Marie estava bem, tinha se divertido, mesmo tendo sido usada e até de certa forma humilhada, já tinha experimentado humilhações piores, então tudo bem.
Ela tinha combinado de sair com sua mãe pra tomar um café e fazer umas compras, sendo assim, estava se dirigindo ao centro num táxi por volta das duas da tarde, tudo ia bem e ela poderia dizer que teria um ótimo domingo até que um número desconhecido chama em seu celular...
- Alô, quem fala?
- Oi Marie, sou eu Pedro, o cara que você deixou sozinho numa suite. Onde você tá? Quero conversar com você, ao menos explicar os maus entendidos.
Pedro disse, num tom meio irritado.
- Oi Pedro, desculpe por sair sem dar explicações achei que não carecia dessas formalidades, não sei sobre o que deveríamos conversar além de que, estou ocupada.
Marie respondeu no mesmo tom de irritação.
- Acredito que sair sem falar e ainda me tratar como um qualquer não foi bem intencionado de sua parte, eu não lembro o que fiz pra merecer tal tratamento, não acha, garota? Pedro respondia, já estava sem paciência e gostaria muito que a infelizmente lhe dissesse logo onde estava.
- Não vejo motivo pra tanto exagero, nos dois tivemos o que queríamos, não achei que deveríamos nós falar mais, e como tinha feito a caridade de sair comigo devido a sua perdida aposta quis ao menos não te deixar no prejuízo, garoto.
- Só diz onde você está, quero falar com você, e pelo telefone não consigo ver seu rosto, assim é melhor de conversar, face a face.
- Já disse, estou ocupada, não tenho o que conversar contigo, pra simplificar te esclareço, não estou chateada, não fiquei triste, não estou com raiva e nem ao menos ofendida. Agradeço sua preocupação, mas pelo tipo de pessoa que você é creio que não vamos nos encontrar novamente e que assim seja. Passar bem.
Marie desligou, que cara chato, não sabia o porquê da insistência, não viu motivos pra esse alarde.
Pedro estava muito irritado, queria um belíssimo pedido de desculpas, mas a reação dela o irritou demais, ele tinha que ouvir ela dizer em alto e bom tom que sentia muito, ele nunca, jamais tinha sido largado, essa não ia ser a primeira vez, ele quem iria dispensa- lá e ponto final.
Marie estava um tanto cismada com o telefonema, não havia o bloqueado por algo maior, só queria evitar problemas e parece que o efeito foi reverso e pior, dobrado. Mas não via motivos pra ficar pensando nisso, ela não acha que ele iria mais longe, não via porque. Como ele mesmo tinha deixado claro no restaurante, era rico, bonito, sexy e tinha muitas mulheres na mão, incrível como ele era habilidoso em falar de si, humildade zero.
Ao chegar na cafeteria sua mãe já estava sentada ao lado da janela na cafeteria, era um milagre surreal ela ter lhe ligado pedindo pra se encontrarem, sua mãe nunca tinha tempo, e depois dos contra-tempos dos meses anteriores seria bom conversar com ela.
Sua linda e talentosa mãe, ou Dra Geller, médica cirurgiã, uma das melhores do país, e uma dentre os três herdeiros da Fundação Geller, quem vê Marie não imaginava o tamanho de suas poses, quem dera, ela não gostava do quanto as pessoas mudavam a saber quem ela era, e graças aos céus sua mãe nunca a forçou a fazer parte de nada disso, ainda bem tinha um irmão mais novo que estava cursando medicina, tinha saído dessa furada de herdeira, ou talvez não...
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Tonia Lima
Imagine quando o Pedro, descobrir o status da Marie?
Pensa que ela é uma pobretona, mas na realidade também é herdeira.
2022-03-09
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