Uma energia suave e poderosa - Parte 7

Mirla e Paula, entram na casa do velho. Até chegarem na sala

percebem que era uma casa normal igual a todas as outras.

 

Paula_ Me parece uma

casa normal. E não de um bruxo.

Velho_ Há um local

especial para se fazer rituais, como eu já falei pra vocês.

Mirla_ Mas você

trabalha com o mal?

Velho_ Algumas

pessoas me procuram pra me pedir que eu faça o mal, então eu faço

uma rápida consulta para saber se a vitíma do feitiço merece

castigo ou não.

Paula_ Já matou

alguém por meio de feitiços ?

Velho_ Nãoooo! Eu

não mato ninguém, quem mata é a pessoa que deposita o ódio dela

nos feitiços. (Risos)

Eles descem para um

local embaixo da casa. O local é grande e pega todo o espaço

existente embaixo da casa formando um grande salão onde no meio há

um círculo mágico e uma estrela de cinco pontas no meio do círculo.

Também há um altar e uma mesa com cadeira com várias porções e

livros sobre a mesa, e também em uma das paredes uma estante com

muitos livros.

O bruxo puxa a mesa

para o meio do círculo, e tira tudo que está em cima da mesa.

Velho_ Deixe suas

coisas com sua amiga e suba em cima da mesa, e se deite. Feche os

olhos.

 

Mirla olha pra

Paula, sem falar nada, e faz oque o velho mandou.

Velho_ Confie em mim

e não tenha medo.

O velho coloca a mão

sobre a testa de Mirla e começa a falar várias palavras

incompreensíveis para as meninas. Um vento toma conta do lugar, mas

as velas acesas ali não se apagam. Paula, sente medo, mas fica

calada e se senta na escada assistindo tudo.

O velho, pega uma

afiada navalha e faz um pequeno corte no pulso de Mirla, e o sangue

dela pinga no chão dentro do círculo mágico pintado no chão onde

eles estão. E o velho, pega outra parte e coloca em um vidro.

 

Com uma das mãos na

testa de Mirla, e com a outra levantada para o alto segurando o vidro

com o sangue de Mirla, ele repete algumas palavras incompreensivas.

Mirla sente um

vento em seu corpo e sente como se algo mergulhasse pra dentro dela.

 

Velho_ Pode se

levantar. A partir de hoje seus pesadelos devem acabar.

Mirla_ Não sei oque

dizer.

Velho_ Não diz

nada, ué! (Risos)

Paula_ Podemos ir

embora?

Velho_ Mais já? Não

querem comer alguma coisa, tomar um suco?

Mirla_ Nós

prometemos que voltamos, é porque temos compromisso. Eu precisava

muito de sua ajuda, e como o senhor me fez sentir bem hoje mais cedo,

eu achei que poderia contar com você.

Velho_ Sempre podem

contar com este velho bruxo. (Sorrindo)

As meninas se

despedem e saem andando.

O velho fica na

varanda olhando as meninas se distanciarem.

 

Velho_ Paguei uma

grana na primeira vez, agora consegui de graça, e vou conseguir

muito mais. (Sussurra baixinho e ri)

 

Paula_ oque você

achou?

Mirla_ Eu não tive

medo, mas pra mim o importante é conseguir dormir em paz.

Paula_ Deixa eu ver

o seu pulso.

Mirla_ É um corte

pequeno, se alguém perguntar posso dizer que me cortei sem querer.

 

LONGE DALI …

 

Cintia Rubimay está

em uma loja de artigos esotéricos, quando uma jovem se aproxima.

 

Fabiana_ Oi, você

não é a Cintia Rubimay?

Cintia_ Sim, sou eu,

porque?

Fabiana_ Eu vejo

sempre você lá na escola. Você é muito conhecida, mas fica sempre

destacada do pessoal.

Cintia_ É porque na

verdade as pessoas me acham estranha, né? Então preferem não se

aproximar de alguém igual a mim.

Fabiana_ Mas eu

sempre achei seu estilo de vida lindo. E adoro suas roupas, mas nunca

tinha tido oportunidade de me aproximar de você. Eu sempre visito as

suas redes sociais, e vi em seu Instagram fotos suas no cemitério.

Posso dizer que sou a sua admiradora.

Cintia_ Eu não sei

nem oque te dizer. Nunca pensei que alguém pudesse me admirar pelo

que eu sou.

