Capítulo 16

Sua mãe, ao ver Eloísa retornar, a abraçou e beijou todo o seu rosto. Embora as pessoas pensassem que madrastas poderiam ser malvadas, cheias de inveja, aquele estereótipo não se aplicava àquela mulher de meia-idade.

"Finalmente você está em casa, meu amor, Mamãe sentiu muito sua falta!".

Ao amor que sua mãe sempre expressava, mesmo depois de tanto tempo sem se verem, Eloísa não conseguia negar um sorriso, então sempre acabaria correspondendo ao gesto.

"Eu também senti muito sua falta, mamãe! Mas onde está a Hope?".

Desde que tinha entrado na casa, não tinha visto nenhum sinal da sua pequena. Embora sua mãe estivesse se sentindo um pouco mal, um pouco invejosa ao ver como a prioridade nos sentimentos de Eloísa tinha mudado, não podia fazer nada. Afinal, para uma mãe, o mais importante sempre seriam seus filhos.

"Ela está lá em cima, no seu quarto", disse a mulher, olhando para o segundo andar, onde ficavam os quartos das crianças. "Eloísa, precisamos conversar".

"Mais tarde, mãe, agora quero ver minha filha".

Tinha estado em constante preocupação desde que foram separadas, por isso queria primeiro ver sua filha.

"Hope está bem, só um pouco irritada por não ter podido te ver", disse Logan, esperando que sua irmã mais nova se acalmasse e quisesse passar um tempo com eles. "Sente-se, Eloísa", pediu o irmão.

"Depois! Quero ver a Hope!", Eloísa disse aquilo enquanto subia as escadas em direção ao seu quarto sem esperar que seu irmão ou sua mãe respondessem.

Ao chegar na porta do quarto, girou a maçaneta lentamente, olhando primeiro antes de entrar.

"Hope, meu amor, você está acordada?", chamou Eloísa.

Aproximou-se da cama e afastou a manta que cobria o corpo de sua filha, ela conhecia bem os hábitos da pequena e sabia que algo estava acontecendo. Sua filha estava encolhida com os olhos fechados, mas ela pôde ver que havia estado chorando.

"Pelo amor de Deus!", exclamou em um grito ao ver sua filha com febre.

À beira das lágrimas, não podia acreditar como sua filha tinha adoecido depois de apenas dois dias sem se verem.

"Todos vocês são uns mentirosos!".

Disse irritada com a mentira de sua família, que afirmava que sua filha estava bem. Com raiva e decepção, Eloísa pegou sua filha nos braços e saiu do quarto.

Ao passar pela sua mãe e irmão, eles ficaram surpresos ao ver Eloísa em pânico.

"Querida, para onde você vai levá-la?", perguntou sua mãe sendo ignorada por Eloísa.

Apesar de Eloísa ser médica, quando sua filha estava doente, não conseguia manter a calma, não tão calma como quando cuidava de seus pacientes.

"Senhor, por favor, leve-nos ao hospital", pediu Eloísa ao motorista da família.

O motorista, que conhecia a jovem desde criança, assentiu com a cabeça enquanto abria a porta para Eloísa e sua pequena, antes de partir em direção ao hospital.

Ao chegarem no hospital, a equipe médica imediatamente atendeu a Hope.

"Você não precisa se preocupar, ela só está com febre. Recomendamos que sua filha fique sob observação por um tempo. Dessa forma, poderemos controlar sua condição de maneira intensiva", disse o médico depois de examinar Hope.

"Por favor, ajudem minha filha o máximo possível!".

Eloísa sentia como se estivesse vivendo um déjà vu com suas próprias palavras. Geralmente eram as famílias dos pacientes que sempre faziam esse tipo de pedido, por que agora era ela quem implorava?

"Claro, faremos o melhor que pudermos, e em breve moveremos sua filha para seu quarto no hospital", respondeu o médico.

"Obrigada".

"De nada, licença".

Depois de agradecer o trabalho do médico, Eloísa ficou completamente sozinha.

Uma hora depois, Hope tinha sido levada para seu quarto no hospital. Eloísa sentou ao lado da pequena, com uma mão segurando a dela, enquanto a outra acariciava a cabecinha de sua filha.

...======...

Em outro lugar, Peter, que acabara de sair de uma reunião, apressou-se até o hospital para visitar a filha de seu primo Alex. Ao chegar ao quarto da menininha, ele cumprimentou primeiro Alex e Luna antes de se aproximar da criança que jazia na cama com uma agulha intravenosa perfurando a pele de sua mão.

"Querida, o tio Peter tem um presente para você! Recupere-se logo, tudo bem?", disse Peter com tanta sinceridade, enquanto presenteava Emily com um ursinho de pelúcia.

A menininha apenas assentiu e em seguida sorriu, para então conversar com seu tio por um bom tempo. Após ver que a criança tinha adormecido, ele se dirigiu aos pais preocupados.

"Oh, esqueci de mencionar!", disse Alex.

"O que foi?", perguntaram Alex e Luna em uníssono.

Alex sorriu imediatamente antes de começar a falar.

"Recebi um chamado do consultório médico!".

"Bom, vá então, deixe-me fazendo companhia a Luna e Emily aqui", respondeu Peter.

"E você não vai voltar para o escritório?", Alex olhou fixamente para seu amigo.

"Quando você retornar".

"Tudo bem", disse Alex deixando Peter e Luna.

Após meia hora de sua partida para o consultório médico, ele retornou e foi imediatamente ao lado de Luna.

"Querida, encontrei Eloísa", disse a Luna, esquecendo completamente que Peter ainda estava lá.

"Mesmo? Onde a viu?", perguntou Luna impaciente.

"Ela entrou no quarto no final do corredor. Talvez ela trabalhe aqui", supôs Alex.

"Como sempre, antes o trabalho do que a própria saúde! Ela acabou de chegar! Deveria estar descansando!".

"Não sei dizer, é apenas uma suposição minha ao vê-la", disse Alex dando de ombros.

"Cuide de Emily, deixe-me averiguar se é Eloísa ou não".

Assim que obteve a aprovação de seu marido, Luna saiu do quarto de sua filha.

"Aliás, ainda estou aqui", a voz intrometida de Peter fez com que Luna olhasse para trás.

"Peter, você ainda está aqui?", perguntou Luna com um olhar inocente.

"Sim, e tenho certeza de que a Eloísa de que falavam é a mesma que conhecemos".

"Sim, é verdade! Ela é nossa Eloísa; no entanto, aposto qualquer coisa que ela não voltará com você, ela é uma mulher com dignidade".

Diante das palavras de Luna, Peter franziu a testa.

"Como você pode ter tanta certeza disso?".

"Você esquece que é um homem casado?", sem esperar resposta de Peter, Luna prosseguiu em direção ao quarto que Alex mencionara.

Ao chegar, a mão de Luna ergueu-se para pegar na maçaneta, mas antes que conseguisse alcançá-la, a porta se abriu. A mulher sobre a qual haviam acabado de falar estava em pé, diante de Luna.

"Eloísa!", disse Luna com a voz trêmula.

Depois de ter desaparecido por um longo período, sua querida amiga estava novamente diante dela.

"Onde você estava?! Eu não parava de te procurar!".

Luna começou a falar novamente, quando Eloísa ficou em silêncio. Ela acabou encurtando a distância entre as duas com um abraço.

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Continua!

Aproveite a leitura!

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Comments

Eliete Leal

Eliete Leal

muito bom

2023-10-01

0

Roseane Medeiros

Roseane Medeiros

top demais, adorando autora!!!

2023-09-25

0

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