Capítulo 6

Como Rosi bem lhe disse ao terminar de tomar o café da manhã:

- Bem, senhorita, é hora de ir dar seu relatório ao Conde.

- Uff…- (Quanto mais rápido eu fizer isso, mais tempo terei para as outras coisas) -... Tudo bem, Rosi, guie-me, por favor.

- Imediatamente, Lina, siga-me por aqui.

Enquanto Rosi a guiava até o escritório de seu pai, Lina estava pensando em como se dirigir a ele porque, segundo suas lembranças, sempre que ela dizia bom dia, pai, ele imediatamente fazia uma careta de desgosto e dizia para não chamá-lo de pai, mas Lina não o obedecia nesse aspecto, já que queria que ele demonstrasse um pouco mais de afeto, mas o que ela conseguia era mais desprezo. Com isso em mente, ela não iria cometer os mesmos erros que a Lina Rinaldi original.

- Uff, as mudanças começam hoje - (ela disse em um sussurro para que só ela pudesse ouvir).

- Senhorita, chegamos. Daqui para frente não posso acompanhá-la, estarei esperando aqui, senhorita.

- Tudo bem, Rosi, fique tranquila, até logo.

Toc toc.

- Entre - (do escritório, com uma voz fria).

- (Ela fez uma reverência) - Saudações ao Conde Rinaldi, que seus dias sejam tranquilos. Eu, a Primeira Senhorita Lina Rinaldi, a saúdo.

O Conde ficou em choque com o que Lina acabou de dizer, já que ela sempre o chamava de pai, embora ele dissesse que não gostava. Depois de um momento de silêncio, ele começou a falar.

- E então, como está? - (tentando esconder o choque que havia sentido momentos atrás).

- Estou bem, Conde Rinaldi - (com uma expressão séria).

- Entendo, espero que da próxima vez você preste mais atenção por onde anda. Já chega da vergonha que você me faz passar.

- Compreendo. Se não há mais nada que eu precise tratar com o senhor, peço licença para me retirar.

- Bem.

Lina fez uma reverência e se retirou. Quando saiu do escritório, Rosi estava angustiada por não saber o que havia acontecido, então Lina, percebendo sua preocupação, deu-lhe um sorriso para tranquilizá-la, e elas se dirigiram à sua mansão, que ficava separada da mansão principal. No caminho...

- Rosi, quanto dinheiro eu tenho?

- Ãhn?... Bem, senhorita, a senhora não recebe sua mesada há seis meses.

- O QUÊ!!!... E para onde foi esse dinheiro?

- Todo o dinheiro destinado à senhorita foi para a Condessa e para sua irmã.

- Entendo. Rosi, quem é o responsável por distribuir as mesadas na residência Rinaldi?

- O contador Pablo, senhorita.

- Bem, leve-me até ele, Rosi - (com um olhar determinado, como se estivesse faminta para cobrar tudo o que lhe fizeram).

- Ãhn?... Sim, senhora, siga-me.

Elas caminharam por um curto período, já que não demoraram tanto quanto deveriam, pois estavam perto. Antes de entrar, Lina pediu a Rosi que trouxesse seu chicote, que estava na última gaveta de seu armário, deixando Rosi perplexa com o pedido, mas obedecendo às suas ordens. Depois de um breve momento, Lina entrou com o chicote escondido atrás do vestido, deixando Rosi para trás. Lina entrou no escritório do contador, embora não fosse tão grande quanto o escritório do Conde.

- VOCÊ!!! COMO OUSA ENTRAR ASSIM SEM MAIS NEM MENOS, SUA BASTARDA DESPREZÍVEL! - (com um olhar de desgosto).

- Controle seu temperamento, senhor Pablo - (ela disse tão calmamente como se não se importasse com o que ele dizia).

- Escute aqui, bastarda, não estou de bom humor para que uma pirralha venha ao meu escritório me dizer como devo me comportar.

- Ah, é? - (em um tom de escárnio) - Bem, eu vim aqui para que você me dê a minha mesada dos últimos seis meses que você não me pagou.

- HAHAHA, veja só, bastarda, não estou de bom humor, e saia já daqui.

