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Amor A Toda Prova

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05

Brian olhava a foto de Lola. Quando porta se abriu de repente.

-- Brian!?

Molly entrou no escritório buscando por Brian e notou que ele estava abatido.

-- Esta tudo bem? (perguntou ela)

Brian limpou o rosto e rapidamente guardou a foto de Lola na gaveta, e se pôs de pé.

-- Estou bem, estava me procurando. Senhorita.

Molly não acreditou nele, sentiu que ele estava estranho e parecia triste. Ela deu os ombros e decidiu esquecer o assunto.

-- Preciso que vá comigo no lado leste, parece que um dos cabos de irrigação entupiu. (falou ela)

Ele saiu de trás da mesa e chegou até a porta a onde ela estava.

-- Então vamos.

-- Estava ocupado? (perguntou ela)

-- Nada que não possa ficar para depois... Vamos?! (disse ele)

Molly apenas acenou com a cabeça.

O trajeto para a área de irrigação era longo e tiveram que pegar o Jeep para irem ao local.

Como Brian conhecia o caminho, Molly o deixou dirigir. Ela notou que ele parecia tenso, mas não ousou perguntar o porquê.

-- Um dos trabalhadores disse que é por aqui.

(falou ela)

-- Ok! Eu já vi... deve ser logo ali a onde está aquela marca branca. Esse lado sempre deu problemas.

-- Ele deu um ótimo ponto de referência. Agora só você usar suas mãos mágicas para consertar.

(falou ela brincando)

Brian riu.

-- Eu não tenho mãos mágicas (ele fez gestos com as mãos), mas eu tenho experiências de vida. E isso não se aprende na faculdade.

-- Isso é fato... (ela sorriu)

Brian a olhava de relance. Realmente Molly tinha um senso de humor, mais uma coisa que descobriu sobre ela. Era como montar um quebra cabeças.

-- Bom... chegamos. (falou Brian)

Eles desceram do carro e andaram até o local.

Molly tropeçou em uma pedra e Brian segurou-a pelo braço. O toque dele em sua pele a fez ficar vermelha de vergonha.

Brian a olhava preocupado.

-- Se machucou? (perguntou ele)

-- Não! só foi um susto. (disse ela)

Brian a soltou vendo que ela estava bem. O pequeno contato com Molly fez ele ter reações muito intensas.

Ele tentou não pensar no assunto mas ignorá-lo. Era mais seguro assim.

-- Aqui está o problema. (falou ele)

Molly olhou o furo, sem a pressão da água a plantação não iria receber a irrigação. Pela distância que era o local o furo era um problema gigante.

-- Tem como tampar? (perguntou ela)

-- Tem sim... vem me ajuda.

Brian foi até o carro e pegou sua caixa de ferramentas. Tirou de dentro um adesivo e uma cola.

-- Só isso? (falou ela ao ver os itens)

Brian sorriu. A cara de espanto de Molly o fez esboçar um sorriso aberto.

-- Por enquanto isso irá adiantar, até termos condições de trocar a mangueira.

-- Entendi... oque eu faço!? (falou Molly)

-- Segura a mangueira enquanto eu colo.

-- Ok!

Molly segurou a mangueira, enquanto Brian passava a cola... mas algo deu errado.

Molly segurava quando de repente a pressão aumentou fazendo a mangueira desprender no início da junção com a outra parte, água voando para todos os lados e Molly segurando firme como um bombeiro combatendo as chamas.

-- Calma... vou te ajudar... segura.

Gritou Brian que já estava todo molhado.

Molly tentava desesperadamente segurar.

-- Brian... ta muito forte.

Ela não aguentou e acabou soltando a mangueira que ficou se projetando de um lado a outro, como uma cobra furiosa.

-- Briannn!!

Ele vendo que a mangueira iria acertar Molly em cheio na parte que tinha uma peça de ferro, Brian se jogou na frente dela e pegou Molly nos braços, evitando assim que ela fosse atingida.

Os dois caíram rolando pelo solo encharcado.

Brian estava por baixo e Molly encima dele ambos molhados. Seus rostos a poucos centímetros um do outro, a visão era turva por causa da lama nos olhos, então Brian esticou a mão e tirou o cabelo grudado de Molly com delicadeza do rosto dela. Lhe dando uma melhorada visão de Molly.

Brian estudou cada detalhe dela.

Molly sentiu o coração acelerado, ela estava rindo mas quando Brian tocou em sua face ela sentiu uma onda de choque que começou a percorrer todo o seu corpo. E no mesmo instante sua risada cessou. Sem saber como agir diante de tal fato novo para ela, Molly ficou parada apenas olhando-o.