Fabiana_ Ouvi falar

tanta coisa a seu respeito.

Cintia_ É? De que

tipo de coisa?

Fabiana_ Que você

fala com os mortos, e que sente a presença deles.

Cintia_ Nossa… que

coisa louca! (Faz cara de impressionada)

Fabiana_ Isso é

real?

Cintia_ Olha, daqui

a pouco, estarei lá no cemitério. Se quiser me conhecer melhor, vai

até lá. Estarei com minhas amigas.

Fabiana_ Posso ir

com meu namorado?

Cintia_ Com quem

você quiser.

 

A NOITE…

 

Cintia mandou uma

mensagem para o celular de Mirla dizendo que estava indo ao

cemitério. Ao receber a mensagem, Mirla foi até a casa de Paula, e

as duas encontraram Cintia na porta do cemitério.

As meninas entraram

e foram até um local no cemitério que era alto, como uma colina, e

havia uma area gramada.

Cintia tirou uma

pano de dentro da mochila e forrou no chão, onde as amigas se

sentaram.

 

Paula_ Então, você

falou que sente a presença dos mortos. Eles estão aqui?

Cintia_ Sinto a

presença de muitos deles. Mas nunca quis me permitir se comunicar

com eles.

As energias deles eu

sinto muito forte quando estou aqui.

Cintia sente uma

energia ruim perto de Mirla, mas prefere não falar nada para que ela

não se assuste.

 

Cintia_ Quando

estamos aqui dentro, temos que esquecer deste lance de fantasmas,

você precisa pensar nos sentimentos que essas pessoas deixaram para

trás, e no sentimento das pessoas que foram deixadas para trás. No

meio destes sentimentos há uma energia tão forte que nem mesmo a

morte é capaz de deter.

Paula_ Acho que eu

estou entendendo. Você quer dizer que há um poder diferente dentro

do sentimento destas pessoas. Tanto dos vivos quanto dos mortos?

Cintia_ Isso! Acho

que você realmente está entendendo.

Mirla_ Cintia, você

tem namorado?

Cintia_ Não!

Porque?

Mirla_ E você

namoraria uma menina, você teria alguma experiência lésbica?

Cintia_ Eu acho que

me relacionaria com qualquer pessoa que eu achasse interessante.

 

 

Paula fica um pouco

nervosa.

 

 

Paula_ Olha, vem

alguém ali.

Cintia_ Não se

assustem, é uma amiga.

 

 

Fabiana se aproxima

com o namorado. Todas se cumprimentam, e Mirla diz:

 

 

Mirla_ Que bom que

chegaram, assim vocês podem fazer companhia a Cintia enquanto eu vou

ali atrás fazer um pipi. Vem, Paula, pra eu não ir sozinha.

 

 

Cintia, Fabiana e o

namorado acham engraçado e sorriem.

Mas na verdade além

de fazer xixi, Mirla queria mesmo é falar com Paula a sós.

 

 

Mirla_ Você precisa

demostrar que você sente algo por ela. Você está muito fechada.

Paula_ Eu estou

tentando, mas ela também é muito fechada.

Mirla_ Você viu que

você tem chances, porque ela não se preocupa com este lance de

gêneros.

 

 

Aos poucos a turma

vai se soltando e conversam a noite toda; e lá para ás 1:30 da

madrugada resolvem ir embora finalmente.

 

 

Cintia_ Mas agora eu

quero fazer o meu xixi antes de irmos. Vem comigo Paula, pra eu não

ir sozinha.

 

 

As duas se afastam

um pouco do grupo, e Cintia se abaixa, e fax xixi, e diz pra Paula:

 

 

Cintia_ Você está

com frio?

Paula_ Um pouco, mas

não está tão frio assim.

 

 

Cintia encosta em

uma sepultura, e diz:

 

 

Cintia_ Encosta aqui

um pouco em mim?

Paula_ Mas os outros

não vão sentir falta da gente?

Cintia_ É

rapidinho.

 

Paula se aproxima, e

Cintia põe ela de costas pra ela e a abraça como se fosse esquentar

ela.

 

Cintia_ Não é bom

assim?

Paula balança a

cabeça concordando, e sente o coração disparar.

 

Cintia_ Tem uma

energia boa vindo de você.

Paula_ É? (Curiosa)

Cintia_ Sim! Uma

energia suave, boa, mas muito poderosa.

Paula_ E oque é

essa energia?

 

 

 

 

 

 

 

 

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