Horas antes...
Tereza não era uma garota inocente. Já curtiu muito a vida. Já transou com desconhecido, no banheiro de uma boate só para saber a sensação. Já bebeu tanto que depois vomitou até sangue. Tereza também aquela menina responsável que gostava dá idéia de dar a família mais conforto, mas nesses dias não estava sendo fácil.
Sabe quando a semana começa dando certo, até parece que nada consegue? A dica é aproveitar a boa fase, como se fosse sua comida preferida , Tereza aproveitava exatamente assim.
Cuidar da sua mente com pensamentos sempre positivos é o essencial.
Discou para sua mãe, se o seu dia estava maravilhoso, precisava espalhar essa sensação por aí!
- Mãe?
- Olá, minha filha...
- Consegui um dinheiro a mais para o carnaval, mas como não vamos sair para os blocos. Você gostaria de ir ao shopping?
- É claro, querida!- Tereza ouve um barulho de metal caindo.
- Está tudo bem mãe?
- Está sim, a muleta que Neusa me emprestou havia caído.
- Já que você aceitou sair, se arrume, quando chegar vou tomar um banho e me arrumar rápido.
- Tudo bem, não demore.
- Beijos..
- Beijos.
Assim que desliga, volta a limpar a casa da patroa com um pensamento.
"O que será que vou comprar?"
Assim que Tereza chegou em casa e terminou de se arrumar, chamaram um Uber.
- Está linda, minha princesa!
- Obrigada mamãe! A senhora também está!
Quando o carro para em frente a casa, Tereza abre a porta da frente para sua mãe e em sequência abre a de trás para se sentar no carro.
- Boa tarde..
Tereza toma um susto por não ser o motorista que estava na foto. Assim que ela tentou avisar Carolina, era tarde demais. O homem desconhecido havia trancado as portas e mandou as duas ficarem quietas, ou morreriam.
Os dedos do homem eram protegidos por uma luva negra, batia nervosamente no volante causando um barulho suave.
Seus olhos azuis, se fixaram no retrovisor e capturaram o reflexo de Tereza que estava sentada no banco de trás.
Não havia qualquer dúvida para elas que aquilo era um sequestro.
Tereza pega o seu celular, quando ele se distrai e tenta ligar para a polícia, mas tudo dá errado. Ela acidentalmente colocou no viva voz, e todos os que estavam no carro ouviram a ligação completando.
O rapaz pisou no freio bruscamente, fazendo a jovem quase parar na parte da frente. Tomou o celular dela, lhe ameaçando.
- Eu disse para não fazer gracinha!
Ele dá um tapa em seu rosto e sua mãe avança em cima dele. O homem rapidamente pega a sua arma debaixo do banco e aponta para as duas.
- Quietas ou mato vocês agora!
Agora sim estavam perdidas.
Tereza se encolhe no banco detrás, como sua mãe na frente.
- Colocarei um saco de pano na cabeça das duas e quero que estiquem os braços, sem fazer nenhuma gracinha!
Ele coloca o saco de qualquer jeito, Tereza e sua mãe esticam os braços, sentem que estão sendo presos com uma corda áspera.
Não poderiam se mexer muito, o homem fez de propósito para que elas não tentassem escapar ou suas peles ficariam em carne viva.
- Fiquem caladas!- ele pausa.- Se abrirem a boca e tentarem se comunicar...
- O que está ganhando com isso?- A moça não aguentou e perguntou.
- Cala a boca, isso não é da sua conta! Se abrir mais uma vez, colocarei fita na boca das duas.
Estavam alguns minutos no carro, que pareciam horas. Ele havia ligado o ar-condicionado, mas Tereza estava tão nervosa, que não parava de suar.
- Está chegando? Estou apertada...
- Cala a boca!- ele berra freando o carro bruscamente.- Faça aí mesmo!
- Eu não irei fugir! Minha mãe ficará dentro do carro, não a deixarei sozinha.
- Tudo bem, vamos parar mais a frente.
Os 5 minutos pareciam uma eternidade. Tereza realmente estava apertada para ir ao banheiro, não poderia segurar por muito tempo. Quando o carro para, ela agradece a Deus mentalmente.
Ela sai do carro, com o rosto tampado ainda pelo pano, arrastada. Ele retira o pano de seu rosto e lhe dá três minutos para fazer xixi.
Tereza consegue depois de muita luta tirar sua calcinha, graças a Deus ela estava de vestido, mas isso parecia ruim também. E se por acaso ele quisesse abusar dela?
Ela termina de fazer suas necessidades, no meio do mato. Olha para trás, lá estava o homem encostado em seu carro, de costas falando no celular. Não conseguia ver sua mãe, o vidro do automóvel era tão escuro quanto a noite. Tereza levanta sua calcinha e logo é puxada novamente para o carro.
- Preciso ir ao banheiro também...
- Vocês estão de sacanagem comigo, suas vagabundas!- ele bate em Carolina.
- Não bate na minha mãe, verme!- Tereza, que está sem o saco, bate com os braços amarrados em sua face.
- Cala a boca, sua puta!- o homem lhe bate também.- Ninguém vai sair dessa porra!
Ele coloca algo em um pano, pressiona no nariz de Tereza, que apaga e logo em seguida no de sua mãe.
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Atualizado até capítulo 48
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