Capítulo 11

Ao ouvir as palavras de Dante, Gael ficou atordoado e em silêncio, Jerson, que estava ao lado de Dante, também estava surpreso e abriu bem os olhos. Ainda assim, reagiu rapidamente.

"... Senhor Marchetti, o que acabou de dizer?"

"Como sócios é natural que use os trajes que são feitos aqui, e seria melhor se fossem feitos sob medida, por isso gostaria que o Senhor Pierce se encarregasse disso."

Dante sorriu e respondeu sem desviar o olhar de Gael.

Ao ouvir as palavras de Dante, Gael estremeceu e evitou seu olhar. Jerson, ao perceber que Dante olhava para Gael, olhou para Gael desconfiado e forçou um sorriso.

"Entendo que queira vestir os trajes dessa loja e isso é um elogio para mim, mas há pessoas mais capacitadas para esse trabalho."

Jerson se aproximou de Dante e tocou levemente seu antebraço, colocando um sorriso largo.

"Já que somos sócios, eu mesmo poderia cuidar disso."

Ao sentir um toque em seu antebraço, Dante girou um pouco o olhar e retirou a mão de Jerson com cuidado, mantendo sua cavalheirismo.

"Obrigado, Senhor Carter, tenho certeza de que você é capaz de fazer isso, mas deve estar ocupado, já que é o vice-presidente de sua empresa e também cuida da loja, além dos desenhos dos trajes, então não quero incomodá-lo."

"...Não é um incômodo, eu poderia..."

Antes que Jerson terminasse de falar, Dante falou.

"Oh, além disso o Senhor Pierce disse que poderia fazer isso, não é?"

Como Gael estava com o olhar baixo, Dante inclinou a cabeça e perguntou. Gael estava atordoado ouvindo toda a conversa, mas ao perceber uma sombra se aproximando dele, levantou o olhar e encontrou os olhos sorridentes de Dante.

"... O quê?"

Gael perguntou, enquanto olhava os olhos de Dante.

"Você me disse que poderia tirar as medidas para um traje, não é?"

Gael pensou por um momento e assentiu com a cabeça, então Dante sorriu ainda mais e se endireitou.

"Então espero que possamos trabalhar juntos."

Enquanto ambos se olhavam nos olhos, Jerson, que estava ao lado de Dante, fez um sinal para Gael. Ao perceber sua presença, Gael olhou para Jerson e entendeu o que ele estava tentando dizer.

"... Sinto muito, Senhor Marchetti, mas não acredito que possa fazer isso."

Disse Gael, rejeitando a proposta de Dante. Ao ouvir a resposta de Gael, Jerson colocou um sorriso em seu rosto.

"Por quê?"

No entanto, Dante perguntou.

"Há algum inconveniente?"

Diante da pergunta de Dante, Gael tentou buscar uma desculpa, não queria dizer a ele que a razão era porque não conseguia tirar as medidas, afinal era algo que podia fazer facilmente, e se dissesse que não podia, era como trair a si mesmo. Depois de pensar por um momento, a desculpa mais óbvia lhe veio à mente.

"Porque tenho que trabalhar."

"Oh, entendi."

"Então, isso quer dizer que trabalha o dia todo."

"Sim."

Depois de argumentar um pouco, Gael achou que tudo estava esclarecido, mas Dante perguntou novamente.

"E nos finais de semana?"

Gael piscou confuso com a pergunta.

"... Também nos finais de semana."

Respondeu esperando que Dante não fizesse outra pergunta, no entanto, Dante fez outra pergunta.

"Então, quando tem tempo livre?"

"....."

Gael não soube como responder, apenas pensou que aquele homem era muito insistente e era claro que era alguém que não desistia facilmente.

Quando estava prestes a falar, a voz de Jerson foi ouvida de repente.

"Senhor Marchetti, como lhe disse, temos pessoas qualificadas que podem fazer isso, é perda de tempo continuar insistindo com alguém que não está capacitado."

Tinha estado ouvindo a conversa entre Dante e Gael, ambos estavam conversando como se ele não existisse, e apesar de Gael ter recusado, ver Dante insistindo em ter Gael o deixou muito irritado, mas tinha que manter uma boa atitude por Dante.

"Não precisa se preocupar, eu mesmo farei, e lhe asseguro que ficará muito satisfeito."

Jerson sorriu e olhou para Gael para que ele fosse embora. Gael se despediu e tentou sair, mas Dante o deteve.

"Espere, por favor."

Era uma voz tão doce que não podia ser ignorada. Dante se aproximou e estendeu um cartão de visita para Gael.

"É uma pena que não possamos nos encontrar, mas espero que nos vejamos logo", disse ele.

Gael pegou o cartão com cuidado e o segurou com as duas mãos.

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