_Cala boca Max, não é isso ai .
Ela ouviu outro barulho, dessa vez algo derrubou o dono do hotel o puxando pelas costas e o homem gritava.
_Socorro !!! Me solta.
Um homem aparece por trás o dono do hotel e ataca seu pescoço, pensei não é um espírito e sim um Vampiro, tentava olhar para o rosto dele, mas a escuridão do local impedia, Kevin tentava se livrar do Vampiro mas não consegue e acaba sendo jogado pra parede e cai morto no chão.
Coloco a mão no bolso para ver se a Cruz ainda estava comigo e senti o pequeno volume, olhei em direção de Max e mais dois Vampiros um pouco mais jovens apareceu.
_Olha só o que temos aqui, um banquete cheio .
_O que fazem em minha casa ? - Perguntou o Vampiro e a voz me parecia familiar.
Um silêncio percorreu ali e Max olhava em minha direção com uma estaca de madeira que tinha trazido entre meus pertences, pronto para fincar no Vampiro.
_Se fosse você, eu não faria isso ! - Disse .
Voltei a olhar para o Vampiro, e o mesmo continuava escondido entre as colunas da sala, os outros dois Vampiro apareceu pra gente, pareciam bem jovens, mais ou menos uns 22 anos, um deles chegou mais perto de mim, era alto magro e longos cabelos negros, mas se vestia mal, os dentes todos amarelados e tinha barba por fazer, por isso aparentava ser bem mais velho, o outro era mais atraente e cheio de si , cabelos curtos e loiro e um corpo atlético.
_Que cheiro bom você tem, eu to com fome !
_Fica longe dele Pete ! - Ordenou o Vampiro mais velho.
_Quem é você , por que não aparece ?
_Hmm agora entendo por que meu irmão quer tanto você, eu sinto o mesmo.
De repente Max sem pensar deu um salto pelas costas do Vampiro Loiro e o atacou com a estaca em seu peito, fazendo o Vampiro cair no chão dando um grito gutural horrível, que o fez explodir espalhando seus restos mortais no chão .
_Meu Deus ! Que cheiro Horrível. - Gritou Max tapando o nariz.
Nas sombras o Vampiro misterioso aparece, mas fiquei surpresa.
_Ah não você de novo ?
O Vampiro a olhou curioso e sorriu se aproximando de mim.
_Sim sou eu, vocês precisam ter mais cuidado, aqui a noite é muito perigoso.
_Estamos bem, já estavamos de saída.
_Mas podem ficar não precisa ter pressa.
_Você que matou aquelas pessoas no lago ? - Perguntei para Matheus que me olhava ainda surpreso.
_Eu ? Não sei do que está falando, hmm pode ter sido meus Filhos.
_Seus filhos?
_Sim meus filhos, eu disse pra eles não matar aquela pobre criança, mas posso ajudar, quero contribuir não sou um inimigo.
Olhei para ele sem entender nada e desviei da meleca dos restos mortais daquele vampiro loiro espalhado no chão. Peguei a maleta e disse para Max.
_Vamos embora Max, a investigação termina aqui.
_Espera eu posso dar uma carona a vocês !
_Não precisa estamos bem.
_Eu insisto, por favor deixe levá-los em segurança.
Olhei para os olhos dele, e para minha surpresa consegui ouvir seus pensamentos.
"Meu irmão tem razão, você é diferente, seu sangue é único e raro, vou tomar você dele e será meu. "
Como estava surpresa, eu consegui ouvir os pensamentos de Matheus, mas no bar dos guerreiros eu não tinha conseguido antes e fiquei mais interessada em ouvir, até descobrir o que ele queria de mim, eu odiava o jeito que ele me olhava e ficava dizendo, que eu seria dele, então mudei de ideia. Para espioná-lo.
_Ok aceito sua carona, vamos Max !
_O que está louca Celine, ele vai nos matar.
_Confia em mim ?
E saímos noite a fora, o frio intenso quase congelando as pálpebras, tudo num silêncio, estava tão nervosa que quase dava pra se ouvir meus batimentos cardíacos. Olhava para a cara de Max que estava mais assustado que eu, quando chegamos perto de duas motos paradas na frente do Hotel. Duas lindas Harley- Davidson pretas que custavam bem caro.
