguém e com seus filhos não ia ser diferente, quando Marie demonstrou interesse em ser professora teve o total apoio dos pais e seu irmão decidirá estudar medicina por conta própria.

Somando todos os fatores ela sabia que o pedido de sua mãe era ainda mais estranho, um encontro as cegas, tão medieval, seus pais se conheceram na universidade, sua mãe é mais velha que seu pai e ele se apaixonou e a perseguiu até namorarem, ela queria algo assim, e quando levou um balde de gelo cheio de realidade viu que seus pais eram a excessão, o normal é ser traída.

Se Marie não tinha outra alternativa não iria contra a maré, pelo o que sua mãe falou era quase um casamento político, algo envolvendo os negócios da família talvez? Ela ia saber mais no domingo quando fosse almoçar em família. E como eram divertidos esses jantares.

Marie não tinha mais avós, todos morreram cedo, mas sua família pode se dizer que era feliz, totalmente o contrário das famílias das novelas mexicanas ou coreanas que amava assistir.

Seu pai, Josh Primer não tinha irmãos, sua mãe tinha dois, tio Jonatan e tio Jefferson, duas figuras, o primeiro tinha encontrado sua vocação na igreja, era padre, e o segundo era CEO da empresa que era pra ser do pai de Marie o Grupo Primer (museus, galerias e universidades), enquanto seu pai tinha virado o CEO da fundação Geller, pois sua Mãe não queria cuidar disso, seu lugar era na mesa de cirurgia.

Não tinha primos, mas pelo menos tinha o chato do Josh, seu irmão quatro anos mais novo que era um saco na vida dela, mas ela o amava demais, ela lembra com alegria dois os dias da sua infância feliz, graças a Deus nunca passou por brigas por herança nem nada disso.

Sua mãe sempre diz que "o bem mais valioso é a vida humana e que todos somos iguais porque estamos vivos e depende de nós fazer o melhor com nossas vidas", como Marie ama essa filosofia. Tinha muito orgulho da sua família por isso, detestava gente esnobe e mesquinha, como se pra viver bem tem que humilhar os outros ou pisar pra se sentir mais forte.

Antes de encontrar sua família ela recebeu um ligação meio que inesperada do diretor do colégio pedindo pra ir na sexta encontrá-lo, mesmo não sendo um dia pra isso pois não dava aula às sextas, foi ao colégio. Não estava preparada pra o que estava por vir.