Capítulo 10

A chegada de Hope trouxe bênçãos e uma felicidade inigualável para Eloísa, que não sabia como seria sua vida se Deus não tivesse colocado seu bebê em seu caminho.

Quando Hope completou três meses, Eloísa recebeu uma bolsa de estudos na Austrália para estudar medicina especializada. Ela não desperdiçou a oportunidade, pois sabia que tudo isso seria de grande ajuda para a educação de Hope e seu futuro.

Algo pelo qual ela ainda era grata e que lhe garantia sustento era a pensão que recebia após seu divórcio, já que Eloísa recebia uma pensão mensal do seu ex-marido até se casar novamente. No início, Peter queria lhe dar vinte mil dólares, mas sua família e Eloísa se opuseram, e no final, Eloísa acabou recebendo uma pensão mensal de dez mil dólares. Isso tornou a criação de Hope muito mais suportável.

Embora dez mil dólares fossem uma quantia modesta em comparação com o que seu ex-marido originalmente oferecia, não chegava nem a 20% do salário de Peter! Na perspectiva de seu ex-marido, aquele dinheiro não significava nada se Eloísa fosse a única a usá-lo.

Agora, a linda bebê de pele branca e olhos idênticos aos de Peter tinha se transformado em uma bela garotinha. Apesar de serem apenas as duas, Eloísa podia suprir todas as necessidades de Hope.

Elas haviam superado os altos e baixos, até que Eloísa conseguiu se formar como oncologista e se tornou uma especialista reconhecida em Canberra, a capital da Austrália. Quando terminava seu expediente de trabalho, Eloísa ia até a Duntroon Playschool, a escola que sua filha frequentava.

"Mamãe!" gritou Hope.

A criança fez com que alguns pais presentes olhassem desaprovadoramente para ela, enquanto a menina corria em sua direção com um bilhete da professora na mão.

"Olha, mamãe!" exclamou Hope, mostrando um papel e contando como a professora a elogiou.

"Você é incrível! Hope é a melhor!" disse Eloísa, acariciando sua cabeça.

"Obrigada, mamãe!" respondeu Hope com um beijo na bochecha, que Eloísa retribuiu encheu-a de beijos.

"Certo, onde você quer comer hoje, Hope?" perguntou Eloísa animada, levantando a filha nos braços.

"Hope quer comer sorvete e chocolate!" disse a menina, muito animada.

Era uma alegria ver sua filha crescer tão graciosamente, sem nenhum defeito, embora às vezes Eloísa ficasse nervosa com o medo constante de um dia Hope perguntar quem era seu pai.

"Tudo bem, mas Hope precisa almoçar primeiro", a pequena assentiu diante da proposta da mãe.

Após o almoço e levar Hope para tomar sorvete, as duas voltaram para seu apartamento. No caminho de volta para casa, sua pequena filha, que estava cheia, adormeceu, permitindo que Eloísa a carregasse nos braços.

Drrrttt!

O celular começou a tocar enquanto ela colocava sua filha na cama para dormir confortavelmente. Assim que deixou a filha pronta, ela foi direto para o banheiro para tirar a roupa e se lavar.

"Oi, doutora!" disse Eloísa depois de deslizar o ícone verde na tela do celular.

"Oi, Eloísa! Onde você está?", pôde ouvir a voz de Richard do outro lado da ligação.

"No apartamento da Doc, algo aconteceu?"

"Não seja tão formal comigo, Eloísa, só temos um ano de diferença."

A pessoa que havia ligado para Eloísa não era ninguém menos que seu colega de faculdade quando ela aceitou a bolsa para se especializar. Seu nome era Richard e ele era um cirurgião de 32 anos, também dos Estados Unidos.

"Como devo te chamar, então?! Richard, isso não é muito educado", disse Eloísa.

"Me chame de Richie! Senão, morrerei de desgosto por não ser chamado docemente por esses lábios de Eloísa!"

O doutor Richard sempre flertava com ela, mas Eloísa não levava isso a sério. Não era apenas ele, mas também outros colegas de trabalho que expressavam abertamente seus sentimentos por ela. Muitas famílias dos pacientes também tentavam fazer Eloísa se envolver com seus parentes solteiros; no entanto, ela os ignorava gentilmente. Seu coração ainda era prisioneiro do amor que ela sentia por Peter.

"Lá vem você com os galanteios de novo! Por favor, doutor, se continuar assim, vou ficar sentimental."

"Isso é o que eu espero."

"Tudo bem, tudo bem. O que foi, doutor? Estou perguntando porque você está me chamando."

"Oh, sim! Quase me esqueci por que te liguei! Felizmente, você me lembrou. Escuta, Eloísa, esta noite estou voltando para os Estados Unidos e me pergunto se poderia visitar você e Hope. Sinto tanta falta das duas. Não sei quando terei a oportunidade de vê-las novamente, já que me ofereceram um emprego do outro lado do oceano."

Sua voz soava triste, como se não quisesse deixar Eloísa e Hope, mas Richard não podia fazer nada a respeito. Se a jovem mãe solteira fosse sua namorada ou esposa, ele já as teria levado consigo.

"Parabéns, doutor! Se quiser vir aqui, eu e Hope ficaremos muito felizes em recebê-lo".

"Ok! Chego no seu apartamento em breve", disse após Eloísa concordar.

Uma hora depois, a campainha do apartamento de Eloísa tocou. Sem esperar muito, ela abriu a porta para receber seu convidado, que não era ninguém menos que o doutor Richard.

"Por favor, sente-se, doutor", Eloísa disse, convidando o doutor Richard a se sentar.

"Obrigado. Onde está a Hope, Eloísa?", perguntou o doutor.

"Vou chamá-la imediatamente! Volto já".

Eloísa dirigiu-se ao seu quarto para verificar o estado de Hope, que já estava acordada, mas ainda sentada na cama.

Eloísa se aproximou de Hope e a pegou nos braços. Apesar de sua filha ter quatro anos, Eloísa ainda gostava de carregá-la.

"Desculpe, Hope acabou de acordar", disse Eloísa, sussurrando enquanto segurava sua filha.

Assim que ela voltou para a sala com Hope nos braços, o doutor Richard mostrou o presente que trouxera para sua filha: um urso de pelúcia médio e uma família de pandas que ele trouxera especialmente para ela.

"Obrigado, titio!", disse Hope, com sua voz bastante sonolenta.

"De nada, querida!", respondeu o doutor.

Os três começaram a conversar tranquilamente e, após uma hora, o doutor Richard se despediu para voltar para casa.

Assim que o doutor Richard partiu, Eloísa levou Hope para tomar banho e depois aproveitaram a tarde na varanda do apartamento.

Enquanto desfrutavam de seu tempo livre, Hope se aproximou de Eloísa com uma boneca Barbie que o doutor Richard havia dado a ela, e ela queria fazer uma pergunta.

"Mamãe! Esta é você, né?", perguntou apontando para a boneca Barbie. "Mas quem é esse?", perguntou a menininha, mostrando o boneco Ken com seu terno completo.

Aquela pergunta fez o corpo de Eloísa paralisar e seu rosto empalidecer. Uma pergunta simples, mas temida por Eloísa.

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Continua!

Aproveite a leitura!

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Comments

Roseane Medeiros

Roseane Medeiros

tá esquentando !!!!

2023-09-25

0

Simone Bruno

Simone Bruno

quando hope vai conhecer de seu pai

2023-09-21

1

Edielma Damasceno Damasceno

Edielma Damasceno Damasceno

põe foto dos personagens

2023-07-31

1

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