Matheus olhou para mim com um sorriso no canto dos lábios, passou por mim pegando em meus cabelos e disse.
_Eu irei te levar, e o meu filho Pete leva seu amigo vamos ?
_Claro- disse desviando minha cabeça dos dedos dele.
Ele colocou sua mão gelada sobre minha cintura me conduzindo para subir na moto, confesso que tremi com seu toque, e nossos olhares se cruzaram. Tentei ler o que ele estava pensando e ouvi apenas. - Quero você, você se parece muito com ela -
Hein ? me pareço com ela ? O que ele queria dizer com aquilo.
Olhei para ele sem entender nada e fiquei mais aliviada pois ele não percebeu que podia ouvir seus pensamentos.
Peguei o capacete de suas mãos, ele me ajudou a subir no assento da moto, tentei me ajeitar como podia, sem precisar encostar nele ou abraçá-lo, mal conseguia tocar em um homem normalmente sempre fui casto e puro, beijar então nunca fiz na vida, quando entrei no convento eu só pensava no momento em me tornar uma freira e virar Exorcista, eu não ligava para amores e aventuras românticas. Achava uma perda de tempo, Tocar um homem, de uma maneira tão íntima era um pouco desconfortável, meus pensamentos foram interrompidos quando ele olhou para trás e deu um sorriso, pegando de leve meu braço esquerdo dizendo.
_É melhor você se segurar em mim, pois não quero que se machuque e eu vou correr muito.
Eu revirei os olhos me recusei em tocar nele então joguei meus braços para trás segurando a garupa da moto com força.
Ele só riu e deu a arrancada e saiu quase dando um cavalinho com a moto.
_Seu maluco pare com isso- Gritei e vencido pelo medo e o frio daquela noite agarrei sua cintura abraçado a ele com todas minhas forças, fechei os olhos com medo de que caíssemos, nem via mais o Max na outra moto, inclinando a cabeça em suas costas, e não tinha como deixar de sentir seu perfume.
. O medo era tanto que mal conseguia pensar , ele estava se exibindo e ria e eu agarrei com mais força em sua cintura e continuava com os olhos fechados e sentia a brisa passar pelo meu rosto, o passeio durou menos de uma hora, quando abri os olhos já avistava a rua do Hotel que eu e Max estava hospedado e passou pela minha cabeça, como ele sabia que estávamos ali. Olhei no relógio e já se aproximava das 1 da manhã, e Max tinha chegado com Pete logo depois ele parecia excitado pela adrenalina pois sorria feito um bobo.
Ele estacionou a moto perto dos bancos de madeira. Matheus desceu da moto e me ajudou a descer pegando em minha cintura.
me desequilibrei e ele me segurou em seus braços, ao olha-lo tão de perto notou algo diferente em seus olhos.
_Ah seus olhos ,estão meio avermelhados.
_Sim e uma reação natural quando quero... ah como posso dizer. Seduzir .
Eu engoli em seco nunca um homem tinha flertado assim comigo tão descaradamente, eu fiquei tão nervosa que me faltou socar a cara dele.
Já o outro Vampiro que estava do lado de Max reparava nos músculos dele e podia ouvir os pensamentos do Vampiro jovem.
" Nossa olha para esse peitoral eu ia fazer um estrago, poderia transformar ele para nosso grupo, é um desperdício todo esse talento pra ser um mero Mortal "
_Hum...ok então temos que entrar e obrigado pela carona.
_Está cedo pra ir embora, fica mais um pouco.
_ Não, preciso ir amanhã levanto cedo, vamos Max, boa noite Senhor Matheus.
Ele olhou para mim franzindo a testa, e ouvi um pensamento .
" Hm Matheus ? Que merda eu esqueci completamente "
_Boa noite Celine , e cuidado com os falsos demônios .
_Não se preocupe estou vacinada contra eles .
_Você se garante não é mesmo, preciso de pessoas assim. " Para minha Seita "
Até o próximo capítulo pessoal.
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Atualizado até capítulo 80
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