- Vejo que não vai mudar de ideia. Bem, eu avisei - (e então, ela tirou um chicote de dentro de suas vestes e golpeou a perna do contador, que começou a gritar).

- Aiii!!!... Vadia, você vai se arrepender de ter me batido.

- HAHAHAHA - (com um sorriso malévolo e um olhar sinistro) - Eu avisei para ter mais respeito por mim, porque eu sou a Primeira Senhorita desta casa e você é apenas um plebeu. Repito: quero todo o meu dinheiro, ou você verá do que sou capaz.

Ela disse isso com uma aura tão aterrorizante que o próprio Pablo não sabia o que fazer. Então ele disse:

- O Conde saberá disso.

- Vá em frente... Conte a ele, mas escute bem: se você não fizer o que eu mandei, sua vida se tornará um inferno - (com um sorriso de canto).

- Você não tem nada, é apenas a mancha da família Rinaldi - (confiante de que ela não poderia fazer nada, embora seu olhar e a aura que ela emitia fossem aterrorizantes, pensou Pablo).

- Aiii, HAHAHA. Vejo que os burros não aprendem pela razão, então que seja.

Enquanto ria como uma louca, ela agarrou o chicote para começar a açoitá-lo, já que ainda não havia feito um contrato com nenhum espírito. Pablo estava se dando mal, pois não entendia como a bastarda da família estava conseguindo atingi-lo com um simples chicote e ele não conseguia se defender, mesmo tendo um contrato com um espírito, mas era de baixo nível e não era páreo para ela. Além disso, Lina tinha um poder oculto que apenas alguns possuíam, um poder concedido desde o nascimento, além dos habitantes do Império Milano, que faziam contratos com espíritos. Se ela continuasse o açoitando com o chicote, ele poderia acabar morrendo ali mesmo.

- Olha, senhor Pablo, se você morrer aqui, não será um problema para mim, mas sim um bem para a sociedade. Além disso, ninguém suspeitaria de mim, por eu ser tão tímida que não consigo nem olhar para as pessoas, quanto mais enfrentar alguém quando minha própria família e até os criados me insultam. HAHAHA... Como vocês são ingênuos, seus idiotas. Mas aquela garota tímida e submissa que suportava tudo o que diziam acabou. Agora vocês conhecerão o próprio inferno.

- Senhorita Lina, peço piedade! Nunca mais lhe faltarei com o respeito, mas, por favor, pare com isso!

- Está vendo como é fácil ceder quando se chega a esse ponto? Bem, para onde foi o meu dinheiro?

- Obrigado por sua compaixão, senhorita Lina. Sua mesada foi usada na reforma da Mansão Jasmim e, em parte, para cobrir as despesas da Condessa e da Senhorita Rosela.

- Hum, já imaginava. Então aquelas víboras tocaram no que é meu? Que engraçado! Bem, em uma hora eu quero toda a minha mesada. Entendeu bem o que eu disse, senhor Pablo? - (com um olhar aterrorizante).

- S-sim, sim, senhorita. Em uma hora a senhorita terá toda a sua mesada.

- É assim que eu gosto, que obedeçam às minhas ordens sem reclamar. Ah, e já ia me esquecendo: nem uma palavra sobre isso para ninguém. Além disso, eles descobrirão em breve por conta própria.

- Sim, sim, senhorita, não direi nada - (ele disse apressadamente).

Sem mais nada a dizer, ela saiu do escritório do contador Pablo. Rosi estava lá fora, com as mãos cruzadas em sinal de oração para que nada acontecesse com sua senhorita. Ao vê-la assim, Lina se sentiu tão comovida com o gesto que teve uma ideia e a assustou por trás. Rosi deu um grito ao ver que era sua senhorita e se sentiu aliviada. Ela queria perguntar como tinha sido, e, claro, Lina sabia, mas não disse nada. Em vez disso, ela foi para sua mansão, Violetta, para costurar algumas roupas, pois iria à capital.

CONTINUA!!!!!.......

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Comments

Elisabete Penela

Elisabete Penela

/Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful/ está tocando o terror, não aguentei, gargalhando até agora!

2024-11-15

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