NAS MÃOS DO INIMIGO - Parte 6

A noite, Cintia Rubimay está parada em frente ao cemitério, mas a luz de um poste logo em frente ao cemitério está queimada, e como ela está vestida completamente de preto, com exceção das meias cano longo que são pretas e roxas, é bem difícil de alguém ver ela parada ali.

Então ela vê o velho bruxo de longe e fica toda arrepiada e sente calafrios. Ele passa na frente dela, mas não consegue notar que está sendo observado.

Uma brisa bate no rosto de Cintia, e ela diz:

Cintia_ Vocês estão ai? (Se dirigindo aos espíritos que ela acredita que andam com ela)

NO DIA SEGUINTE NA ESCOLA...

Paula está sentada com Mirla, e as duas estão conversando, até que Cintia se aproxima.

Cintia Olha oque eu trouxe pra você. (Tira meias da bolsa e entrega a Mirla)

Mirla fica sem graça, e olha pra Paula. Neste momento Paula, sente ciúmes e olha para o lado tentando disfarçar.

Mirla Nossa... Obrigada! Mas não precisava. Eu mesma daria um jeito de comprar.

Cintia Não precisa se preocupar porque essa eu já tinha em casa, e queria muito que você usasse. Eu queria que vocês cumprissem oque falaram, e fossem realmente comigo hoje a noite no cemitério.

Eu pretendo levar umas coisas pra gente comer e passar o tempo conversando.

Mirla Dá pra você ir hoje, Paula?

Paula Não sei. (Com ciumes)

Cintia Por favor, vamos?

Paula Se você insiste... eu vou!

Cintia Ótimo! E como a gente vai fazer?

Mirla Anota o meu Whatsapp ai, que eu vou te mandar uma mensagem quando estivermos a caminho. Mas eu só vou depois da janta, ok?

Cintia Mas eu vou levar coisa pra gente comer lá.

Paula Eu gostaria de saber oque nós vamos ficar fazendo no cemitério a noite? Oque as pessoas fazem a noite no cemitério?

Cintia Depende.. as vezes encontramos outros grupos de góticos, espiritas também vão.. e tem os aventureiros. Mas destes últimos, eu nem chego perto. Depois a gente se fala. Até mais ver.

Mirla Tchau!

Paula Tchau!

Paula fica olhando Cintia se afastar e diz:

Paula Eu não sei oque foi que eu vi nesta mulher.

Mirla Paixonite que tu pegou, só pode ser.

Paula Se for uma paixonite, então vai passar. Eu espero...

Mirla Acho que depois que eu sair da escola, vou passar na casa do velho bruxo.

Paula Posso saber pra que?

MIrla Hoje pela manhã, passei mal na rua. Ele fez uma coisa que fez meu mal estar ir embora em um estalar de dedos. Você mesma me falou que eu deveria cuidar do lado espiritual para acabar com os meus pesadelos. Pois bem, eu não aguento mais acordar todas as noites vendo uma figura horrível se aproximar de mim como se quisesse tirar meu sangue, ou me degolar... sei lá... e é sempre a mesma pessoa, mas eu não consigo ver o rosto.

Paula Quer que eu vá com você?

MIrla Sim! Acho que seria melhor.

Paula_ Uma moça de quinze anos entrando no sitio de um velho que mora sozinho e ainda é considerado bruxo... olha, se você fosse minha namorada isso criaria sérios problemas em nossa relação.

Após sair da escola, Mirla e a amiga Paula, se dirigem até o sitio do velho bruxo. Elas entram e seguem até a casa dele.

Ao chegarem ao local ele está sentado na varanda e vê as duas moças se aproximarem.

Velho_ Poxa, eu estou muito feliz com a visita. As pessoas não gostam muito de me visitar. Podem se chegar, você são bem - vindas.

As meninas se aproxima e olham tudo em volta.

A casa do velho bruxo não tinha um aspecto macabro. O que tinha na varanda era cadeiras, um rede e um sino dos ventos.

O cachorro ficava deitado na entrada da casa em cima de um velho tapete.

As meninas ficaram curiosas de entrar.

Velho Sentem -se ai nestas cadeiras.

Mirla Sua casa não parece casa de bruxo.

Velho Não sei se isso é um elogio ou outra coisa.

MIrla É um elogio.

Velho Então obrigado! Mas na verdade quando eu preciso fazer alguma coisa, eu faço em um local especial e preparado pra isso.

Mirla Entendi.

Velho Você está melhor?

Mirla Estou me sentindo bem melhor. Mas é por causa disso que eu vim aqui ver o senhor.

Velho É ? (Olhar falso)

Mirla Tenho pesadelos todas as noites. Vejo uma pessoa vindo tirar meu sangue, e quando ela chega perto de mim, eu acordo. Acordo com medo, e me sinto fraca... Queria muito que isso tudo acabasse.

Velho Que estranho... E você contou aos seus pais?

Mirla Não! Eu tenho vergonha, medo.. sei lá... Não quero que eles fiquem preocupados comigo.

Velho Eu acho que posso ajudar você. Mas você precisa me prometer que não vai contar a ninguém.

Mirla Se você conseguir acabar com o meu sofrimento, eu prometo, sim!

Velho Então talvez realmente haja alguém querendo seu sangue. E talvez se você desse uma gotinha de nada você dormisse bem. Se fosse isso, você daria uma gota do seu sangue pra dormir bem?

Mirla Sim!

Neste momento Mirla sente medo, e seu coração dispara, mas ela não quer perder as esperanças de ter uma noite tranquila de sono.

Paula Então o senhor pode ajudar ela?

Velho Talvez... só que eu preciso saber de uma coisa muito importante, e lembre -se que você está sobre juramento.

Mirla_ O que é?

O velho se inclina na cadeira e diz:

Velho_ Para saber se eu posso te ajudar, eu preciso saber se você alguma vez na vida já se deitou com algum menino ?

Mirla e Paula acham a pergunta estranha, mas Paula se cala, e Mirla responde...

Mirla_ Nunca! Nunca fiz nada deste tipo!

O sembrante do bruxo é de um leve sorriso, e ele diz:

Velho Daremos uma gotinha do seu sangue a pessoa que aparece nos teus pesadelos, e ele te deixará em paz. Você aceita?

Mirla Sim! Sim!