04

Molly olhava atentamente oque Brian fazia.

-- Não é melhor ligar para o técnico?

(falou ela)

Brian riu. Era muito ingenuidade da parte dela falar aquilo.

-- Vai me deixar resolver isso ou quer tomar a frente? Se quiser eu deixo. Mas um técnico vir aqui neste fim de mundo, demandaria muito tempo, até ele chegar a produção ficará parada por horas. E isso não será bom. (disse ele)

-- Tudo bem resolva do seu jeito então.

Ela ficou observando ele mexer nas engrenagens da máquina. Realmente parecia que Brian sabia oque estava fazendo, pensou ela.

-- Pronto pode ligar. (gritou ele)

Um dos homens ligou o interruptor e a máquina começou a funcionar novamente.

-- Novinha em folha. (falou Brian)

-- Tenho que te dar os parabéns. Eu pensei que não conseguiria. (falou Molly)

Brian desceu do banquinho ao qual usou para acessar a parte superior da máquina, e ficou de frente para Molly.

-- Para sobreviver aqui, longe das comodidades da cidade, temos que aprender a nos virar. Poupou muito dinheiro hoje senhorita.

Molly sabia que sim, pois a visita de um técnico e o concerto da máquina que ele cobraria, iria lhe custar um bom dinheiro. Ela deu o braço a torcer. Por agora, pois ainda estava avaliando Brian.

-- Fez um bom trabalho. (falou ela)

Brian a olhou intensamente durante um tempo. Molly era diferente, tinha um jeito de lhe dar com as coisas. Mas sabia reconhecer um bom trabalho e ele ficou sorridente por isso. Na mente dele tinha ganhado pontos a seu favor, pois notou que ela o estava avaliando a todo tempo.

-- Disponha! (falou Brian)

A voz dele saiu mais sedutora do que havia planejado, mas não se auto corrigiu.

Molly ficou vermelha.

A voz dele saiu como um sopro, e como estava muito perto de seu rosto, ela pode sentir seu hálito quente. Vindo de encontro a sua face.

Molly o olhava.

-- Já que tudo se resolveu... irei ver as outras dependências da fazenda. Com licença.

Molly saiu timidamente.

Nunca nenhum homem a havia feito sentir tão envergonhada. Ela ficou tensa.

"Eu devo estar delirando. Não aconteceu nada."

Pensou ela.

Molly era uma pessoa focada e não se deixava levar por coisas triviais. Por isso não entendeu sua reação de alguns minutos atrás.

Já a uma certa distância ela pode respirar aliviada. Parando o carro.

Pensou em sua missão!

"Tenho que provar para a minha família que sou capaz. Ou não me chamo Molly King. "

Molly estava determinada a demonstrar para sua família que era diferente; Ela tinha seus obstáculos para ultrapassar.

Quando era criança tudo ia bem, até o dia do acidente de sua irmã mais velha acontecer. A partir daí Molly tentou de várias formas ser a âncora de seus pais, mas tudo ficou pior e muito difícil quando ela cresceu e começou a ficar semelhante fisicamente a Lola.

As pessoas não haviam como a Molly mas sim como um clone de Lola, até queriam que ela estudasse as mesmas matérias, se vestisse do mesmo jeito ou que gostasse das mesmas coisas que Lola gostava.

Molly não se sentia Molly mas sim uma substituta de Lola. E isso a estava fazendo ficar em depressão. Por muito tempo por dentro se sentiu sufocada mas agora ali longe das influências externas da cidade ela poderia respirar aliviada.

Amava sua família e sabia a dor que a tragédia de Lola trouxe. Mas tinha que pensar em si mesma e em uma maneira de demonstrar a todos que ela era Molly e tinha suas qualidades.

" Eu vou conseguir. Sou Molly King. "

Com a cara e a coragem Molly ia se dedicar a fazer algo que a fizesse se destacar.

MAIS TARDE

Brian estava sentado no escritório.

Escrevendo na planilha e realizando cálculos gerais, quando de repente sua mente começou a vaguear.

Pensou no olhar de Molly.

O olhar dela trouxe para Brian, aquela sensação de bem-estar. Oque era perigoso; pois um simples gesto poderia abrir portas antes fechadas.

" Eu não tenho esse direito... não posso ser feliz."

"Não mereço. " pensou ele.

Brian jogou a caneta que segurava encima da mesa e colocou as mãos no rosto.

"Meu destino é pagar pelo que causei. "

Ele abriu a gaveta e pegou a foto de Lola. Ficou a examinar cada traço dela.

"Eu tirei esse sorriso do seu rosto. "

Seus olhos se encheram de lágrimas. Para ele a dor tinha que ser sua melhor companhia.

De repente a porta se abriu.

-- Brian!?

(Olhar de surpreso)

CONTINUA....

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Comments

Maria Maura

Maria Maura

Estranho a irmã aparecer e rolar um lance entre eles, tantas mulheres e homens e logo os dois se unirem.Quem morreu que se lascou.

2024-04-18

2

Fatima Cavalcante

Fatima Cavalcante

oq o Brian falou de tão grave no dia do acidente hein?

2023-10-20

5

Eliziene

Eliziene

eita

2023-05-28

0

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