Recuperando a sanidade Brian disse:

-- Temos que voltar... acho que conseguimos piorar a situação, que já era ruim por sinal.

Molly deu uma gargalhada alta. Pois sabia que reparar um furo era mais fácil que concertar uma mangueira rompida.

-- Está certo. (disse ela)

Ela levantou primeiro e depois Brian. Os dois ficaram se olhando durante alguns instantes.

-- Vou desligar o registro. (disse ele)

Molly apenas fez um gesto de "ok" com a mão.

Brian correu morro acima.

Assim que ele se afastou, ela respirou fundo.

"Oque está havendo comigo? Mantenha o foco."

Ela tentou dizer a si mesma para controlar suas reações. Minutos depois.

Molly observou Brian de longe. Enquanto guardava as ferramentas no carro.

Molly tinha que admitir a si mesma que Brian era um homem bonito, mas ela estava ali para realizar uma missão, de provar que era independente e capaz. E não para flertar.

-- Já podemos ir senhorita. (Falou ele)

Molly perdida em pensamentos nem percebeu a aproximação dele.

-- Ta bom. (respondeu ela)

O trajeto de volta foi em completo silêncio.

Molly pegava mechas de seus cabelos para ver o estado que ele ficou, e Brian aproveitava o momento de distração dela para olhá-la de relance.

Nenhum dos dois falou.

Chegando na fazenda, Molly desceu do carro rapidamente. Sem olhar para trás.

Brian ficou olhando ela subir as escadas e esboçou um sorriso.

"Descobri mais uma coisa sobre ela; Tímida. "

DENTRO DE CASA.

Molly foi diretamente para o banheiro, ficou de frente para o espelho e quase levou um susto.

-- Eu pareço um animal selvagem, que caiu no rio e saiu dele cheio de lama e folhas no cabelo.

Era isso mesmo que ela tinha nos cabelos, muita lama e grama. Por toda parte. Seu rosto estava parecendo uma pintura mau feita.

-- AFzzz!!

Molly botou a mão no rosto de vergonha.

Depois ela tirou a roupa e tomou um bom banho, precisava se recompor.

NA CASA DE BRIAN

Ele tinha acabado de tomar banho, estava ainda com a toalha enrolada na cintura enquanto secava os cabelos com outra toalha.

Pensou em Molly.

Os dois rolando pela terra e quando pararam ela estava encima dele e ambos molhados. Brian apertava sua cintura e quem os visse de longe, iria pensar que eram um casal de namorados. A sensação de tê-la sobre o seu corpo, o fez ficar sensível a ela.

Brian Olhou-se no espelho embaçado pelo vapor da água quente do banho.

Mesmo com o passado pesando em sua consciência, ele não pode evitar de sentir uma forte atração por Molly, não por sua aparência física, que era evidente, mas por gostar da companhia dela, sua inteligência e determinação em conquistas as terras antes para ela desconhecidas.

"Aquela garota gosta de um bom desafio. "

Ele não pode evitar de abrir um sorriso.

Limpou o espelho com a mão e olhou a si mesmo, e o sorriso em seu rosto.

" Oque estou fazendo?"

" Eu não tenho esse direito. " pensou.

De alguma forma ele lutava contra oque estava sentindo; O sentimento de felicidade, de que tudo poderia melhorar.

Mas para ele oque merecia, era conviver com o castigo da dor.

Brian respirou fundo.

E se olhando no espelho falou para si:

-- Durante a jornada, facilmente nos encantamos com as sensações e com tudo o que experimentamos; Uma das mais saborosas sensações de liberdade que eu conheço é flagrar meu coração feliz sem precisar de nenhum motivo aparente. Mas eu não posso, sentir felicidade... Tenho que lembrar do que eu fiz a ela.

Para Brian não era justo ele continuar a vida sendo feliz, enquanto Lola em seus últimos momentos de vida apenas chorou de tristeza. E lhe foi tirado o privilégio de viver pelo acidente.

-- Devo viver para sofrer... esse é o meu destino.

Falou ele a si mesmo.

Querendo evitar a forte atração que sentiu ao abraçar Molly.

Ele jogou a toalha longe e saiu do banheiro.

"Porem escolhi continuar minha jornada sozinho."

CONTINUA... ✍🏼

LIVROS DA FAMÍLIA KING

1° No amor e na guerra

2° Amor a toda Prova

3° Sr King Henrique

4 ° Lucas King O MAGNATA

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