Da amizade brota o amor

Uma semana havia se passado da saída de Miragem do hospital. Nadine a instalou em seu quarto pessoal. Sendo sua companheira diária. Miragem ficou encantada com a logística de funcionamento do palácio. Não era uma casa de reis mais uma grande família.

Miragem foi acolhida pela mãe de Nadine como uma filha. Anne a tratava com carinho e atenção e Nazir a tratava como parte da família. Ali via as pessoas vivendo em harmonia.

Amava ver os risos dos órfãos correndo pelo pátio para o colo dos pais adotivos. Via alegre os jovens se reunirem em volta da mãe leoa para lhe contar seu dia suas descobertas. Todas as refeições eram feitas de maneira conjunta no grande salão. Pela primeira vez se sentia parte de uma família. Hanzul a tratava como irmanzinha e Cord também. Aurora lhe ensinava dia a dia a se comunicar com ela.

O que mais lhe agradava era o modo carinhoso que Naor a tratava.

Ele não falou mais em noivado mais a tratava como uma amiga. A cada dia via lhe ver conversavam por horas e riam juntos das traquinagens das crianças.

Amava o jeito sincero que ele lhe tratava. Respeitava suas opiniões e suas sugestões.

Adorava cavalgar com ele e com os outros jovens que lhe ensinavam os segredos das dunas.

Cada dia era uma aventura naquele reino.

Miragem observava Noar brincando com um dos irmãos adotivos nas dunas. Ele estava levando a todos para o grande oásis. Chegando lá rumaram para a tenda abrigo tirando as capas pesadas e todos se jogaram nas águas.

Naor jogava um menino de 15 anos na água quando foi desafiado por outro a repetir um salto.

Ele saiu do bolsão de água e correu dando piruetas e se jogando de costas na piscina cristalina em meio a um salto.

Surgindo pleno com os cabelos ensopados soltos em uma cascata de cabelos negros.

Miragem ficou pasma com a beleza do homem a sua frente. Uma das jovens comentou com a outra:

_ Naor e tão lindo.

_ Realmente. Por isso vou tentar conquistar seu coração.

Falou uma jovem muito bonita indo em direção a Naor jogando água em seu rosto começando uma guerra de água.

Miragem sentiu uma raiva da jovem que tentava se aproximar fisicamente dele.

Miragem com raiva saiu da água rumando para tenda. Chegando lá deparou com Naor que a seguiu preocupado.

_ Aconteceu algo adorada?

Miragem virou para o jovem cheia de raiva

_ Volte para sua amiga!

Bufou ela com raiva.

Naor sorrindo perguntou:

_ Está com ciúmes?

_ Ciúmes eu!

Exclamou ela indignada para o homem.

Naor começou a rir da atitude dela.

Com raiva ela marchou até ele e parando a sua frente em posição de desafio perguntou:

_ E se eu estiver com ciúmes?

Naor a fitou com os olhos escuros brilhando.

_ Isso significa que tens sentimentos por mim!

Exclamou ele em tom carinhoso.

Ali Miragem compreendeu que não conseguiria fugir do destino. Que realmente sentia por ele algo que ainda não sabia nomear.

Sentia sua falta quando ele ia para o reino da Arábia. Sentia alegria ao receber seus bilhetes e presentes.

Adorava o jeito carinhoso que tratava a família. E principalmente sentia falta de ver aqueles olhos diariamente.

Com um suspiro levantou os olhos para o céu e falou:

_ Realmente destino você ganhou.

Naor compreendeu que naquele exato momento sua pequena havia compreendido que seu coração pertencia-lhe.

Com passos rápidos seguiu até ela segurando o seu rosto em suas mãos e falou:

_ Adorada. Respeitarei o seu tempo e sua decisão. Serei seu amigo, protetor ninguém te fará mal novamente. E quando estiver pronta segura do que quer estarei aqui.

Disse ele beijando o topo de sua cabeça saindo da tenda. Deixando Miragem com o coração acelerando, confusa olhou para fora da tenda pensando onde o destino a levaria.

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