Capítulo 2

Ao desmaiar, encontrei-me novamente no mesmo lugar escuro, sem perceber que alguém me falava:

- Olá, Anna, você deve estar se perguntando o que está fazendo no meu corpo - (com um sorriso caloroso, mas cheio de dor e sofrimento)

Fiquei em choque por poder me comunicar com Lina, uma das personagens do romance, e sem mais delongas, comecei a falar:

- Bem, sim, a última coisa que me lembro é de estar indo para a aula e ser atropelada - (eu estava processando tudo porque nunca acreditei que houvesse outra vida após a morte, mas vejo que estava errada)

- Como você bem sabe, Anna, eu morri assim como você, e agora você tem minhas memórias e vai perceber tudo o que eu passei - (com uma expressão lamentável)

- Sim, eu me lembro de tudo sobre você, mas por que eu? - (Eu não conseguia acreditar que estava em um dos romances que li quando estava na minha antiga vida)

- Bem, como você pode ver, você reencarnou primeiro porque você é uma boa pessoa e, acima de tudo, eu quero que você me ajude com algo, e em troca eu lhe darei meu corpo para que você possa viver como quiser - (ela disse cada palavra apertando minha mão)

- Eu entendo, eu aceito, mas qual seria a condição? - (Pareceu-me justo, já que eu vou viver novamente)

- Eu quero vingança - (com um olhar zangado, mas ao mesmo tempo triste) - pela minha mãe, embora me digam que ela morreu de uma doença, eu não acredito, pois há algo que me preocupa.

- Eu compreendo, prometo descobrir o que aconteceu com sua mãe e vingarei sua morte se eu descobrir - (eu disse com determinação)

- Obrigada, com essa promessa feita por você, eu vou, quero que você seja feliz, Anna - (com lágrimas nos olhos, ela se despede de mim, apertando minha mão)

Sem mais delongas, vejo-me novamente envolvida na imensa escuridão e, em um breve momento, acordo e vejo a mesma garota, mas desta vez eu sei onde estou e as lembranças de Lina ou melhor, eu serei a nova Lina e não vou deixar que me tratem da mesma forma que trataram a antiga senhorita, com esse pensamento eu digo:

- Olá, Rosi, já estou melhor, não se preocupe - (digo enquanto sorrio para ela para que ela se acalme e dando-lhe algumas palmadas nas costas para que ela se tranquilize, já que ela não parava de chorar) - Desculpe-me por preocupá-la, Rosi - (eu disse enquanto algumas lágrimas se acumulavam em meus olhos)

- Senhorita, não me peça perdão porque a culpa não foi sua quando... sniff sniff... pensei que não voltaria a vê-la - (minha senhorita é tão boa que até me dá um sorriso caloroso, eu... eu vou protegê-la com a minha vida, ninguém mais vai machucá-la).

Com isso em mente, sua empregada pessoal fez um juramento para que a senhorita não voltasse a ser ferida pelas víboras de sua casa. Mas ela não sabia que ela não era mais a mesma garota de antes e que ela mesma também havia feito um juramento de cuidar de Rosi.

CONTINUARÁ!!!!!

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